responsibilities

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"Você ainda tem meu número antigo salvo no seu celular, não é? Phil trouxe o meu celular antigo para eu poder me comunicar."

"Tenho. Amanhã assim que eu puder eu mando uma mensagem para você, ok?" Eu falo e ele concorda com a cabeça.

Eu deixo Helene se despedir de forma relutante de Tom, que limpa alguma de suas lágrimas.

Eu me sinto mal em saber que Tom vai ter que passar suas noites sozinhos aqui no hospital. Deve ser muito solitário, mas eu não posso simplesmente deixar Helene na minha casa e vir aqui fazer companhia a ele.

"Melhoras, Tom. Eu te vejo amanhã." Eu me despeço dele e vejo Helene estender sua mão para mim.

Eu hesito um pouco antes de perceber que eu preciso segurar sua mão para a guiar e fazer com que ela fique do meu lado o tempo todo.

Depois de pegar todas as coisas dela com uma mão só, nós saímos do quarto de Tom até a sala de espera onde Harry está.

Eu me sinto mal por ter o deixado sozinho na sala de espera por uma hora e meia. O pior de tudo é que eu concordei em tomar conta de uma criança sem ter falado nada para ele antes.

Eu sei que não moramos juntos e que ele não precisa tomar conta dela, mas mesmo assim eu gostaria de ter conversado sobre isso com ele antes.

Mas agora não tem mais volta. Eu prometi cuidar dela.

Assim que eu entro na sala de espera, eu vejo Harry cochilando em um sofá e sorrio ao perceber o quão adorável ele está.

Ainda segurando a mão de Helene, eu penduro as duas bolsas nos meus ombros e uso minha mão livre para poder acariciar a bochecha de Harry, descendo meu toque até seu ombro para poder o acordar.

"Harry, acorda." Eu falo e vejo ele se espreguiçar levemente, abrindo seus olhos em seguida.

"Hey baby..." Ele começa a falar mas para ao ver Helene segurando minha mão.

"Harry, essa é Helene." Eu digo e ele tenta não parecer tão confuso para cumprimentá-la. "Helene, esse é Harry, o meu namorado." Eu digo e ele sorri para ela, fazendo com que a mesma sorria de volta timidamente.

"Mais tarde?" Ele pergunta para mim, inferindo uma conversa sobre tudo que está acontecendo e eu concordo com a cabeça. "Oi, Helene. Por acaso esse seria o Linguado?" Ele pergunta e o rosto dela ilumina no mesmo momento.

"Você já assistiu a pequena sereia?" Ela pergunta para ele enquanto andamos até o carro.

Qual o problema das crianças com a Ariel? Parece que toda criança que eu conheço é completamente obcecada na Ariel ou na Cinderella.

"Claro! Eu amo a Ariel." Harry diz e desbloqueia a porta do carro. "Deixa que eu coloco essas coisas no carro para você." Ele diz pegando todas as coisas que eu estou carregando, deixando um beijo na minha bochecha no processo.

"Você quer colocar o seu cinto de segurança sozinha ou você precisa da minha ajuda?"

"O papai não deixa eu colocar o meu cinto sozinha." Ela diz e eu concordo com a cabeça, pegando o cinto para colocar nela.

Depois que eu e Harry entramos no banco da frente, ele decide colocar algumas músicas da trilha sonora de Ariel para fazer com que Helene se sinta mais confortável.

Eu sinceramente não consigo imaginar o que deve se passar na cabeça dela nesse momento. Eu e Harry somos literalmente dois estranhos que o pai dela falou para ela obedecer.

Assim que chegamos em casa, Darya decide dar boas vindas a Helene que se esconde atrás de mim. Eu fico um pouco surpresa com o comportamento de Darya já que ela nunca teve contato direto com crianças e mesmo assim ela está respondendo positivamente a Helene.

Champagne Problems | Book 2 | H.S. {PT BR}Onde histórias criam vida. Descubra agora