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Pov Shiv

Bailey: Que tal um café, senhorita Paliwal?! -convidou, com um sorriso que me fez gargalhar.

-Com toda a certeza, senhor May. -respondi, sorrindo. -O único problema é que acho que nem pão velho tem em casa. -franzi o nariz.

Bailey: Justamente por isso estava pensando em sairmos. -apertou-me a bochecha. -Há uma padaria a algumas quadras daqui, onde se vende as mais estonteantes guloseimas da região.

-Então vamos. -disse alegre. -Somente preciso trocar de roupa. -ele correu os olhos pelo meu roupão e assentiu. Soltei-me de seus braços e agilizei minha arrumação, ficando pronta em um tempo recorde de trinta minutos.

Corei diante do olhar arrebatador de Bailey.

-Estou tão terrível?! –brinquei, terminando de descer as escadas. Ele se aproximou, tocando meu rosto levemente.

Bailey: Me encanta. -sorriu, terno. De qualquer modo optei pela simplicidade, uma blusa branca normal, calça jeans, all star e os cabelos em uma trança casual. Por isso me choca quando Bailey faz esse tipo de comentário. -sabe que sempre tive sonhos com camponesas?! -debochou, um segundo depois. O empurrei, rindo, enquanto passava por ele e me encaminhava para porta. -Shivani, por deus, não rebole. -grunhiu, atrás, aumentando minha gargalhada. -Ou não vamos nem até a varanda. -passou o braço por cima do meu abrindo a porta enquanto cheirava meu pescoço. Arrepiei-me com o ato.

Ele entrelaçou os dedos nos meus enquanto caminhávamos pelas ruas praticamente vazias da cidade. O sol aquecia-nos e o vento trazia o cheiro do campo, passando uma sensação única de liberdade. Após um tempo relativamente curto chegamos em frente a uma casa simples com o nome praticamente apagado da placa que dizia "Café da nona". Sorri.

Entramos no local pequeno e com o aroma delicioso de pão caseiro misturado com algo que lembrava os finais de semana com minha avó. Bailey sentou em uma das pequenas mesas, me fazendo acompanhá-lo.

-Oh, não acredito, meu menino! -uma simpática senhora na casa dos setenta anos e com cabelos naturalmente brancos exclamou surpresa ao ver Bailey, que prontamente levantou para abraçá-la.

Bailey: Olá, nona. -disse com um carinho eminente da voz que me encheu de ternura.

-Quem é essa bela moca, filho?! -sorriu, olhando para mim. Levantei, indo cumprimentá-la e sendo recepcionada com um caloroso abraço.

- Sou Shivani, muito prazer. -respondi por ele, não o fazendo passar pelo constrangedor momento de me intitular como algo.

Nona: Olhe só, que linda. -tocou meu rosto, enquanto sorria. - Oh, Bailey, você tem uma amiga e tanto. -sorriu, alegremente. Ele riu de minha expressão acanhada. -José! -chamou. -Prepare um excelente café para essas dois jovens. -ordenou, enquanto sumia entre duas portas.

Bailey: Desde que Sabina comprou a casa aqui sempre viemos tomar café na Nona, é como uma tradição. -explicou, diante de meu olhar curioso. -Ela nos trata como se realmente fossemos parte da família.

O carinho com o qual ele falou da senhora fez com que eu sentisse que o amo ainda mais.

Nona: E sua irmã?! Diga a ela que não mandarei mais seus bolinhos se não vier me visitar. -comentou, enquanto distribuía xícaras em nossa mesa.

Bailey: Está grávida, nona. -contou-lhe. A senhora parou o que fazia e abriu um sorriso que ofuscou até a luz do sol.

Nona: Não me diga. -disse surpresa. -Oh, que maravilha. -colocou as duas mãos no rosto. -uma criança, era o que faltava nesse lugar. -sorriu.

O Intercâmbio 2° | Shivley/MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora