Chapter III - Badge

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Não se esqueça da estrelinha ⭐️ e de comentar o quê estão achando!!

Faça uma lista das possíveis coisas que poderiam dar errado. Era o quê meu avô sempre me dizia. Visualize a pior alternativa, isso a ajudará a se preparar.

Era um dilema lógico para se viver sobre, mas com a fertilidade de minha imaginação nesse momento, a pior alternativa era Sebastian Law descontar a raiva em minhas atividades escolares. Claro que sempre estava de pé a alternativa dele ser um psicopata, mas eu preferi naquele momento ignorar essa opção.

O caminho de ida foi o da volta. Me apertei pelas cadeiras do auditório, poupando o mínimo de tempo que pude em que o olhar de Sebastian não estivesse me fitando com raiva por ter lhe tapeado.

Me sentei ao lado de Tony e se o descompasso no meu peito estivesse minimamente mais intenso, ele notaria meu susto. Mas fiz do melhor para me controlar, me arrependendo de agir no impulso, vendo Law sair do pequeno corredor e parar ao lado de outros professores.

— Ugh! — bufei tampando o rosto com a palma da mão — Eu odeio ele! — passei a mão receosamente em meu nariz, lembrando de seu toque.

— Quem? — Chelle abaixou-se pondo a mão em minhas costas.

Subi o olhar para ele novamente e aso estender a manga de sua camisa, meu olho percebeu a linha de tinta em seu braço escrevendo uma tatuagem cuja frase me era desconhecida. Da mesma maneira que o procurei para determinar o quão intensa seria sua vingança, ele também pareceu erguer o olho para me achar.

Claro que em questão de segundos ele estava me encarando, porém estaria mentindo se eu dissesse não ter ficado surpresa — em seu olhar não havia raiva, nem nada que se semelhasse à isso. Ele me parecia é entediado. E se a frieza de seu olhar não tivesse me congelado de vez, a expressão dês impressionada o teria feito. Apertou os olhos e voltou sua atenção para algo mais interessante.

— Aposto que é gay — franzi o cenho — Por isso essa pose de macho escroto toda hora.

— Quem, meu Deus?! — ela gritou num sussurro.

Balancei a cabeça negativamente, provavelmente com uma cara de nojo. Mas eu me mantive calma, sentada e forçando o olho aberto para escutar o quê a coordenadora falava sobre a excursão que o terceiro ano teria em poucas semanas. "Ela é muito bonita", ouvi Michelle murmurar para mim minutos depois, me devaneando de meus próprios pensamentos.

Subi o olhar para ela, em uma tentativa de entender de quem ela estava falando, mas ela apenas mantinha o olhar erguido para frente, mexendo os dedos despreocupadamente.

— Desculpa, quem? — questionei.

— A garota nova — respondeu de imediato apontando para a garota loira sentada há duas fileiras de nós.

Respondi um murmuro desinteressado e voltei minha atenção para frente, e logo Tony segurou minha mão e acariciou-a com o polegar. Fechei os olhos brevemente apreciando o momento e sorri pequeno.

Ele realmente era bom. E se não fosse, e acabasse por ser igual seus amigos do time de futebol... Nossa, como ele escondia bem.

[...]

— Sabe... Meus pais vão viajar na páscoa — ele disse enquanto atravessávamos a rua — A casa vai estar vazia — ele cantarolou a última palavra.

— Nossa, mas a páscoa é daqui meses! Que ansiedade... — soltei um riso e ele fechou a cara.

Por sua mudança de expressão, contive o riso.

Meu ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora