Capítulo 33

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 Thomas Miller

Hanna me fez prometer que eu não iria comprar nada para ela de aniversário mas minha mãe sempre me disse que eu sou teimoso igual a Catherine, minha irmã.

Eu sou mais velho que Catherine então eu não acho que essa comparação seja muito justa. Eu nunca comprei um presente para uma mulher, nunca. Todos os presentes que minha mãe ganhou de mim foram comprados pelo meu pai.

Então resumindo a minha situação: Eu estou totalmente perdido.

Eu estou procurando presentes para ela na internet desde que eu soube sobre o seu aniversário, meu coração definitivamente parou aquele dia quando ela tirou o meu celular da minha mão.

Eu pensei em comprar roupas mas eu não faço ideia do tamanho que ela veste, eu pensei em sapatos mas também não faço ideia do tamanho.

Falta dois dias para o aniversário dela e eu ainda tenho que comprar a porra do presente, e pensar ainda em uma forma dela receber sem saber que fui eu.

Ótimo Thomas, você está fudido. Completamente fudido, por inteiro.

Eu levanto da minha cama e começo a descer as escadas. Eu ando até a sala, cozinha, a academia da minha casa. Onde caralhos meu telefone está?

Eu procuro por embaixo do sofá, embaixo das almofadas, e não acho a merda do telefone.

Eu subo as escadas para o meu quarto novamente, e olho pela cama. Eu não estou achando, eu entro no banheiro e vejo o celular encima da pia.

Eu pego ele e começo a ligar para a única pessoa que eu sei que vai me ajudar agora.

Eu disco o número e espero começar a tocar, no primeiro toque ela atende, foi bem mais rápido que eu esperava.

- Eu estou ocupada Thomas.-ela diz
- Eu preciso da sua ajuda.
- Seja rápido.-ela diz e eu dou um sorriso
- Eu preciso de comprar um presente.
- Para quem?
- Para uma garota.-eu digo e me arrependo quase que instantâneamente.
- Sua namorada?
- Algo assim Catherine, vai me ajudar ou não?
- Claro que eu vou, irmãozinho.-eu odeio esse apelido
- O que eu deveria comprar?
- Algo que ela sempre usa.
- Ela sempre está com alguma bolsa.
- Compra uma bolsa então, vai até o shopping e gaste todo o limite do seu cartão em uma bolsa linda.
- Meu cartão não tem limite.-eu digo e ela bufa antes de desligar a ligação.

Catherine odeia o fato do meu cartão não ter limite e o dela ter. Mas eu uso meu dinheiro e ela o dos meus pais, então faz sentido.

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Eu já olhei a gucci, prada, e outras vinte lojas famosas. Nenhuma das mais de mil bolsas que eu vi me lembra Hanna.

Eu quero comprar algo que ela vai usar porque gostou não algo que ela vai usar para não me fazer sentir mal.

Eu começo a andar em direção a minha penúltima opção a loja da Saint Laurent  que fica nesse andar. Minha penúltima opção por que eu ainda tenho a loja da Louis Vuitton no último andar de todo o shopping.

Eu começo a andar em direção a loja da Saint Laurent, eu dou uma olhada na vitrine e já me viro. Saint Laurent não faz o estilo de Hanna, Louis Vuitton é literalmente a minha única opção.

Eu começo subo as escadas rolantes, e começo a procurar a Louis Vuitton. Eu sei que a loja fica por aqui por que eu lembro de ter visto ela por aqui, eu nunca comprei nada lá. Louis Vuitton não é a minha praia, eu prefiro a Gucci.

Eu finalmente acho a loja, eu entro dentro dela e uma mulher vem me atender.

Eu tento explicar para ela o que eu quero e ela começa a me mostrar os modelos. Nenhuma das grandes me chama atenção então eu peço para ver as pequenas.

Ela me mostra carteiras, pochetes mas eu acho finalmente vejo uma que eu vejo Hanna usando, não pela cor e sim pelo modelo.

- Eu gostei dessa.-eu falei apontando para uma bolsa
- É uma linda bolsa. Ela é pequena mas cabe muitas coisas.-ela diz a pegando na mão para me mostrar
- Qual é o modelo?
- Pochette Félicie
- Tem de outras cores?
- Sim, mas aqui na loja nós so vamos ter a azul que é essa, a vermelha, e a marrom normal.
- Eu posso ver a vermelha e a marrom?
- Claro, só um minuto.

Ela vai até atrás do balcão e volta com as duas bolsas. Eu pego as duas na mão, as duas são lindas mas eu não menti quando disse que Hanna fica linda de vermelho.

- Eu vou levar a vermelha.-eu digo e a atendente da um sorriso
- Você não vai se arrepender, me acompanha até o balcão.-ela diz e eu a sigo até o balcão.

Ela põe a bolsa em uma caixa laranja da marca deles, e passa por cima um laço preto. Ela me pede o cartão e eu entrego para ela.

- É para sua namorada?-ela me diz enquanto me entrega a maquininha para por a senha
- Algo assim.-eu digo quando acabo de por a senha
- Ela é muito sortuda.-ela diz e eu rio
- Acredita em mim, eu que sou o sortudo da relação.-eu digo pegando o meu cartão de volta junto com o presente de Hanna

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