Capítulo 47

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Hanna Clark

Thomas ainda está na minha casa. Eu não estou reclamando, de forma alguma.

Acho muito fofo o fato de Thomas ficar aqui por que ele sabe que eu preciso de  companhia.

Todos os acontecimentos da última hora ainda estão se passando pela minha cabeça, Madisson é uma filha da puta. Sem ofensas.

- Gata, a gente vai ver ultimato?
- Não.
- Por que?– ele diz fazendo uma boca triste
- Eu sempre choro.
- Com ultimato?
- O homem de ferro morre Miller...
- Todos nós vamos morrer algum dia Clark...
- Eu não quero ver.
- O que você quer ver?
- Orgulho e Preconceito.– eu digo e ele bufa – Eu faço pipoca.
- Eu vejo pela pipoca.– Thomas diz sorrindo
- Você vai ver por que você me ama e é um ótimo namorado.
- Também, mas a pipoca é o motivo principal.

Dou um tapa no peito dele e me levanto. Ando descalço até a cozinha, o frio do chão no meu pé me arrepia.

Pego o milho e a manteiga, pipoca com manteiga é tão superior com a de óleo. Abro as gavetas e tiro a pipoqueira, ponho uma colher de manteiga e derramo os milhos.

Começo a mexer os milhos com uma colher de pau. Quando o primeiro milho estoura eu tampo a pipoqueira.

Todos os milhos estouram e viram pipoca, pego um pote e derramo toda o conteúdo de dentro da pipoqueira.

Ando até o quarto com o balde de pipoca em minhas mãos. Entro no quarto e me deparo com a cena de Thomas de deitado na minha cama.

Nas suas mãos tem o meu caderno, eu não sei como ele achou mas a cena que estou vendo é muito fofa.

Miller passa cada folha do meu caderno com delicadeza, ele vê cada desenho. Ando até onde Thomas está e deito ao seu lado.

- Você que desenhou isso??
- Sim.
- Isso é ótimo Hanna.
- Você gostou?– pergunto curiosa
- Muito.
- Eu desenhei por que estava no tédio, amo desenhar roupas.– digo pondo uma pipoca na boca
- Você deveria mandar isso para uma marca.
- Claro, e aí eles iam fazer uma coleção para mim.– digo rindo
- Eu to falando sério gata. Isso daqui é muito bom.
- É meu sonho Thomas, mas as vezes nós temos que saber que algumas coisas são impossíveis.
- Nada é impossível.
- Alguma marca querer esses desenhos, isso é impossível.

Ponho mais uma pipoca na boca enquanto olho Thomas fechar o caderno e me olhar com um cara muito brava.

- Você ta louca Hanna?
- Não.
- Você deveria acreditar em você.
- Eu acredito em mim Thomas.
- Não, você não acredita.
- Acredito, eu só acho difícil alguma marca acreditar em mim.
- Nós vamos ver se eles vão acreditar em você.
- Eles quem?
- A Zara.– ele diz e eu rio
- Claro Thomas, daqui a cinco minutos eu vou receber uma ligação da Zara para me chamar para trabalhar lá.
- Clark, eu estou falando serio.– ele diz e eu rio denovo.
– Claro Miller.

- A gerente de lá me devia um favor, tirei foto dos seus desenhos e mandei para ela.

Eu começo a rir muito, muito mesmo. Olho para Thomas e vejo que não tem nem um sorriso no rosto dele.

- Calma, você tá falando serio?– digo recuperando o fôlego
- Sim Hanna.
- Serio mesmo?
- Não.- ele diz e eu dou um tapa nele
- Não é legal brincar com o sonhos dos outros.
- Eu não estou brincando, eu tenho o número da gerente da Zara e ela me deve um favor.– Thomas diz calmamente – Não queria ser invasivo demais então eu não mandei nada para ela.
- Meu coração está batendo muito rápido.
- Se você quiser eu mando.
- Você faria isso por mim?
- Eu faria de tudo por você.

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O celular de Thomas está na minha frente. Eu tenho a opção de apertar enviar e todas os meus desenhos serão enviados para a gerente da Zara.

Meu coração está batendo muito mais rápido que o normal e minha garganta está seca.

Se ela gostar dos meu desenhos eu posso ganhar várias oportunidades, se ela não gostar eu vou ganhar um tapa na cara.

É um oito ou oitenta. Dou uma última respirada funda e aperto o botão de enviar.

Sinto um peso saindo das minhas costas, um nervosismo chega para ocupar o lugar dele.

- Eu estou com medo.
- Medo de que?
- Dela não gostar dos meus desenhos.
- Ela vai gostar Hanna.
- E se não gostar?
- Se ela não gostar, o problema vai ser dela.
- Eu te amo.– digo e ele da um beijo na minha nuca
- Eu te amo também Hanna.
- Como você a conheceu?
- Ela era minha vizinha.
- Você conviveu com um talento enorme desse.
- E agora eu convivo com um maior que o dela.– ele diz me dando vários beijinhos

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