Prólogo 2 (

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Como vinha dizendo, Hussein lembrava o momento exato que avistou jasmins, ela era do tipo que se fazia ser vista em um salão lotado de pessoas, quisessem elas a enxergar ou não, o tipo de pessoa que fazia a vida acontecer e não ao contrário.

Hussein que aos dezoitos não tinha ainda tomado nenhuma decisão sem que seu pai tivesse uma grande influência sobre tudo não conseguia enxergar coisa mais magnifica que isto.

Hussein passava seu tempo entre a casa dos amigos e tabernas evitando sua casa o máximo possível, ficar na casa de frege era a melhor opção para os três, o pai de frege sempre estava muito ocupado com alguma prostituta para importunar os rapazes e a mãe dele incomodava menos que uma samambaia, no entanto as melhores bebidas ficavam na casa dos Helton, o que era uma grande ironia, já que o pai alcoólatra ali era o seu.

Mas isso se devia ao fato de que se o pai fosse inclinado a luxo com bebidas toda a família já estaria em miséria, e também que o senhor Helton nunca precisou de uma única gota de álcool para ser alguém desprezível, o homem fazia isso muito bem as sete da manhã . Na verdade, os três desconfiavam que o rei o usava para ensinar tortura para os generais de guerra.

O homem era de fato muito o bom ! Ou muito mal, tudo dependia do ponto vista de cada um.

Durante a noite os dois costumavam se esgueirar pelos corredores enquanto frege ficava de olho na porta do quarto do Conde, Tobias gostava de enfrentar o pai mesmo que o homem nunca fosse saber. Ele dizia que ainda teria tempo de dizer o pai que nunca o tinha respeitado de fato, que tudo não passava de uma grande farsa e que tal homem só era digno de desprezo de todos, ele repetia muitas vezes o discurso para os amigos, até que qualquer um dos três poderia ser capaz de pronuncia-lo.

Grande pena que nenhum teve a oportunidade, o homem partiu em uma rapidez assustadora e de grande alegria. Para todos os outros fora ele, é claro, o homem nunca ficava feliz em agradar ninguém e a morte dele era a coisa mais agradável que tinha acontecido.

Funcionava quase todas as vezes, eles entravam na calada da noite pegavam algumas garrafas de uísque e corriam para fora da casa. Os três gostavam de saber que estavam fazendo coisas reprováveis por seus pais, já que nenhum deles era um grande exemplo a ser seguido.

Naquela noite Hussein estava na frente enquanto Tobias tentava encontrar as chaves no meio de todas as outras.
Já era mais de meia noite, então quando um corpo pequeno de olhos negros e cabelos mais negros ainda apareceram na sua frente, Hussein pensou mesmo ser sua vozinha voltando para bater na mão dele, a mulher achava o roubo o pior dos pecados. Mas esse pensamento só passou por sua cabeça por um segundo antes dele perceber como a moça que estava a sua frente era bonita, nessa época jasmins não tinha mais de 16 anos mais já era uma das moças mais lindas.

Hussein só ficou a encarando até ouvir um suspiro irritado do amigo.

Tobias sempre repetia que a beleza das irmãs era apenas uma forma de acobertar o ser por debaixo de toda aquela beleza , mas com aquela beleza se podia acobertar os pecados da metade da Inglaterra.

- Pensei que tivesse mandado você ficar no quarto -a voz de Tobias era carregada daquela ameaça sutil que só um irmão mais velho tinha acesso.

A moça cruzou os braços na frente do corpo e empinou o nariz

Jasmins sabia fazer aquilo melhor do que ninguém, e no que nos outros iria parecer uma posse orgulhosa e metida nela mais parecia uma birra de criança, que a fazia ficar adorável a cada olhar. Foi naquele momento que Hussein pensou que casaria com ela.

Ele encarou a forma como ela encarava o irmão, e pensou " acho que amo essa mulher ", é fato que mais tarde naquela mesma noite se sentiu um grande tolo por tal pensamento, mas ora, foi o que pensou e era um sentimento tão real que Hussein esqueceu por um momento que estava do lado do seu melhor amigo, irmão da moça.

Um amor para um visconde ( 2 VOLUME DOS HELTONS)Onde histórias criam vida. Descubra agora