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Pov Shiv

Sentei sozinha na cama, o quarto já estava escuro, mas meus olhos logo se acostumaram. A chuva caía com força, como Bailey previra a tempestade retornou. Olhei para o relógio de cabeceira, totalmente a cara da Sabina comprar um, para checar que horas são, já havia passado da meia noite. O sono não vinha de forma alguma, estava me sentindo enérgica.

Deitei para tentar dormir, mas o colchão parecia grande demais, vazio demais. Isso me levou a pensar em Bailey que estava no quarto ao lado. A forma como me tratara mais cedo foi digna, ficou comigo até que a última lágrima caísse e encheu-me de palavras belas e de conforto. O que por um lado me deixou confusa... Sua reação na noite passada não foi das melhores, não compreendi porque decidira ir dormir no sofá e não achava certo cobrar uma resposta dele.

Quando estive nos seus braços senti tantas emoções. Uma felicidade sem cabimento, paz interna, proteção e... Amor. Céus, eu olhava em seus olhos e sentia todo meu corpo se aquecer, ele me tocava e eu chegava ao delírio extremo. É impossível não sair machucada ao descobrir que para ele foi uma mera atração.

Levantei, movida pelo impulso, eu precisava vê-lo e precisava agora.

Entrei vagarosamente em seu quarto, as janelas estavam todas fechadas e o ar condicionado ligado no máximo mantendo a temperatura gelada que explicava o fato de Bailey estar tapado até as orelhas. Ele dormia tranquilamente, precisei conter um suspiro ao vê-lo. Estava tão lindo. Sereno. Os lábios levemente abertos, os traços fortes. Queria abraçá-lo e o encher de beijos.

Não precisei ser muito esperta para saber que em meus olhos havia um brilho especial, uma ternura que só aparece quando olho para ele. Meu coração palpitava, eu queria senti-lo. Aproximei o rosto ao seu e rocei meu nariz por sua bochecha, em uma pequena caricia. Ele se moveu lentamente. Gelei.

Paralisei onde estava implorando que voltasse a dormir. O único problema é que nunca atendem minhas súplicas.

Seus olhos se abriram, ele focou meu rosto sonolento, causando uma reviravolta em meu estomago. Senhor, porque tão lindo?! Um sorriso surgiu no canto de seus lábios quando eu estava prestes a me desculpar por acordá-lo.

Bailey: Oi, linda. - disse com a voz arrastada. -Precisa de algo?

Senti tanto carinho por ele nesse momento. Eu o acordei. Ele estava claramente morrendo de sono. E mesmo assim se preocupou diretamente comigo.

-Não, está tudo bem. -sorri. -Eu... -gaguejei um pouco. -...Já estava de saída. -levantei e caminhei apressada para a porta, louca pra fugir.

Bailey: Pequena...

Tranquei. May, isso é jogar sujo.

Mordi meus lábios e virei lentamente para ele. Procurando seus olhos. Assim que os encontrei senti meu corpo estremecer e minhas pernas bambearem.

Pov Bailey

-Não quer deitar aqui comigo? -convidei-a. Meus olhos não iam aguentar muito tempo abertos, por mais que eu forçasse.

Shiv: Você quer que eu durma com você? -estreitou os olhos. Não entendi o porquê de seu espanto.

-Sim -assenti sorrindo e pegando um copo de água que estava na cômoda ao lado.

Shiv: Bay... -virei o corpo, para enxergá-la. -...Me abraça?

Meu coração se comprimiu, puxei-a para perto, acomodando-a sobre meu corpo, suas pequenas mãos fixaram-se sobre meu peito, abracei-a com cuidado e beijei seus cabelos. Involuntariamente um sorriso apareceu em meus lábios e a sensação de conforto apossou-se de mim.

O Intercâmbio 2° | Shivley/MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora