pumpkin soup

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"Merda!" Harry fala assim que finaliza a ligação.

"O que eles disseram?" Eu pergunto tirando minha atenção do livro que eu estava lendo.

"Os voos já estão lotados novamente! Eles falaram para eu ir amanhã de nova horas no aeroporto ver se eu consigo um local vago. Inacreditável." Ele se senta na ponta da cama e eu suspiro.

"Ficar com raiva não vai mudar absolutamente nada, Harry. Amanhã você vai lá e resolve isso, vai dar tudo certo." Eu me desencosto da cama e me aproximo dele, colocando minhas mãos em suas costas. Os seus músculos estão contraídos com a tensão da ligação telefônica, mas eu os sinto ficarem mais suaves embaixo do meu toque.

"Até quando você vai ficar aqui?" Harry pergunta se virando para mim.

"A minha estadia no hotel acaba em dois dias, depois disso só eu e meu carro."

"Venha para Kamloops comigo, Emma." Harry diz colocando sua mão boa na minha bochecha e eu sorrio. "Você não vai precisar se preocupar com nada, minha mãe e minha irmã ainda tem esperanças de te ver e... e eu queria ficar com você enquanto não voltamos para a vida real. Eu quero aproveitar enquanto eu posso te ter vinte quatro horas do dia." Sua voz é suave enquanto seus dedos fazem carinho na minha bochecha.

"Eu posso pensar? Eu prometo que eu te dou uma resposta." Eu falo e ele concorda com a cabeça, se inclinando para me beijar rapidamente.

"Eu te amo." Ele diz e eu coloco minhas mãos em suas bochechas, dando um selinho rápido nele.

Talvez eu devesse ir para Kamloops com ele mas eu tenho medo de ver Gemma e Anne depois de tudo que aconteceu. Eu sei que Harry me disse que esse não é o caso, mas já faz tanto tempo...

"O que você quer fazer hoje?" Harry pergunta se levantando da cama.

"Eu queria visitar o aquário hoje é algum parque dentro da cidade." Eu falo me deitando de novo na cama. "Mas eu ainda queria descansar um pouco mais, acho que eu comi demais no café da manhã e isso me deu sono."

Harry tira seu tênis e o sobretudo que estava usando, se deitando do meu lado em seguida. O material que envolve sua mão machucada é gelado contra minha pele, mas eu não me importo.

"Eu entendo se caso você queira falar sobre isso... mas você o amou?"

Ainda bem que as cortinas estão fechadas fazendo com que a iluminação no quarto não esteja tão boa, mas eu sei que ele notou a minha surpresa com a sua pergunta.

Eu não achei que ele iria perguntar sobre isso nem tão cedo.

"Está tudo bem se você o amou, eu só quero que você seja sincera comigo." Ele diz e eu olho nos seus olhos. Meu rosto está bem próximo do dele e eu sinto a ponta gelada do seu nariz contra o meu.

"Eu não sei. E-eu não sabia se eu conseguiria sentir mais isso por alguém." Eu falo fechando meus olhos imediatamente enquanto o nó na minha garganta fica cada vez maior. "V-você... você sentiu isso por alguém durante esse tempo?"

"Nunca como eu te amei e amo agora." Ele diz e eu não sei o que sentir. Eu não sei se eu fico frustrada em saber que ele conseguiu amar alguém durante esse tempo ou feliz por ele me considerar tanto. Eu não posso ser egoista, é óbvio que ele se apaixonou por alguém. Foram quatro anos. Se eu não estivesse demorado tanto tempo para me recuperar talvez eu também tivesse amado Thomas, então eu não posso o julgar por isso. "Quando eu te digo que você é a mulher da minha vida eu não estou mentindo. Eu te amo, Emma." Ele diz e eu me aproximo dele, apoiando meu rosto em sua nuca enquanto ele entrelaça nossas pernas.

Champagne Problems | Book 2 | H.S. {PT BR}Onde histórias criam vida. Descubra agora