Beco Diagonal

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O resto das semanas passaram mais lentas que o normal, o que não foi nada bom para a minha ansiedade. Eu novamente acordei de madrugada depois de sonhar mais uma vez sobre como seria conhecer Hogwarts pela primeira vez.

-Que merda! – Falei baixo e com raiva, afinal pegar no sono novamente seria difícil.

Meia hora se passou, mas nada de eu conseguir dormir. Como não tinha nada para fazer decidi começar a ler um livro. Depois de voltar do Beco Diagonal com o Prof. Snape eu comecei a explorar os livros que eu comprei lá. Eu estava muito curiosa, quanto mais eu lia, mais eu encontrava coisas super estranhas que eu nunca imaginei que poderiam existir. Eu até comecei a fazer alguns feitiços pequenos com a minha varinha, a maioria terminava em uma bagunça enorme para eu limpar em meu quarto, mas valia a pena. Fazer magica me dava uma sensação incrível! Eu nunca pensei que coisas tão legais poderiam existir, e que EU poderia fazer elas. Era tudo novo e extraordinário para mim, por isso eu amava passar horas lendo sobre magia.

-Lumos – Sussurrei com a varinha na mão, e uma pequena luz branca saiu da ponta dela.

Esse era um dos feitiços que eu tinha conseguido aprender. E mesmo eu já tendo conseguido fazer isso outras vezes, a mesma sensação de felicidade aflorava em mim novamente. Eu amava aquilo. Magia era a minha nova paixão.

(...)

Depois de muita espera, o dia tinha finalmente chegado, eu iria para Hogwarts. A minha noite não tinha sido boa, mas isso não me impedia de estar super animada para o meu primeiro dia de aula. A manhã foi agitada diferente dos outros dias. Todo o meu material já estava arrumado pois eu já tinha deixado tudo perfeito para hoje.

Fui de carro com os meus pais para a King's Cross. O caminho foi muito bom, escutei minhas músicas preferidas com meus pais, isso rendeu muitas risadas. Foi um momento ótimo com a minha família.

Meu pai me ajudou a tirar minhas malas do carro, e colocar no carrinho. A minha coruja Medusa estava em cima de tudo, dentro de sua gaiola. Meus pais me levaram até a porta, como eles não poderiam me acompanhar, decidiram apenas me deixar ali pois podíamos ver Snape dentro da estação.

Minha mãe me abraçou e disse já com lagrimas em seus olhos:

-Vamos sentir muito a sua falta meu anjo, iremos enviar cartas para você toda semana. – Ela disse com uma voz trêmula.

-Eu sei mamãe. – Disse ficando da ponta do pé e beijando a bochecha dela que estava salgada pelas lagrimas. Eu estava com um nó na garganta, queria chorar, mas não queria fazer isso frente da minha mãe pois seria pior para ela.

-Te amo filha – Meu pai disse me envolvendo em um abraço muito apertado e aconchegante. O cheiro do seu perfume invadiu minhas narinas, me fazendo sorrir. Me lembro desse cheiro desde muito pequena.

Peguei minhas malas e fui para a direção do Prof. Snape, ele não tinha me visto ainda e parecia estar procurando algo, ou talvez perdido? Não sei bem o porquê, mas ele estava estranho.

-Olá Prof. Snape. – Disse o assustando de leve. – O senhor sabe qual a plataforma que irei embar-

-Eu não deveria estar aqui. – Ele disse rudemente, não me deixando terminar a frase. – A plataforma é a 9 ¾. – Afirmou firmemente.

-Como assim 9 ¾? Não existe essa plataforma professor. – Eu disse observando um trem qualquer que estava parando.

Mas quando me virei esperando uma resposta, ele não estava mais lá. Fiquei confusa, continuei andando a procura de alguém para me ajudar, percebia os olhares estranhos de algumas pessoas, provavelmente por conta de Medusa, afinal não era comum ver uma pessoa com uma coruja de estimação. Avistei um segurança e caminhei até lá.

𝑴𝒆́𝒓𝒐𝒑𝒆 - 𝑻𝒉𝒆 𝑯𝒆𝒊𝒓𝒆𝒔𝒔 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝑫𝒂𝒓𝒌𝒏𝒆𝒔𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora