Capítulo 28

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Hanna Clark

Eu juro por Deus que eu vou me matar. Eu fui tomar um banho enquanto Thomas cozinhava e eu esqueci a minha ROUPA. Então agora eu estou amarrando a minha toalha no meu corpo para ir até meu quarto.

Eu finalmente consigo amarrar a minha toalha na cintura, eu abro a porta e começo a andar até meu quarto. Eu entro no meu quarto e tranco a porta.

Ando até o meu guarda roupa para pegar a minha roupa. Eu não quero vestir roupa normal então eu visto um pijama.
Visto por baixo uma langerie totalmente branca, visto um short azul marinho escuro do meu pijama com uma blusa regata vermelha, calço minhas pantufas.

Meu cabelo fica solto como sempre, ando até a porta e começo a destranca-lá. Eu abro a porta e minha boca fica cheia de água. 

O cheiro que está saindo da cozinha invade meu apartamento por inteiro. Eu não faço ideia do que Thomas está cozinhando mas eu preciso de comer isso agora.

Eu começo a andar até a cozinha, o cheiro vai ficando cada vez melhor. Eu vejo Thomas mexendo algo vermelho em uma frigideira com uma colher de pau. Ele está com uma calça de moletom cinza e sem blusa.

Eu ando até ele no objetivo de ver o que ele está cozinhando, meus passos são abafados pela pantufa mas Thomas mesmo assim olha para mim andando até a sua direção. Ele olha para mim e sorri.

Eu olho dentro da panela e vejo pequenas bolinhas de massa dentro de um molho de tomate extremamente vermelho. Eu não lembro de ter comprado molho de tomate pronto, eu olho para a pia e vejo o liquidificador sujo com o mesmo molho, ele fez um molho caseiro com Inhoque.

- Como eu posso ajudar?.-eu digo fazendo ele olhar para mim.- Eu estou me sentindo uma inútil.
- Você pode me ajudar abrindo o vinho que eu trouxe e pondo em duas taças.-ele diz e eu tenho certeza que meus olhos brilharam
- Você trouxe vinho?-eu digo sem segurar meu sorriso
- Sim, eu sei que você gosta.
- Você acabou de ficar cem vezes mais atraente.-eu digo e ele ri

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Eu estou tendo mini orgasmos de tão boa que essa comida está. Eu nunca fui tão fã de Inhoque mas eu juro por Deus que se fosse possível eu faria Thomas cozinhar isso para mim todos os dias.

A junção do molho de tomate caseiro junto com a massa de batata do Inhoque explode na minha boca. O inhoque está no ponto certo e com os temperos certos, eu juro que estou parecendo uma criança que ganhou o brinquedo que tanto queria.

- Você gostou?-ele diz tomando vinho
- Eu amei, eu juro que eu vou te obrigar a fazer isso para mim sempre que possível.-eu digo e ele ri
- É uma receita de família, passada por gerações e todos esses blá blá blás.-ele diz e eu fico curiosa
- Me conta a história da receita.-eu digo e ele levanta a sombrancelha.- Toda receita de família tem uma história.
- A história é que meus avós nasceram na Italia, e meu pai creceu lá. Minha avó sempre fazia essa receita quando era aniversário do meu pai ou quando eu ainda morava la e ia visitar ela. Ela ensinou a receita para o meu pai quando a gente se mudou, e assim foi se passando a diante.-ele diz me olhando tomar um pouco do vinho
- Você sabe falar Italiano?
- Eu lembro de algumas palavras.
- Fala por favor. Eu preciso de ouvir.
- Tipo o que?
- Eu não sei, so fala.
- stai bene in rosso.
- Eu não faço a minima ideia do que você acabou de falar, mas isso foi muito atraente.-eu falo o fazendo rir
- Eu disse que você fica bem de vermelho.-ele diz e eu tomo vinho com um sorriso no rosto

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Eu já lavei as louças e eu e Thomas estamos deitados na sacada do meu apartamento vendo as estrelas. Eu estou deitada em uma almofada ao seu lado, nós dois estamos cheios e com muito vinho no corpo. Na verdade so eu estou com muito vinho no corpo, eu tive que me matar para convencer Thomas a tomar meia taça.

Eu amo ver as estrelas, é uma coisa que eu fazia com a minha mãe. Quando eu olho as estrelas eu me sinto mais perto dela, eu sinto muito falta dela.

Eu escuto a cabeça de Thomas se virando na almofada e eu sinto o seu olhar em mim. Eu faço o mesmo e me viro para olhar os seus olhos azuis oceânicos.

A mão dele vai até meu rosto e eu sinto ele fazendo carinho em mim com o polegar, meus olhos fecham e eu não evito sorrir.

- Porra eu sou muito sortudo.- ele diz e eu abro os olhos novamente
- Por que você está dizendo isso?
- Você é perfeita.
- Você é sortudo por eu ser "perfeita"?- faço aspas com os dedos
- Eu sou sortudo para um caralho por que esse mundo tem milhões de anos e eu tenho a sorte de estar vivo na mesma época que você.-ele diz e minha garganta se fecha.

Eu não penso duas vezes em beijá-lo. Eu não sei se é o vinho na minha cabeça mas eu tenho certeza absoluta que eu acabei de me apaixonar mais.

Eu quero mais do que so poder beijar ele, eu quero me entregar por inteiro para ele. Eu quero namorar com ele, eu quero muito.

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