CAPÍTULO 04

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Giullia Rassatti Grecco

Sabe aquele dia que se você pudesse nem levantava da cama ? Hoje é um desses dias, não bastava ter acordado com um dor de cabeça dos infernos, também estou resfriada e me sentindo muito fraca e cansada.

A porta do quarto se abre, minha mãe passa por ela e a trança. Ela se aproxima de mim e sei que irei apanhar, por tê-la desobedecido quando recusei o pedido de casamento do Fillipo no dia do jantar de aniversário que fizeram para mim.

— Você estragou todos os meus planos, acabou com uma transação comercial importante e meses de trabalho ao recusar o pedido de casamento do Fillipo. Eu vou acabar com você sua desgraçada, juro que se pudesse eu te matava. — Ela diz e bate em meu rosto me fazendo cair.

Minha mãe acerta várias cintadas nas minhas costas, braços e pernas, me chuta e também acerta vários tapas no meu rosto estou tão machucada.

Ela esperou o papai ir viajar para se vingar, pois nunca bate em mim quando ele está em casa. Eu não entendo o por que me tiveram se não me amam e não suportam a minha existência.

Espero que tenha aprendido que quem manda em você sou eu, a próxima vez que eu te der uma ordem e você não obedecer eu juro que te mato. Estou indo viajar a trabalho e o seu pai chega na sexta-feira, se você abrir a boca para falar qualquer coisa com ele você me paga. E vê se dá um jeito de esconder esses machucados com maquiagem, caso alguém os veja eu farei pior da próxima vez.  — Ela diz e sai do quarto.

Me encolhi deitada no chão, abraço as minhas pernas e choro de dor. Estou tão cansada de tudo, já não suporto mais viver assim.

  Filha você tem que contar para o seu pai o que a sua mãe faz com você anjinho, só ele para dar um basta nisso. — A Ceci fala, abro meu olhos e vejo ela e a Ally me olhando com pena.

Ele também não se importa babá, a única coisa que importa para meu pai é o dinheiro. Aliás para toda a minha família,  tudo gira em torno dos bens materiais que eles possuem. — Lhe respondo.

Amiga fica em casa hoje, eu te passo a matéria quando chegar da escola. — A Ally diz mas balanço a cabeça negando.

Não, eu vou para a escola. Pelo menos lá eu não tenho tempo de pensar na merda da minha vida. — Lhe respondo, e elas saem do meu quarto.

Me levanto com um pouco de dificuldade e vou para o banheiro, tomo um banho rápido, me seco, escovo meus dentes e saio do banheiro. Vou até o closet e me arrumo para a escola, depois faço uma maquiagem para esconder os machucados em meu rosto.

Pego a minha mochila, saio do quarto e vou para a garagem, entro no carro e fico  esperando pela Ally. Minutos depois ela aparece e o senhor Carlos nos leva para mais um dia de aula.

O dia passou rapidamente,  depois que sai da escola fui para o cursinho de francês e depois no de espanhol e agora o senhor Carlos está me levando para casa. Estou exausta, com muita dor e só quero me deitar e dormir por um bom tempo.

Escuto uma batida na lateral do carro, olha para o lado e vejo que tem um carro batendo em nós tentando no fazer parar. O senhor Carlos acelera e consegue se afastar, eles também aceleram e começam a atirar no nosso carro.

— Se abaixa Giullia. — O senhor Carlos diz  e começa a atirar neles também.

Sinto uma dor alucinante um pouco acima do meu quadril e logo em seguida sinto a mesma dor em meus abdômen. Toco o lugar e sinto minhas mãos molhadas, olho para minha barriga e vejo muito sangue saindo de mim.

Minha Pequena Menina ( Respostando) Onde histórias criam vida. Descubra agora