CAPÍTULO XIX

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Uma carruagem elegante e cavaleiros montados a cavalo estacionaram em frente ao Palácio Mancerah. Um homem alto, jovem e bem vestido desceu e pediu para anunciar que o duque de Salvaterra solicitava ver o lorde ou lady de Hwasan.

Sorah recebeu o duque na sala de estar. O homem era cortês e educado, além de ser mais bonito pessoalmente do que nos retratos que havia mandado.

— Faz tempo que é viúvo? — Sorah perguntou interessada em saber mais sobre o futuro marido de Seokjin.

— Faz mais de seis meses, senhora. Minha falecida esposa morreu de tristeza após o desaparecimento de seus dois filhos. — O duque disse com uma expressão pesarosa. — Depois que meus enteados foram raptados, ela foi adoecendo pouco a pouco, não queria se alimentar e cada dia ficava mais fraca. Após uma febre, ela entregou sua alma ao criador.

— Que barbaridade! E como as crianças desapareceram?

— Um dia foram passear no campo e nunca mais voltaram. Nós buscamos por todos os lados, mas infelizmente nunca achamos uma pista.

— Que tristeza! — A lady se solidarizou com a história trágica.

— Boa tarde! Nós perdoem pela demora. — Kenai disse ao entrar na sala. Ela tinha ido buscar Seokjin e teve muito trabalho para fazê-lo descer.

— Está é minha sobrinha, Kenai. E ao lado dela, meu filho Seokjin! — Sorah fez as apresentações. — Senhor Alvarus De Lacueva, duque de Salvaterra.

— É um prazer conhecê-los. — O homem se aproximou e beijou a mão dos recém chegados.

— O prazer é todo meu. — O ômega sorriu de forma sedutora, demonstrando que a aparência do homem tinha lhe agradado.

— Seokjin também é viúvo e tem uma filha de 9 anos. É uma menina muito amável, muito comportada e não dá nenhum trabalho. — Lady Sorah exaltou as qualidades de sua neta.

— Tenho certeza que é uma criança encantadora, assim como o pai dela. — O duque disse encarando Seokjin. Os dois se sentaram lado a lado e ficaram trocando olhares e sorrisos.

— Seja bem-vindo a Hwasan! Sou Johar de Manserah e este é meu administrador Atbert Lafont.

— É um prazer, senhor! Sou Alvarus De Lacueva. — O homem estendeu a mão para seu anfitrião.

— Sente-se! Tragam vinho para todos. — O lorde ordenou. — Então o senhor é duque de Salvaterra?

— Na verdade o ducado pertencia ao meu tio. Me casei com a filha dele, que era viúva e tinha dois filhos. Com a morte de todos, eu fiquei com o título, terras e propriedades.

— E como todos morreram? — Johar perguntou intrigado.

O duque contou novamente sua tragédia familiar. Depois falou sobre suas amizades na corte e como era sempre convidado para os bailes reais. Após horas de conversa, Johar o convidou para se hospedar no Palácio e Alvarus aceitou contente, e explicou que não gostava de se estalar em pousada, pois não tinham o luxo que ele tanto prezava. Sorah se levantou e disse que iria pedir para arrumarem as melhores acomodações para ele.

— Ele é tão bonito... — Kenai disse a tia quando estavam no andar de cima.

— Achei muito convencido para alguém que só herdou seu título por causa de uma horrível tragédia familiar. — Lady Sorah deu seu parecer.

Seokjin foi até o jardim com seu prometido. Ele novamente contou sobre a vida de luxo que levava, informou que gostava de bailes na corte, jogar com os nobres e passar temporadas de inverno e verão nos castelos dos príncipes e palácios de outros duques. O ômega ficou encantando, era a vida que tinha sonhado, já que em seu povoado não tinha muita agitação.

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