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Pov Bailey

Não tive a chance de responder, Shivani saiu da varanda, deixando claro que queria ficar sozinha. Sentei no degrau da pequena escada que leva ao jardim.

Está certo... Revendo os fatos. É uma loucura, mas o que na minha história com Shiv não foi?! Talvez ela não esteja muito certa do que quer. Ou talvez eu esteja pressionando demais. Não posso me julgar, não tenho controle sobre meu coração, ocorreu que para mim desde que reencontrei Shivani foi como se nunca tivéssemos nos separado.

Há coisas que em minha cabeça que estão tão claras e que meus olhos entregam a todo o segundo, que eu não sinto a necessidade de falar em voz alta. Acho que devo ter interpretado errado as ações de Shivani, julguei tudo saindo do principio que ela sente a mesma coisa que eu. O que pode não ser uma verdade absoluta.

Não achei necessário avisá-la que ia sair. Peguei minha bolsa, meu celular, enfiei no bolso da calça e rumei para as ruas da pequena cidade. Diretamente fui para a biblioteca local. A satisfação de ver diversos livros meus por lá me arrancaram um sorriso.

- Bailey May? -uma voz soou atrás de mim, me virei, sorrindo.

- Sim?

- Não acredito que é você mesmo. -seus olhos se arregalaram. -Tenho todos seus livros. -meu sorriso se alargou. -Pode autografar algo pra mim?

- Claro. E obrigado.

- Imagina. -sorriu. –Pode ser minha camiseta? -assenti. Ela buscou uma caneta.

- Qual seu nome?

- Laura. -autografei-lhe nas costas. -Você tem compromisso para hoje a noite? -arqueei uma sobrancelha. -Ai que vergonha. -ela riu. -É que além de ser uma devoradora nata dos teus livros, te acho muito lindo. Seria uma honra jantar com Bailey May.

Pov Shiv

Queria conseguir me entregar, deixar as coisas fluírem... Mas não quero pagar pra ver no que vai dar. Pensei muito para bloquear Bailey após nosso rompimento, demorei para conseguir essa façanha e em dois segundos, quando seus olhos encontraram os meus, boom, ele explodiu toda minha construção.

Eu amadureci nesses últimos anos, fui obrigada a fazê-lo morando sozinha em um pais distinto, não faço nada sem medir as consequências. E algo me tranca quando Bailey começa a falar sobre sentimentos Assim como perco a razão quando me toca.

O certo seria arrumar minhas malas e ir embora. Mas eu não consigo fazer isso. Não com ele. É como se eu quisesse provar algo a mim mesma, provar que o que passou foi só uma rápida decaída, um desejo momentâneo. O problema é que sei que não é.

Desci as escadas em busca de Bailey, precisava pelo menos pedir desculpa pela forma que me afastei.

-Bailey? -chamei, ao não o encontrar pela sala, nem na cozinha e muito menos na varanda. Subi, com medo que ele tivesse feito o que eu não tive coragem. Alívio. Quando vi suas coisas ainda no quarto. Tudo bem, Shivani. Ele volta logo. Mordi meus lábios e fitei a porta, aflita.

Pov Bailey

Acabei por aceitar a oferta de Laura, mais para deixar Shivani sozinha um tempo do que por vontade. Acredito que ela necessita de espaço para pensar.

De qualquer forma, Laura não era uma má companhia. Uma garota inteligente, vivida, que sabe muito de literatura e que tem um vasto conhecimento sobre livros.

Ignorando uma ou duas indiretas, consegui manter-me flexível durante o jantar.

O único problema é que ela não me dava chance de finalizar a conversa e ir pra casa.

O Intercâmbio 2° | Shivley/MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora