A fuga

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Quando eu percebi que o braço de Erick já estava ficando vermelho com o aperto de Fogaça, resolvi interferir antes que ele realmente machucasse Erick pra valer.
-Fogaça, solta ele!!
-Ágata, se ele encostasse a mão em você eu juro...
-O único violento aqui é você, Chefe. -Respondeu Erick, conseguindo se soltar do aperto de Fogaça.
-Erick, podemos conversar outro dia?
-Você é louca, Ágata? Quer manter amizade com o cara que você simplesmente usou de brinquedinho? Eu não quero a sua amizade, os meus sentimentos eram verdadeiros e você jogou tudo no lixo... Vocês dois se merecem. -Erick saiu sem olhar para trás, pisando duro e chamando atenção de algumas pessoas.
Eu fiquei tão sem graça em ter que encarar Fogaça depois daquela situação que só me sentei e escondi o rosto com as mãos.
Fogaça sentou do meu lado esperando uma reação minha.
-Desculpa...Eu e Erick nos encontramos algumas vezes e ficamos, e do nada você aparece na minha vida e ele esta se sentindo traído ou trocado, é claro que ele tem razão em se sentir assim, eu só queria me desculpar hoje e colocar um ponto final nisso tudo. Eu ia te contar aasim que eu chegasse.
Fogaça estava tenso parecia analisar cada palavra que saia da minha boca.
-Ágata, eu já sabia de você e de Erick. O que me chocou foi você mentir, e ter facilidade nisso... Eu não ia te proibir se você tivesse me contado.
-Desculpa... a nossa relação pulou vários níveis, eu não sei onde estamos ou se estamos no mesmo nível.
-Eu só quero te proteger, Ágata. Você tem que confiar em mim e se abrir para mim, eu não quero ser o seu segredo.
-E como ficará o programa?
-Se você quiser sair...
Antes dele completar a frase eu o interrompir.
-Eu não pretendo sair do programa, Fogaça.
-Mas você pode trabalhar no meu restaurante.
-Desculpa, mas eu pretendo ter o meu restaurante.
-Você nunca quer dividir nada comigo... Por isso não estamos dando certo.
-Então agora a culpa é só minha?
-Você é a única a contar mentiras aqui.
Depois daquelas palavras pesadas eu levantei e sai do restaurante não ligando pros olhares curiosos.
Peguei um táxi que estava na porta do restaurante e dei endereço da casa da minha mãe, fui o caminho inteiro chorando.

Meu chefe Henrique Fogaça Onde histórias criam vida. Descubra agora