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Eu já estou aqui nesse ônibus a mais de duas horas, simplesmente não entendo porque ele mora tão longe, ou, lá está, eu me lebro desse prédio, feio e pichado, é aqui.
Desci do ônibus e caminhei por aquela rua estreita e pouco movimentada as casas faziam bem o estilo dele, tudo com uma pegada meio vintage, não demorou muito cheguei a sua casa, toquei a campainha e esperei enquanto ouvi passos se aproximando.
A porta abriu e aquela figura disse:
- Vejo que leu meu bilhete, meu jovem.
- Sim, posso entrar.
- Claro, entre por favor, não repare muito na casa, não tive tempo de arrumar.
Ele clara mente mentiu, eu relevei pois em sua mente eu ainda não lembrava de nada. Ele foi se deslocando pela casa até a cozinha que era uma local pequeno com alguns balcões e pia, forno, e geladeira, nada de muito requintado, eu continuava o seguindo, ele parou e de costas para mim perguntou.
- Você quer um café meu jovem, - virou-se com um xícara na mão.- deve estar cansado da viagens.
- Eu não quero café, eu quero respostas, - empunhei uma faca que estava no balcão ao me lado. - vamos tio Charles, eu sei que você sabe onde minha mãe está.
- Hugo? é você? como ? - ele estava estático, colocou a caneca no balcão e disse. - calma meu jovem, vamos nos sentar e conversar.
- Tudo bem, mais não tente me errolar.
Eu coloquei a faca em seu lugar e fui com ele para a sala, já sentados no sofá retornamos a conversa.
- Charles, como você me encontrou naquele parque? - perguntei já inquieto.
- Hugo tudo foi uma coincidência, de início eu pensei que pudesse ser outra pessoa mas depois tive certeza de que era você, e quando me aproximei novamente, você não sabia quem eu era, eu tinha que te fazer lembrar ou então ao menos confiar em mim para vir até a mim por vontade própria.
- por isso das aparições repentinas? e a Janete?!
- Sim, eu percebi como a Janete te intrigou então usei ela como um caminha para chegar a você.
Eu odeio aquela mulher, ela apareceu na vida de Charles do nada após a morte de minha tia, nunca fui com a cara dela ela é muito perversa.
- Como ela anda? - finji interesse. - ela parecia muito bem quando a vi.
- Sim, ela está ótima, obrigado por perguntar.
- sim, - já cansado de enrolar fui direto ao ponto.- já basta, Charles onde minha mãe esta morando?
- Por que esse interesse? ele está no mesmo lugar.
- Nós dois sabemos que não, agora deixe de querer me enganar e diga logo.
- OK, ela esta em Morgan, por isso estávamos lá naquele dia.
- Tão perto...OK obrigado mais tenho que ir, tenho uma longa viagem.
- Você vai vê-la ?
- Sim, estou com saudades da minha mamãe querida.
Ele sorriu, sem duvida ele parecia não saber como eu havia perdido a memória e nem si quer fez questão de perguntar, estava felez por me ver.
Nós nos despedimos ali mesmo e eu segui meu rumo em destino a Morgan, é claro, só depois de ter pego o endereço da casa dela.
Eu peguei mais um ônibus e me preparei para uma longa viagem que seria longa.
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As vantagens de se ter Amnésia(Romance Gay)
RomanceA história conta sobre a vida de um menino que se apaixona por um estranho que sofre de amnésia devido a pancada sofrida no acidente de carro.