Giullia Rassatti Grecco
Acordo cedo para começar mais um dia de rotina, me levanto desanimada e vou até o banheiro. Retiro o meu pijama e tomo um banho rápido, me seco, escovo meus dentes e saio.
Vou até o closet, passo alguns cosméticos, visto meu uniforme, calço meus tênis. Arrumo minha mochila com meu material escolar e saio do quarto.
Agora de manhã tenho aulas no colégio, estou no meu último ano do ensino médio, e no período da tarde tenho aulas em mais um dos cursos que a minha mãe e meu pai me obrigam a fazer para não terem que ver a minha cara.
Os meus pais é o típico casal que se suporta eles vivem de aparências, para a sociedade e para a mídia eles de amam mas entre quatro paredes mal olham na cara um.do outro.
A minha mãe é uma famosa estilista e vive viajando pelo mundo para promover o seu trabalho, meu pai é um empresário do ramo da arquitetura e também é muito ocupado.
Sou filha única, a minha mãe teve problemas no parto e não pode mais engravidar. Hoje é meu aniversário de dezesseis anos, mas como sempre nenhum dos dois se lembraram.
Ambos estão viajando, ocupados com as suas vidas agitadas na qual eu não me encaixo. Com toda a certeza quando chegarem farão uma festa para os seus amigos comemorarem o meu aniversário, claro que isso não é por mim e sim para render fotos e elogios a mamãe e mostrar como ela é a mulher perfeita com a família perfeita.
Acabo de me arrumar e desço as escadas, vou até a cozinha para tomar meu café na cozinha com a Ceci minha antiga baba e atual governanta e a Allyssa filha dela e minha melhor amiga, ela estuda no mesmo colégio que eu, o meu papai paga a mensalidade dela.
Após o café da manhã saímos de casa e o senhor Carlos pai da Ally nos leva para o colégio. Ele é o pai dela e meu segurança pessoal, desde que eu me conheço por gente é ele e a Cecília que cuidam de mim e os considero como se fosse da minha família.
O tempo passou voando e logo chegou o fim das aulas, arrumo meus materiais e saio da sala junto com a Alyssa. Entramos no carro e o senhor Carlos começa a dirigir m
A Ally irá voltar para casa para ajudar sua mãe, e eu rei para o meu cursinho. Hoje é o dia do de francês, e quando o curso acabar tenho que correr para casa pois tenho que me exercitar com a treinadora que a minha mãe contratou segundo ela eu tenho que sempre está magra para não envergonha-los.
Passo o restante do dia no curso, às cinco da tarde saio, entro no carro e o Carlos me leva para casa. Ao chegar vou até meu quarto, troco a roupa que estou por uma de treino e vou para a academia que temos em casa e lá fico por duas horas treinando intensamente.
Quando essa tortura acaba já são quase sete da noite, saio da academia me arrastando e vou para meu quarto. Entro, retiro as minhas roupas e vou para o banheiro, tomo um banho, me seco, escovo meus dentes, saio e vou até o closet.
Visto um pijama quentinho, faço uma trança em meus cabelos. Saio e me sento na minha escrivaninha para fazer o meu dever de casa, quando acabo me deito e vou dormir pois amanhã tenho que fazer tudo outra vez.
Escuto o despertador tocar, mas ja estou acordada faz muito tempo. Me levanto desanimada e exausta, ainda bem que hoje é sexta - feira e no sábado eu não tenho que fazer nada os finais de semana são meus únicos momentos de paz.
Entro no banheiro, retiro meu pijama, tomo um banho quentinho e lavo meus cabelos. Irei aproveitar que a minha mãe não está em casa e deixar meu cabelo natural, ela odeia o meu cabelo por ser liso na raiz com cachos nas pontas e me obriga a sempre fazer escova e chapinha para mante-los lisos.
Acabo meu banho e vou para o meu closet, me arrumo rapidamente e quando acabo pego a minha mochila e saio do quarto indo diretamente para a cozinha ansiosa para tomar o meu café da manhã, estou faminta pois não jantei ontem.
Chego a cozinha, pego a bandeja com o iogurte natural e a salada salada de frutas e me sento a mesa. Isso é tudo o que posso comer, a minha mãe contratou uma cozinheira só para me torturar com dietas.
Desde os meus oito anos que não sei mais o que é comer comida de verdade, é sempre saladas e frutas, e minha mãe está sempre dizendo você não pode comer isso, você não pode comer aquilo.
Eu era uma criança acima do peso, então ela resolveu que deveria fazer dieta. Desde então tenho sempre que contar calorias, e toda vez que ela chega de viagem me obriga a subir na maldita balança e conferir meu peso.
A última vez que furei a dieta e ganhei peso foi o suficiente para acabar com uma costela quebrada, e cheia de hematomas. Não posso desafia- lá, nem conversar com se ela não permitir, só isso já é o suficiente para ela me dar uma surra.
Acabo de comer e saio de casa, me encontro com a Ally na garagem, entramos no carro e o senhor Carlos nos leva para a escola. Novamente após as aulas tenho que ir para outro curso, dessa vez é o de inglês.
Graças a Deus dia passou voando, saio do curso, entro o carro e o Carlos começa a dirigir. Quando vejo já cheguei em casa, entro e vou em direção as escadas, mas paro ao escutar a Ceci me chamar.
— Filha a sua mãe ligou para avisar que amanhã é para você se arrumar, pois terá um jantar para comemorar o seu aniversário. — Ela diz e me irrito.
— Ceci eu falei com o papai para não deixa-la organizar nada, eu não quero jantar de aniversário nenhum só quero ficar em paz e descansar. — Lhe respondo.
— Minha menina linda, por favor a obedeça. Você sabe muito bem o que acontece se não fizer o que ela manda, não a desafie Giullia eu não gosto de te ver machucada. — Ela diz e faz um carinho gostoso em meu rosto.
— Esta bem babá vou fazer o que ela mandou, mas eu sei que não irão fazer esse jantar por mim, e sim para se exibirem. Afinal ontem nem me ligaram para desejar feliz aniversário, as únicas pessoas que me parabenizaram foram você e a Alyssa, vocês são as únicas pessoas que me amam de verdade. — Lhe respondo.
— Não fala assim minha princesa, os seus avós, pais do senhor Eduardo te adoram. Só não vem aqui com mais frequência por que a sua mãe não gosta deles. — Ela diz, mas não diminuem o sentimento de abandono em meu coração.
— Isso é verdade babá, só tenho vocês que se importam comigo. As vezes acho que só atrapalho a vida dos meus pais, se eu chegasse a morrer seria um alívio para eles.
— Lhe respondo.— Não fala isso nem de brincadeira, você é linda, amorosa a melhor filha do mundo eles que perdem por não te valorizarem. — Ela diz e me abraça.
— Vou subir para meu quarto, pois estou morta de cansada e amanhã vou ter que acordar cedo para me produzir igual a boneca que a minha mãe quer. Boa noite Ceci, dê um beijo e um abraço na Ally por mim e não precisa tirar meu jantar estou sem fome. — Lhe respondo.
— Boa noite minha menina, pode deixar que eu dou seu beijo e abraço na Allyssa. Pare de pular refeições mocinha, você tem que se alimentar melhor já está tão magrinha. — Ela diz e aceno em concordância.
Me afasto dela, subo as escadas e vou para meu quarto. Faço rapidamente a minha higiene e me jogo na cama, pois amanhã o dia será cheio.
Pelo menos nesse maldito jantar irei ver o meu tio Enrico, irmão de criação do meu pai. Os pais biológicos dele morreram quando ele estava com treze anos e meus avós ficaram com a sua guarda, pois ele não tinha mais ninguém no mundo.
Ele é o amor da minha vida, mas nem me nota para ele sou só a patricinha metida, já percebi que ele não me suporta, mas se nem meus pais me amam quem mais iria gostar de mim.
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Minha Pequena Menina ( Respostando)
RomanceEu me apaixonei por alguém que é proibido para mim. Alguém inalcançável, que ignora totalmente a minha existência. Eu tentei esquece-lo me mantendo afastada, pois sabia que ele nunca me olharia como mulher. Mas o destino quis brincar comigo, e der...