13 | EPILOGUE.

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SINA DEINERT.
Três meses depois.

Os ventos fortes atrapalhavam o penteado inútil que fiz no cabelo conforme Noah acelerava Suzy pelas ruas de Nova York. Ele me disse mais cedo que queria me levar em um lugar, mas não quis me contar de jeito nenhum onde era, por mais que eu tenha insistido muito.

Parecia que Nova York já fazia parte de mim desde sempre. Me adaptei facilmente a trabalhar no novo hospital, assim como Noah estava indo muito bem na empresa. Mais clientes se interessavam por seu trabalho impecável e isso me deixava mais orgulhosa do que nunca.

Quando menos percebi, Noah parou a moto e disse que era pra eu descer, fazendo o mesmo em seguida. Tirei o capacete e olhei o meu reflexo no retrovisor: péssimo. Se eu soubesse que iríamos andar de moto, não teria colocado um vestido e feito um penteado e maquiagem bem elaborados.

— Chegamos. — Ele disse e arrumou os cabelos com as mãos, deixando-os bagunçados de uma forma que eu adorava.

— Eu não acredito que você me trouxe na ponte do Brooklyn. — Disse, enquanto tentava fazer com que os meus cabelos ficassem pelo menos apresentáveis.

— Já era de hora de você conhecê-la, amor.

— É verdade, mas está frio, Noah. — Envolvi meu corpo com a mão e ele me abraçou.

— É só que se você olhar pro céu, vai ter uma surpresa. — Ele disse e eu o fiz.

O céu estava repleto de estrelas brilhantes, coisa que era rara em Nova York por conta da constante poluição e tráfego sobrecarregado. As estrelas piscavam e pareciam formar várias imagens no céu límpido. Continuei a olhar para elas quando senti Noah se afastar de mim e já estava pronta para reclamar, mas quando eu olhei em sua direção, o mesmo estava ajoelhado ao lado de Suzy.

— Sina, eu nunca fui muito bom em expressar os meus sentimentos, e você foi a maior vítima dessa minha insegurança por dez anos. — Ele começou a falar e eu respirei fundo, ansiosa pela continuação. — Se eu pudesse te falar que te amo na primeira oportunidade, tenho certeza de que iríamos aproveitar muito mais, mas talvez era pra acontecer do jeito que aconteceu. Quero reforçar mais uma vez o quanto eu te amo, meu amor.

Seus olhos estavam brilhantes e seu tom de voz estava alto por causa dos carros que passavam e das outras pessoas que estavam ao redor. Algumas pararam para observar a cena, encantados.

— Então, é por isso que eu te trouxe aqui hoje, nessa noite... — Noah levou a mão até o bolso traseiro da calça preta de couro e puxou uma caixinha de veludo, abrindo-a e revelando um solitário simples de diamantes. — Eu queria saber se você quer passar o resto da sua vida comigo e fazer com que os dez anos que nós perdemos possam ser multiplicados por mais dez pra passarmos juntos?

Noah estendeu a caixinha em minha direção e me lançou um olhar esperançoso. Eu já podia sentir as lágrimas querendo descer e fui até ele, puxando sua mão para que pudesse se levantar.

— É claro que sim, Noah. — Respondi e ele abriu um largo sorriso, colocando o anel em meu dedo e me puxando para um longo beijo logo depois.

— Eu te amo, boozie. — Ele me deu outro selinho e as pessoas bateram algumas palminhas antes de cuidarem das suas próprias vidas novamente.

— Eu também te amo, meu amor. — Falei e encostei nossas testas. — Agora temos uma vida toda para passarmos juntos.

E foi ali, com Noah em Nova York e tendo as estrelas como testemunha mais uma vez em nossa história que eu tive a certeza de que iria ser muito mais feliz.

FIM.

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