genteeee preciso agradecer aos 30K de leituras!! estou adorando escrever essa história e fico feliz de ver que tem quem goste também 💛
agora, ao capítulo de hoje hehe
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Agora ali, sentada e encarando o nada, minha cabeça estava cheia e muitos desses pensamentos giravam em torno de Gabriel. Se toda a minha família era minimamente constipada, a irmã do meu pai escapava do estereótipo. Com isso, havia aceitado tomar conta de Biel por alguns dias até quando eu e Chelle voltássemos da excursão e estivéssemos nos ajeitado.
Apoiava o rosto na mão, olhando desinteressada para a lousa enquanto Law falava sobre a quiralidade de moléculas. Ou era de átomos, substâncias, não sabia dizer ao certo a diferença de nenhum.
— Pensa como suas mãos, elas são iguais, mas opostas — ele gesticulou tirando a dúvida de uma aluna.
Alguns ainda não haviam entendido a matéria, mas não podia julgar. Como eu não prestava atenção, eu não compreendia o quê ele falava, muito menos os desenhos da lousa. Ele continuou a explicar quando outro garoto reclamou. E eu rezei para que ainda restasse trinta minutos de aula quando encarei o papel em branco na minha bancada, sabendo que teria de entregá-lo ainda hoje.
— Entendeu agora? — ele sorriu de lado esperançoso após uma longa explicação.
Deus, será que ninguém se incomodava com isso? A maneira que ele falava, o tom de voz dele é tom de flerte. Ele era o flerte em pessoa e acho que ele nem notava.
— Ótimo — voltou a apoiar-se na mesa — Vocês tem dez minutos para me entregar o relatório.
Subi e desci o olhar da lousa lotada, de equações e desenhos, para a folha vazia inúmeras vezes. Eu nem sabia do que aquilo se tratava, como iria fazer um relatório? Aquela aula era a última do dia, então não muito fora de costume eu estava presa lá dentro até que finalmente acabasse.
Alguns minutos se passaram e os alunos já estavam deixando os papéis em cima da mesa de Sebastian, estratégia nova essa que tomei por ser uma maneira de evitar contato comigo, já que aquela não era a usual forma de entrega em suas aulas — pelo menos não nas últimas duas semanas.
A sala agora estava praticamente vazia, apenas eu e mais um aluno mantínhamos Sebastian além de seu horário aqui. Mas não durou muito, visto que em poucos minutos o garoto levantou-se, despedindo-se do professor que acenara com a cabeça e deixando o relatório na mesa.
Finalmente eu estava prestes a acabar de copiar os rabiscos moleculares da lousa e a iniciar a infinita jornada que seria calcular e descobrir as respectivas quiralidades quando percebi meu olhar involuntário em Sebastian, que estava de costas olhando janela afora. Como disse, completamente não responsável mais por minhas ações, encarava a calça dele que salientava sua bunda. Mas o professor se virou e não era mais na sua bunda que meu olhar estava. Em desespero, imediatamente subi o olhar para seu rosto.
Sua feição irritada com as sobrancelhas cerradas seguido de um bufo e um rolar de olhos me inquietaram.
— Primeiro ela me odeia e agora isso — pôs-se a andar — O quê falou mesmo? Pedófilo psicótico?
Que exagero. Eu nunca falei aquilo.
— Não, eu não falei isso — afirmei firme, levantando do banco e pondo o relatório mesmo que meio feito na pilha de papéis sobre sua mesa.
— Que seja — bufou e abriu a pasta.
— Não, que seja nada! — no momento que elevei minha voz me fiz ciente de que o quê estava fazendo era errado, mas o impulso foi maior — Estou há semanas tentado ter uma conversa decente com você, mas você só me ignora — abaixei a voz.
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Meu Professor
RomanceBella Gracci era uma garota cuja vida sempre fora muito turbulenta e exigente. Com sua reputação, ela desejava passar seu último ano escolar chamando a menor atenção possível. Com 18 anos, não era de se esperar que uma paixão avassaladoramente turbu...