glad to be back

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"Dra. Miller! Bom te ver de volta!" Eu encontro Dr. Dane no meu caminho para a área de emergência e sorrio.

"Obrigada, é bom estar de volta." Eu falo e ouço meu pager tocar. "Falando em estar de volta... O dever me chama." Me despeço dele e vou até a porta de emergência.

"Bom dia doutora, fratura do fêmur e possível sangramento interno. Paciente por volta dos oitenta anos, acidente doméstico, já administramos remédios para dor e colocamos uma intravenosa."

"Obrigada, eu consigo administrar o caso daqui." Eu falo para a paramédica que trouxe o paciente e a equipe o encaminha para uma das salas de emergência.

A cirurgia foi longa porque eu tomei um cuidado extra pela idade avançada do paciente, mas não foi muito complexa.

Depois da cirurgia, eu atendi alguns casos mínimos de cortes na epiderme para fazer sutura, verifiquei alguns outros pacientes, preenchi fichas sobre todo meu trabalho até agora e finalmente estou indo para o refeitório comer dos muffins de blueberry que Tom me falou sobre.

Logo que eu entro no refeitório eu vejo Luke na mesa mais próxima da entrada falando de ligação com alguém, então ele não me viu ainda.

Eu decido pegar uma bandeja e procurar pelos muffins, o achando no final da parte doce. Pego uma tortilla, guacamole, ervilha, milho, soja e hash browns junto com anéis de cebola empanados para acompanhar.

É um prato maior do que eu costumo comer porém minha fome está maior que o normal.

Me senti na frente de Luke que levanta o seu olhar, sorrindo quando me vê.

"Hoje tem hash browns? Quando eu comi eu não vi nenhuma!"

"Pode roubar algumas do meu prato se você quiser." Eu digo e ele pega uma na mesma hora.

"Segunda feira muito movimentada na ala pediátrica?"

"Não, ainda bem. Eu fiquei a maior parte do tempo na minha sala fazendo relatório... O que é um saco, eu sei. Porém eu estava precisando de um dia menos movimentado. E você?"

"Ainda bem. O dia também foi pouco movimentado para mim em relação a grandes emergências mas eu sinceramente esperava mais. Segunda geralmente é um dia de semana movimentado para mim."

"Falando em dias movimentados, quando você vai estar livre? Faz tempo que eu, você e Michelle não saímos juntos."

"Claro! Próximo final de semana vocês trabalham?" Eu pergunto enquanto como a minha tortilla.

"Eu preciso confirmar com ela, mas acho que domingo ambos estamos livres." Ele diz e eu concordo com a cabeça.

"Ótimo! Me manda uma mensagem depois com os horários que vocês tem livre e a gente marca! Eu só tenho plantão pela noite no domingo."

"Você vai emendar o da noite com segunda?"

"Sim. Vou fazer vinte e quatro horas."

"Deus que me livre. Esses plantões longos me lembram a residência que eu dormia menos de trinta horas na semana. Não sei como eu não virei um zumbi no nosso terceiro ano." Ele diz e eu como o resto das cebolas empanadas.

"Talvez se você tivesse virado um esses plantões fossem mais fáceis. Acredite, eu tenho experiência." Eu rio e ele rouba mais uma rash brown do meu prato.

Sinto o bolso do meu jaleco vibrar e eu pego o meu pager.

"Eu preciso ir. Pode comer o resto." Eu digo pegando o muffin para comer enquanto eu ando até a ala de emergência.

"Dra. Miller!" Eu vejo Stone, uma das residentes, correndo em minha direção e eu franzo a sobrancelha.

"Stone, sem correr nos corredores." Eu digo e ouço meu pager apitar múltiplas vezes.

"O-O meu pager parou de funcionar e... Dr. Hiddleston está precisando da sua ajuda..." Ela diz ofegante enquanto eu a acompanho até a sala.

"Relatório do paciente, Stone. Respire fundo, não quero você hiperventilando assim." Eu falo e ela concorda com a cabeça.

"Metástase nos rins. Estávamos fazendo a remoção do tumor mas o paciente está tendo falha generalizada."

Assim que chegamos na sala eu faço a preparação de descontaminação rapidamente, tendo a ajuda de um dos enfermeiros para poder colocar todo o equipamento.

"Dr. Hiddleston, eu consegui achá-la." Stone fala e eu ando para o lado oposto de Tom.

"Fale comigo, Dr. Hiddleston, onde eu devo trabalhar?" Eu olho para o mesmo que está com suas duas mãos trabalhando nos rins do paciente.

"Colapso cardiorrespiratório. A pressão no o pneumotórax não para de aumentar." Ele diz e eu começo a raciocinar.

"Embolia gasosa. Vou fazer uma toracotomia." Eu falo estendendo minha mão para o assistente que me dá o bisturi. "Stone, levante o braço dele, vou fazer a incisão pela axila."

"A máquina precisa para de fazer a circulação extracorpórea." Stone fala para Tom e eu concordo. Não era suposto uma embolia gasosa acontecer numa cirurgia de remoção de tumores. O ar na corrente sanguínea está vindo da máquina de circulação extracorporea.

"Enquanto eu fechar a incisão a máquina continua funcionando!" Ele diz e eu nego com a cabeça.

"A pressão não está aliviando rápido o suficiente."

"Me dê cinco minutos!"

"Ele não tem cinco minutos e eu não posso o colocar na posição Trendelemburg até você acabar." Eu falo e ele continua focado na incisão, sem olhar para mim.

Pense Emma. O que faria ele ganhar mais tempo? Ele já está recomendando oxigênio a 100%, o que mais eu poderia fazer? Eu não posso o colocar em uma oxigenoterapia hiperbárica.

"Desliguem os aparelhos." Eu ouço Tom falar antes que eu possa pensar em outras alternativas e eu suspiro. Ele foi mais rápido do que eu imaginei.

A pressão no tórax do paciente começa a estabilizar rapidamente enquanto Tom fecha sua incisão. Logo depois eu o coloco no decúbito lateral esquerdo e ele fica completamente estável. Depois de ter certeza que o monitor não vai mostrar qualquer desestabilização, Tom agradece a equipe e vai até a sala de esterilização para retirar tudo da cirurgia.

"Essa foi a pior maneira possível de eu ter te encontrado depois de todo esse tempo." Tom fala enquanto eu descarto meu material.

"Você não está errado." Eu rio, tentando descontrair os músculos dos meus ombros.

"Como você está?" Ele pergunta terminando de lavar suas mãos.

"Um pouco tensa, mas feliz por estar de voltas. Tudo culpa sua." Eu falo e ele ri, esperando que eu termine de lavar minhas mãos.

"Eu achei que você ia gritar comigo por não desligar as máquinas."

"Óbvio que não. Seria idiota da minha parte confrontar as ordens de alguém que tem mais de dez anos de experiência." Eu falo e ambos saímos da sala de preparação.

Antes que a gente possa conversar mais, eu ouço meu pager tocar.

"Fico feliz em ter te visto hoje. Espero que seu plantão não seja tão corrido." Ele diz, já entendendo que eu tenho que ir.

"Eu falo com você depois." Eu digo e me separo dele.

Eu achava que a primeira vez que a gente se visse de novo fosse ser estranha e constrangedora, mas eu fico feliz por estar errada.

Talvez eu possa ser amiga de Tom sem sentir que há algo estranho entre nós pelo que aconteceu. Eu só espero não estar cometendo um erro me aproximando dele novamente.

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Eu estou oficialmente de férias por duas semanas! Alguns imprevistos aconteceram e eu vou ter que fazer algumas coisas durante essas duas semanas porém eu vou postar mais frequentemente!

Amo vocês!

Champagne Problems | Book 2 | H.S. {PT BR}Onde histórias criam vida. Descubra agora