Know your limits

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[GATILHO LEVE: ANSIEDADE E PÂNICO]


Duas semanas depois...


Meredith

Sentia falta do hospital, não estou dizendo que é horrível estar com a Addison, mas minha rotina estava quase 100% em casa. Todos os momentos, pensei em sair, mas Addison ficava extremamente nervosa e sempre desistia. Não entendo o nervosismo dela, mas que ela está me escondendo algo, é real.

Nessas duas semanas, fizemos muitas coisas juntas. Addison sempre se mostra muito carinhosa e companheira. Assistimos juntas, jogamos algumas coisas, percebi que ela era muito boa em qualquer jogo de tabuleiro. Me ensinou algumas coisas que aprenderia só quando fosse residente, os privilégios de estar com alguém do staff ou alguém acima do seu cargo/especialidade.

Agora, estávamos decidindo qual cor seria as paredes do quarto, Addie decidiu que escolheríamos juntas... Isso me apavora um pouco. Estar em um relacionamento me apavorava, porque Addison era uma mulher incrível, eu era apenas uma mulher. Sim, me sentia insuficiente. Trouxe problemas para vida dela, sei que a qualquer momento, ela irá me abandonar ou vou fugir antes.

O problema é esse: estou com medo de firmar algo com Addison e perceber que não somos tão boas juntas ou que eu não sou boa para ela.

Durante esses dias, ela teve muitos pesadelos a noite, estava mais calada, porém, ainda socializava bastante. O medo de sair. Os pesadelos sempre envolviam o Derek. Sempre ele estava lá, a machucando. Isso me machucava porque não posso fazer nada para ajudar. Ela voltava da terapia bem, no outro dia piorava o estado. A culpa não era da terapia certamente, mas os traumas... Dormir era um sacrifício. Estava realmente preocupada, me machucava ver o meu amor tão ao extremo, por causa, dos eventos que aconteceram.

– Essa? – Addison colocava a paleta de cores sobre a parede, enquanto eu estava sentada na cama, a tentando ajudar.

– Verde? Sério? - Indaguei. Ela me olhou de canto.

– Que cor você acha interessante? – Tirou a paleta da parede e colocou um rose. – Esse? – Me olhava esperando minha resposta.

– Sério, rose? – Fiz careta de desprezo

– Qual problema com o rose? – Addison perguntou com olhar sério.

– Seu quarto vai parecer de uma criança... – Minha voz saiu infantil.

Me olhou torto e com os olhos semicerrados.

– Esse? – Mostrou um azul.

– Que azul é esse? – Indaguei curiosa, pois não me lembrava do nome daquele azul.

Addison pegou a paleta para ler o nome.

– Azul naval – Disse colocando novamente a paleta encostada na parede.

– Gostei.

– Não é muito escuro para o quarto? – Olhou para a parede com azul, claridade que a janela trazia.

– Julgo que não, o quarto vai ficar com charme e bem sofisticado, igual a dona. Mas, o quarto é seu. – Joguei todo o charme que pude, Addison revirou os olhos.

– E esse? – Outro tom de azul que eu não fazia ideia que existia.

– É o mesmo azul? – Deixei uma risada escapar, ela me deu olhar mortal. – Desculpa... – Fiz biquinho.

Seu amor estará seguro comigo | MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora