XI

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Quando recebi aquelas mensagens do Tomás eu achei muito estranho e a única maneira que eu iria perceber o que se estava a passar era ir a casa dele. Explico as minhas amigas o que se estava a passar, elas no início não estavam acreditar naquilo, mas quando lhes mostrei as mensagens, elas pensavam que era uma brincadeira devia estar com os amigos deles, e eles possivelmente pegaram no telemóvel dele e enviaram estas mensagens de mau gosto para mim, mas eu não estava acreditar muito naquilo, então pedi-lhes desculpas, e fui até a casa dele.

A noite estava ótima, mas não me sentia muito à vontade andar sozinha por ali. Chego à casa dele e fiquei nervosa, porque ele possivelmente pode estar com seus amigos e não vai gostar que eu entre ali e interrompe a sua festa, mas e se foi ele mesmo a enviar, humm não ele não é desse tipo de rapazes, mas se tiver com outra pessoa? Porque razão ele iria enviar esta mensagem? Achei estranho a mensagem perversa que o Tomás me mandou. Ele nunca diz coisas daquelas. Secalhar tá bêbado. Mas será que eu suportaria vê lo bêbado? Não sei, mas prefiro arriscar já que estou aqui, já sai da festa de pijama e já o que eu tenho a perder? Nada, acho eu...

Uns segundos depois de eu bater a porta aparece-me uma mulher a abrir-me a porta. Ela é loira, com olhos castanhos ela tem o seu corpo todo definido ela é mais alta que eu e parece ter uns 20 e tal anos. Olho para ela e sinto-me muito mais insegura, do que já sou. Claro como é ele iria namorar comigo, se esta é..., olho para ela, é o estatuto de beleza perfeita. Fico tanto tempo olhar para ela a pensar tantas e tantas coisas, que me fazem rebaixar cada vez mais.

-Deves ser a Beatriz...Eu sou a Carolina, mas podes tratar-me por Carol!- diz toda sorridente.
Eu enervada respondo-lhe brutamente.
- Onde está o Tomás ?
- Está lá dentro, estamo nos a divertir muito!-E ela continua a provocar-me.
- Não quero saber do vós andastes a fazer! O Tomás?- digo aos gritos.
- Ui, que impaciente que estás!! Nem sei como o Tomás gostou de ti...

Estava a prestar atenção a todas as palavras que ela pronunciava mas quando ela disse a palavra "gostou" despertei!

- Repete lá! O Tomás "gostou" de mim?-dou uma gargalhada de nervosismo- deves te ter enganado com o tempo verbal.
- Não não querida! Ele agora é meu! Ahah!
- Mais uma razão por a qual quero falar com ele!
- Adorei-te conhecer, Bia. O meu namorado está na sala. Segunda porta à esquerda.

Esta mulher estava me a enervar! Mas porque é que ela mentiria? Não posso deixar de acreditar que seja verdade. Nem acredito que o Tomás me trocou... por esta. Chego à sala e vejo o Tomás a ver televisão, ele estava todo descontraído, como se nada tivesse a passar.

- Ahah! Ainda tens a lata de tar aí todo descontraído...
- Beatriz vieste-me salvar!- diz ele com uma cara de felicidade, mas eu não estou nada feliz com esta situação toda.
- Vim, mas não para "te salvar" como tu estás-me a dizer. Ou será que foi a Carolina que veio-te salvar? - eu falo e falo e não o deixo ele dizer nada- Hum, deixa me cá pensar... Já sei, ela chegou primeiro, então salvou-te primeiro e agora queres que te salve é isso? E aquela última mensagem? Não deve ter sido para mim. Parece me ter sido para ter dito pessoalmente mas, mandas-te para mim em vez de dizeres à tua namoradinha Carolina!- eu estou a descarregar tudo nele, por ele ter gozado comigo.
- Espera mas...-diz ele.
- Tomás! Nós acabámos! Nem sei se já gostas desta gaja à muito tempo e me andaste a trair mas isso não importa. O que sei agora é que eu não servia não é? Tinha de ser uma logo toda cheia de curvas e mais curvas!Nunca mais quero ver a tua cara na minha vida, ouviste?Tu magoaste-me, não sei se era isso que tu querias , mas parabéns conseguiste. Adeus Tomás! Para sempre!

Sai da sala sem olhar para trás e sem deixar que ele falasse! Quando era pequena tinha razão, os namorados só trazem problemas! À medida que fui crescendo fui esquecendo o que tinha pensado anos atrás, mas pelos vistos estava certa! A Carolina estava no corredor e olhou para mim como se eu tivesse matado alguém mas eu nem retribui o olhar, simplesmente saí porta fora e fui para o parque e sentei-me num banco. Era o mesmo parque da outra vez, coloquei os meus fones para ouvir músicas e acabo por chorar.

-Hum olá...- diz alguém, olho para a pessoa e reparo que é o mesmo que ajudou-me na outra, eu não sei o nome dele, porque naquele dia tinha acabado de receber uma bomba. Tento esconder as minhas lágrimas.
-Posso?- pergunta apontando para o banco onde eu estava sentada eu abano com a cabeça dizendo que sim.

Eu não digo nada novamente,porque ele só aparece quando eu estou a passar pelos piores momentos da minha vida, ou melhor dizendo o parque é o meu refúgio quando eu sinto mal com alguma coisa, eu não faço como as outras raparigas que se refugiem no seu quarto ou em comer eu vou para um lugar diferente, melhor dizendo o parque.

-Sabes tu não choras pela música, e sim pelo que ela te faz lembrar!

Adorei a frase que ele disse, foi linda e profunda, vou guardar para sempre a mesma.

-Eu sou a Beatriz!-digo mais aliviada
-Eu sou o Pedro o segurança deste parque!-mostra o seu crachá
-A sério, desculpe por estar a criar-lhe vários problemas no seu trabalho, se quiser pode ir eu não quero prejudicar o seu trabalho.
-Não se preocupe, menina Beatriz, não cria problema algum no meu trabalho até pelo contrario dá mais animo, este parque é totalmente seguro aqui ninguém se magoa,é o todos os dias a mesma coisa, eu até já sei a que horas aparece cada pessoa e depois como não tenho mais nada que fazer eu gosto de criar uma história a cada pessoa que passa aqui.- Eu rio- A sério!
-Então pode dizer-me que história sobre mim?- pergunto-lhe
-Hummm...Tu és uma rapariga doce e gentil, és uma jovem que está na adolescência e estas aprender o que é a vida de como ela é dura. É normal nos algumas vezes irmos a baixo, mas é vida. Tu tens que aprender como infrentar ela.
-Obrigada, gostei muito.
-Queres que te leve a casa?Já é tarde!-pergunta-me.
-Não, obrigada, não prejudicar o seu trabalho.
-Beatriz, como já tinha dito a menina não incomoda nada, pelo contrário alegra o meu trabalho, então?
-Ok, se não incomodo mesmo eu aceito o seu convite.

Ele acompanha-me até ao parque de estacionamento, e leva-me até um carro branco e diz:

-Este é meu carro, quer dizer não é meu é para o segurança do parque e eu sou o segurança deste parque, portanto acabo por ser meu.-Damos uma gargalhada- Entra, por favor.

Ele pergunta qual é a minha morada, para inserir no GPS, eu digo a morada da Maria, era onde está decorrer a festa do pijama, sem mim, porque pronto...Ele leva-me até a casa e deixa-me a porta de casa dela. Bato à porta e a Ema abre-me a porta eu abraço-a, as outras vê-me e vem abraçar-me. Ficamos durante algum tempo abraçadas.Quando o abraço terminou eu disse:

-Vamos continuar a festa, por favor!- imploro
-Mas...Eu quero saber o que se passou!!-diz a Rita
-Amanhã eu conto, prometo, está bem?-elas abanam a cabeça dizendo que sim- então vamos continuar a festa, onde ficamos?

{Sábado}

Eu conto tudo que tinha passado, ontem à noite desde que tinha saído da casa da Maria, eu depois acabei por chorar e elas consolaram-me. Durante a tarde eu tinha ficado na casa dela, então elas estavam a tentar animar-me e acabaram por conseguir como sempre. Por das 19:00 eu voltei para minha casa, a minha mãe conta-me o que se tinha acontecido hoje de manhã.
-Filha, finalmente que chegaste a casa, hoje de manhã um rapaz,- ela coça a cabeça- acho que o nome dele era Tomás, ou algo do gênero, não tenho a certeza, ele veio cá casa era 8:00, então ele primeiro começou por tirar coisas para a tua janela, depois estava a chamar pelo teu nome e não se calava - ela imita-o - Beatriz, Beatriz... e em seguida estava sempre a tocar campainha e bater à porta, então depois daquela barulheira que ele fez eu fui lá em baixo abri-lhe a porta e ele entra-me desesperado a perguntar por ti, eu disse-lhe que tu não estavas, ele pensava que eu estava a mentir e começou outra vez a gritar por ti e eu disse novamente que não estavas e que estavas na casa de uma amiga, ele até queria ficar aqui a tua espera, mas eu disse que era melhor ele ir embora que tu irias chegar tarde, e é verdade, então ele pediu-me para te dizer o que tu viste ontem foi um mal entendido, a Carolina, acho que é este o nome dela, não sei filha são tantos nomes, adiante a rapariga apareceu por acaso.
-Ok, obrigada mãe- sento-me no sofá e vejo o que está a dar na televisão.

Algumas vão e outras ficamOnde histórias criam vida. Descubra agora