CAPÍTULO VIII

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Jungkook voltou a Laguana após meses se aventurando nos mares de Tetis! Tinha conseguido uma fortuna inigualável e já podia se retirar da fraternidade pirata a qualquer momento.

Os piratas que ficavam cuidando de sua casa, entregaram duas cartas com a notícia do falecimento de Moohyun e também sobre a injusta partilha dos bens. O capitão ficou enfurecido com a decisão do velho, não por ele não ter deixado nada para si, mas por deixar seu filho apenas com uma propriedade.

Jeon não teve tempo para descansar, repartiu o espólio entre sua tripulação e seguiu para Reyne. Precisa rever sua mãe que tinha sofrido um colapso nervoso ao saber do testamento e também precisa prestar seu apoio a Hyunjin.

O capitão demorou uma semana para chegar ate a cidade. O caseiro lhe recebeu com más notícias, disse que sua mãe andava pior de saúde e que o médico havia dito que não tinha muito tempo de vida. Jungkook sentiu o corpo estremecer e saiu correndo para o andar de cima para vê-la.

- O doutor disse que é uma doença no estômago, mas faz tempo que ela também não anda bem da cabeça. Confunde nomes, pessoas e as vezes esquece até quem somos nós. - Hyunjin passou o relatório dos últimos meses.

- Ela ficou pior quando soube que Moohyun deixou toda a fortuna para o prostituto. - Sybilla acrescentou.

- Aquele homem ainda está aqui? - Jungkook perguntou com uma expressão séria.

- Não! Voltou para a sua terra carregada de joias e dinheiro. - A senhora Jeon disse furiosa. Ainda não tinha aceitado o que seu irmão havia feito.

- Filho... - A mãe de Jungkook o chamou com a voz fraca. - Jungkook, é você?

- Sim, mamãe! Estou aqui com a senhora. - Ele segurou as mãos geladas dela e as beijou.

- Eu tive tanto medo de que estivesse morto...

- Não, mamãe! Eu estava viajando, mandei uma carta. - Jeon falou com uma expressão triste. Provavelmente a pobre mulher não se lembrava da correspondência.

- Você não pode aceitar isso, Jungkook. Não pode deixar que um desconhecido, um prostituto tome o que teu pai deixou para ti. - A senhora dizia com a voz fraca, mas firme.

- Mamãe, eu sou rico! Consegui uma fortuna em minhas últimas viagens, não se preocupe com isso. - Ele tentou acalmá-la. A mulher estava agitava em cima da cama e não conseguia descansar.

- Mesmo assim, você precisa ir atrás do que é seu. Se trata de justiça não só para ti, mas para teu primo.

- Não pense nisso agora, mãe. Precisa se recuperar... - Jungkook estava desesperado. A senhora estava inquieta por causa de sua sede de vingança.

Jeon finalmente conseguiu fazer sua mãe dormir. Enquanto conversava com Hyunjin, o ômega o agradeceu por ter enviado o cofre de dinheiro para eles. O capitão ficou confuso e esclareceu que não tinha enviado nada nos últimos meses, pois tinha deixado uma boa quantia com sua mãe da última vez que visitou a cidade. Eles concordaram com a explicação de que algum amigo da família deveria ter feito uma doação em anonimato para não ofendê-los.

Na madrugada, Iseul acordou e chamou pelo filho. Ela já não conseguia nem falar sem ofegar, chorando e implorando fez Jungkook prometer que iria atrás do marido de Moohyun para pegar sua fortuna de volta. No desespero para tentar acalmá-la, Jeon prometeu o que ela queria ouvir e beijou as mãos dela. A senhora Jeon disse que ele era a coisa que ela mais amou no mundo, após ouvir a resposta do filho, ela finalmente deu seu último suspiro agonizante e fechou seus olhos para sempre.

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