𝟏.𝟏 - 𝐔𝐦𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐚𝐢𝐝𝐚

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Boa Leitura! 🌻

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— Ai, que susto, Yunho! — Hongjoong exclamou, colocando uma das mãos sobre o peito assim que ergueu o olhar e viu a figura do Jeong parada na porta, o encarando.

— Perdão, Joongie hyung, não foi a intenção — se desculpou, adentrando o local.

Já passava das duas da manhã e Hong ainda se encontrava no estúdio, produzindo o que futuramente seria um novo álbum. 

— O que ainda faz acordado? Já passou da hora de dormir! — disse o Kim, voltando a atenção para o notebook, dessa vez retirando o fone de ouvido. Só precisava salvar o arquivo e pronto, poderia ir dormir tranquilo.

— Está dizendo isso para mim ou para você mesmo? — Yunho falou, parando atrás de Hong e observando a tela do aparelho. 

— Para você, é óbvio — murmurou o mais velho, sentindo as mãos grandes do outro pousarem sobre seus ombros, dando um aperto ali.

— Você deveria descansar, hyung. Está andando tão tenso ultimamente... — Jeong aconselhou, iniciando uma massagem calma e precisa. Era possível sentir, após alguns minutos, os músculos do Kim relaxando com o toque repentino.

— Obrigado! — Hong agradeceu, enquanto o mais alto se afastava para puxar uma cadeira.

— Sabe que não precisa agradecer, Joongie! — falou o loiro manhoso, se sentando e logo guiando uma das mãos até a nuca do menor, acariciando o local. Hongjoong conhecia muito bem Yunho para saber o que ele queria, também não era como se quisesse esconder suas intenções. As coisas entre eles eram transparentes até demais. Bastava um olhar do mais alto para o Kim entender exatamente tudo. E, bom, naquele momento, Jeong Yunho queria atenção, mas uma atenção diferente, essa que Hongjoong dissera que não iria mais dar e nem receber.

— Yunho! — o azulado murmurou em tom de repreensão.

— Tô sentindo sua falta, hyung — disse o outro, aproximando o rosto do pescoço de Hong, esfregando o nariz ali. — Não sei porque decidiu se afastar  — reclamou, com uma falsa voz chorosa.

— Você sabe que era perigoso, os staffs estavam de olho na gente — Hongjoong disse, suspirando pesado ao sentir o maior distribuir pequenos selares ainda naquela área. — Qualquer pisar em falso, poderia nos trazer grandes consequências, não só para nós como para o grupo inteiro. — Tentou soar firme, mas, aquela tática não funcionava mais com o Jeong. 

Yunho sabia que Hongjoong sentia tanta falta quanto ele. O Kim conseguia disfarçar muito bem para os outros, no entanto, para o loiro era quase impossível. Com o passar dos anos, o hábito de ler qualquer sinal, gesto ou olhar se tornou um ato comum, fácil demais. E por mais que Hongjoong negasse veementemente, não passariam de palavras rasas e falsas, pois seu corpo dava sinais completamente contraditórios e estes sim, eram verdadeiros.

— Não tem ninguém aqui agora, Hongie, por que ainda está lutando contra a sua vontade? — Jeong disse, se levantando e ficando de frente para o outro, deixando suas mãos dispostas sobre as coxas do menor, dando pequenos apertos ali. — Esses meses foram tão difíceis, hyung... Minha mão não me satisfaz mais, eu preciso de você, do seu corpo, do seu calor... — Yunho voltou a dar atenção ao pescoço do Kim, hora ou outra subindo ao lóbulo da orelha, onde lambia e mordiscava, tomando cuidado o suficiente para não marcá-lo. — É tão complicado ficar para lá e para cá. Tudo lembra a gente, os nossos momentos, hyung. — O loiro se aproximou dos lábios do outro como se fossem iniciar um beijo, porém apenas os encostou nele, logo se direcionando às bochechas e esfregando o rosto ali, como um gatinho manhoso.

𝐑𝐞𝐜𝐚𝐢𝐝𝐚 • 𝑌𝑢𝑛𝐽𝑜𝑜𝑛𝑔Onde histórias criam vida. Descubra agora