Oii lindusss! todos bem?
Que tal um capítulo bônus essa
semana? 🤔_______________________
Entreguei o papel crespo para o senhor em minha frente. Ele tinha um bigode e usava um pequeno chapéu, prestes a cair, que o deixava com uma áurea simpática.
— Sabe, jovem, o azul é o favorito das crianças, ainda mais das espoletas — ele apontou para meu irmão que puxava impacientemente a saia de Michelle.
Luke, o namorado de Chelle e melhor amigo de Tony, estava conosco e eu agradecia pelos dois evitarem piadas internas e tentarem me enturmar nas conversas que geralmente se limitavam à futebol e festa.
Biel estava rindo mas eu não entendi a graça que ele apontava ao formato do algodão doce em sua mão, dizia que parecia uma formiga, mas de que maneira, eu não sabia dizer.
— Meu filho faz isso com as nuvens — ele voltou a falar ao colocar o dinheiro em seu bolso — Me encanto toda vez.
Eu sorri e agradeci, feliz por ver meu irmão naquele estado de espírito. Ele estava passando tempo demais com nossa tia e isso o deixava cada vez melhor, consequentemente tirando um enorme peso de minhas costas.
Senti a mão de Tony me abraçar pela cintura e me puxar para perto, soltando alguns beijos em meu ombro.
— Então... — ele suspirou — A páscoa está chegando, e como combinamos, vamos para a praia.
— Delícia — sorri com a imagem da areia e a sensação da brisa que suscitaram em minha mente.
— Se prepare que daqui duas semana vou te sequestrar, pra longe de todo o caos.
— Me prometa que será só nós dois — entrelacei os braços em seu pescoço, o trazendo mais para perto.
— Sabe que sim — me acariciou por debaixo da blusa na cintura.
Em poucos segundos, meu irmão correu feliz para minha perna. Em uma mão, o algodão doce, em outra um bichinho de pelúcia. Era um porquinho rosa cinzento, pequeno e gordinho, extremamente parecido com uma de suas pelúcias que eu havia prometido voltar para pegar na casa de papai, mas nunca o fiz.
Não sabia o quê seria de nós dali pra frente, mas, pela primeira vez na vida, não duvidava de que fosse apenas subir para melhor. Com toda a ajuda que tia tem nos dado, é impossível ser ingrata e permitir-me voltar ao pessimismo de antes. Não era como se eu quisesse soar piegas, aquilo era apenas como eu pensava em meio à tanta atordoamento que a vida nos jogava. E agora parecia tudo ter se dissipado, não da melhor maneira, mas de alguma maneira.
Se me perguntasse quando tudo começou a dar errado para mim e Michelle, eu saberia lhe dizer bem.
Era nosso aniversário de 13 anos, estávamos no carro voltando da pizzaria onde havíamos celebrado e por algum motivo, que eu não poderia lhe dizer com certidão, portanto não vou jogar suposições, Gabriel chorava. Ele chorava demais e alto, poderia ser fome, cólica... E mamãe não fazia nada para acalmá-lo, e papai olhava fixamente para a rua.
"Não vai fazer nada?", ele perguntou alto. Eu segurei a mão de Michelle com força, na esperança que aquele toque servisse-me como refúgio. Mamãe não respondeu, e Biel continuava a chorar, cada vez mais alto. Papai olhou insistente para minha mãe, fixando o olhar em busca de uma resposta, mas nada aconteceu.
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Meu Professor
RomanceBella Gracci era uma garota cuja vida sempre fora muito turbulenta e exigente. Com sua reputação, ela desejava passar seu último ano escolar chamando a menor atenção possível. Com 18 anos, não era de se esperar que uma paixão avassaladoramente turbu...