Capítulo 7 - Dias

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 Os dias foram se passando e tudo ia às mil maravilhas, ainda era de manhã e Carol estava dormindo, até que ela sente um movimento na cama, seguido por um cheirinho de café e quem resiste a café? Com certeza não ela, abriu os olhos e Daryl estava lá, ele tinha aquele sorriso meio envergonhado, era seu jeito de ser, e junto a ele uma bandeja com café, suco, pão fresquinho e algumas frutas, ele também havia deixado uma flor, ela amava flores e ele já havia percebido isso.

- Bom dia!

- Bom dia! - Ela responde sentando-se na cama e envolvendo o corpo desnudo entre os lençóis. - Ele se aproxima para beija-la. - O que é isso tudo?

- Não gostou? Podemos tomar café na embaixo também.

- Não, não, eu adorei...E como foi sua noite, eu percebi que estava inquieto na cama.

- Me desculpe, de verdade...

- Não precisa se desculpar, só queria poder ajudar. - Carol acaricia o rosto de Daryl, ela tira a mecha de cabelo da frente dos olhos dele. - Pode contar comigo.

- Algumas vezes o passado persegue a gente.

- No meu caso ele literalmente persegue! - Carol ironiza.

- Verdade.

- Quer conversar sobre?

Daryl pensa por alguns segundos. - Não.

Preocupada Carol insiste. - Tem alguma coisa a ver com as cicatrizes? - Daryl apenas desvia o olhar e levanta da cama. Já Carol que segurava os lençóis sobre o corpo levanta indo atrás dele. - Ei, pode conversar comigo.

- Não é tão simples.

- Daryl eu falei sobre tudo para você.

 Ele pensa um pouco, não sabia bem por onde começar, nunca foi uma pessoa de se lamentar pelo que passou e muito menos de conversar com alguém sobre o que viveu, durante o tempo que viveu sozinho naquela cabana, ele desenvolveu uma camada de proteção para não pensar nessas coisas, mas às vezes era impossível impedir que elas viessem em formato de pesadelos. - A verdade é bem simples, meu pai era um doente que vivia batendo em mim e no Merle, quando eu era pequeno meu irmão levava a pior sempre, não era um, tapa ou dois, ele literalmente espancava a gente, não tínhamos o que comer o que vestir... Daí o Merle foi embora e eu virei o alvo e tudo só piorou cada vez mais.

- Daryl eu sinto muito.

- Não sinta, não foi sua culpa.

- Mas e a sua mãe?

- Aquele não sabia se fumava ou bebia, então fazia os dois só para garantir.

- Não se preocupe mais com isso! - Diz Carol o abraçando forte.

                                                                                                      ...

 Algumas horas mais tarde Daryl tomava banho e Carol estava na sacada do quarto dali ela podia ver algumas pessoas desfilando com seus drinques ao redor da piscina. Quando Daryl se aproxima dela envolvendo seus braços ao redor da cintura e a beijando o pescoço. - O que tanto olha?

- Eu acabei de perceber que não fomos para a piscina.
Ele para e a olha serio. - Mas nós meio que já estamos na água, quero dizer estamos em um navio e...

- A Daryl que custa? Poderiamos ir a noite. - Ela se vira, pondo os braços em volta do pescoço dele.

- Eu não sou do tipo que nada borboleta. - Ele ironiza.

- Mas não precisa... Vamos por favor! - Ela olha para ele com aqueles olhos grandes, brilhantes e azuis, que competiam pelo tamanho de sua beleza com o céu e o mar.

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⏰ Última atualização: Jan 28, 2021 ⏰

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