1. A Origem de Voltron

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  As fofocas voavam na Academia Galaxy Garrison e por causa delas foi que Diana descobriu sobre o desastro teste de Lance McClain e de sua tripulação. Ela quase sentiu pena do rapaz, ele realmente tinha talento, porém era arrogante demais para seu próprio bem e dos demais. Além de sempre que possível, fazia questão de frisar que tanto Keith Kogane e agora Diana eram seus rivais.

  Coitado do Pidge e do Hunk, pensou.

  Aturar Lance parecia ser terrível.

— Deixa eu adivinhar — começou Angela, tirando Diana de seus devaneios sobre o sofrimento continuo de Pidge e Hunk. — Keith?

— Não. — respondeu Diana, rindo da colega que apontava um garfo em sua direção. — Pidge.

— Pidge? — indagou Angela, confusa. — O técnico em comunicação e amigo do Lance?

— Ele mesmo. — confirmou Diana, pondo mais um pedaço de torta de morango na boca. — Ele me lembra um amigo e também eu sinto muita pena dele por ter que aturar o intrometido do McClain como piloto.

— Olhando por esse lado — observou Angela, rindo. — Você está certa. Lance é muito imprevisível as vezes.

— As vezes? — indagou Diana, incrédula com o que a colega dizia. Na mente da morena passava um pequeno filme de todas as vezes em que Lance McClain havia agido ou tomado formas imprevisíveis. — Você está brincando, não é?

— Vamos relevar, Diana. Ele nem é...

  Angela foi subitamente interrompida pela aparição do garoto em questão. Lance McClain acabara de adentrar o refeitório e já as havia avistado, deixando tanto Angela quanto Diana sem escapatória.

  Falando no diabo, pensou Diana, revirando os olhos com a visão da única pessoa que lhe tirava a paz.

  Com suas longas pernas, o garoto atravessava o pavilhão com rapidez e facilidade impressionante. Menos para Diana, que era praticamente obrigada a ter que passar algumas horas de seu dia ao lado do McClain. Eles não escondiam de ninguém o quanto se detestavam e sempre que se viam pelos corredores, haveria um alto risco de um provocar o outro.

  Respirando fundo, Diana contou até três e pediu silenciosamente a qualquer divindade suprema que tirasse Lance da rota de colisão com sua mesa, mas o destino não estava a seu favor. Não hoje.

— Boa tarde, meninas. — saudou Lance com seu característico sorriso galanteador em seu rosto, pronto para irritar Diana. — Falando de mim, Dee? 

— É Whitlock para você, McClain. — respondeu Diana, ríspida. Ela detestava aquele garoto e seu jeito irritante de sempre se achar superior aos outros. — E, por favor, cai fora antes que minha mão quebre o seu nariz.

  A ameaça não surtiu o efeito esperado e ao invés de sair, McClain simplesmente riu.

— Eu não tenho medo de você, Dee. — debochou o cubano.

— Então porquê está aqui, McClain? — rebateu Diana, já sem paciência com o rapaz a sua frente. — Veio pedir conselhos para a sua próxima prova de voo?

  A lembrança do teste desta manhã pareceu ter surtido efeito e Lance logo se calou.

— Você não é ruim, McClain. — continuou Diana, tentando ser mais gentil possível. Ela conseguia ver nos olhos do rival que isso o magoava. — Só abaixe a bola e trabalhe em equipe.

— É claro que eu não sou ruim, seu namorado indisciplinado é que era e por isso foi expulso. — declarou Lance. Ele não parecia ofendido, porém preferiu manter a fachada e contra atacou.

𝑺𝒂𝒖𝒅𝒂𝒅𝒆 | 𝑽𝒐𝒍𝒕𝒓𝒐𝒏 𝒇𝒂𝒏𝒇𝒊𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora