Insegurança

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As coisas estavam indo muito bem entre Jungkook e eu nos primeiros dias depois que ele me pediu em namoro. E eu aceitei, é óbvio. Posso ser idiota, mas não burro, ora. E estávamos nos dando muito bem. Muito bem mesmo!

Meus amigos ainda não sabiam sobre nós, tudo porque eu queria fazer isso com a presença dele. Queria apresentá-lo como namorado pessoalmente.

Nós dois estávamos juntos sempre que possível, trocando beijos, carícias e palavras carinhosas, e estava sendo simplesmente bom.

Inclusive agora, quando estou com as mãos em seus cabelos esperando pacientemente que ele acorde, algo que estou tentando fazer há quase quinze minutos sem o menor êxito.

— Jungkookie, por favor. — Pedi mais uma vez. — Vamos nos atrasar.

— Só mais cinco minutinhos, amor.

Amor.

Amor.

Amor.

JUNGKOOK ME CHAMOU DE AMOR!

Me derreti tanto, que somente continuei com o carinho nos cabelos do Jeon, esse que lutava para manter os olhos abertos por dois minutos que fosse.

Até que o fiz sentar na cama e enchi seu rosto de beijos, o que finalmente lhe fez sorrir e despertar. E como eu já estava pronto, arrumei nosso café da manhã enquanto Jungkook tomava banho e se vestia.

Não demorou muito até que eu sentisse suas mãos em minha cintura e seu rosto perto do meu pescoço, deixando ali um beijo estalado como ele estava fazendo todas as manhãs. Apesar de dormirmos no mesmo quarto, não tínhamos dormido juntos ainda — mesmo que na barraca tenhamos dormido agarrados. E não sei dizer o porquê, na verdade, apenas quis manter na mente que falaria sobre isso com meu namorado em algum momento.

— Bom dia, hyung. — Sussurrou contra o meu ouvido, deixando mais um beijo próximo dali antes de se separar de mim e sentar-se para tomar café da manhã. — Dormiu bem?

— Dormi sim, e você? Estava com preguiça, ein? — Brinquei, sentando-me ao seu lado.

— Dormi também. — Respondeu-me, mantendo a mão esquerda sobre a minha perna. — Ao menos hoje já é sexta-feira, e você não vai parar de me beijar do nada só porque precisamos acordar cedo no dia seguinte.

O olhei descrente no mesmo minuto, sentindo meu rosto inteiro ferver de vergonha. Jungkook é uma verdadeira peste quando quer e, sempre que quer me incomodar, ele é essa tal peste. Cruzei os braços emburrado — e tímido — e só os descruzei para rapidamente tomar o meu café da manhã e levantar para arrumar as coisas.

Jungkook apenas ria contido. Sei que ele se frustra, porque eu preciso estudar muito e ler muitos livros da faculdade, então quando paro, tomo banho e deito ao lado dele para nos beijarmos ou simplesmente passarmos um tempo juntos, já é tarde. E, então, quando estamos no bem bom, com a boca quase inchada de tanto beijar e com calor por todo o corpo, eu travo e dou como desculpa que preciso dormir para acordar bem no dia seguinte.

Mas dormir é a última coisa que faço quando saio da cama dele e vou para a minha, porque fico atordoado com a aflição que me causa pensar em ficar sem roupa com Jungkook ou qualquer outra coisa posterior a essa. E eu tenho vergonha de contar isso a Jungkook, vergonha porque para ele tudo parece simplesmente natural e ele segue o ritmo dos seus instintos e desejos, só que... poxa, eu não consigo. Ontem à noite mesmo, estava quase deitado sobre ele, estava gostando e estava tranquilo, mas aí sua mão veio parar sob minha blusa e eu congelei.

Simples assim: travei. E quase o mordi no processo, ainda por cima. Sei bem que era simples de se resolver, eu apenas precisava dizer a ele que não me sentia pronto ou que queria ir com calma, certamente ele entenderia e respeitaria isso, visto que sempre prioriza meu bem estar e conforto, mas... por que eu não consigo?

A Culpa é de Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora