ಌ Capítulo 5 ಌ

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• 19 de Agosto de 2019 •


Quinze minutos antes do combinado e aqui estou eu caminhando em direção a praça onde marcamos de nos encontrar, esperei cada dia desse último ano por esse momento. Estou tão empolgada e ao mesmo tempo um frio invade meu corpo, hoje é diferente.

Desde o primeiro momento senti que havia uma conexão entre nós mas não sabia que iria tão fundo. Somos amigos ou vai além? Não faço ideia de como agir e a cada minuto mais perto do horário marcado uma tensão toma conta de mim. Me sento em um banco enquanto espero e vejo o quão linda essa noite está, o verão nunca me decepciona.

O vento gelado bagunça meus cabelos e arrepia todo o meu corpo, devia ter escutado quando minha tia mandou eu pegar um agasalho. O lugar está calmo por ser uma segunda-feira, vejo algumas crianças brincando no balanço, pessoas fazendo caminhadas e outras apenas aproveitando a noite.

Olho para o céu estrelado e relembro nossa última noite, o beijo e a forma como encaixamos perfeitamente.

Começo me abraçar e esfregar os braços para amenizar o frio e acabo fechando os olhos com um suspiro arrasado, alguns segundos depois sinto algo me cobrindo e rapidamente reconheço quem é pelo perfume, o mesmo que me envolveu naquela noite sob as estrelas. De olhos fechados involuntariamente sussurro em meio a um sorriso:

– Serkan!

Abro os olhos e o encontro com um sorriso em seus lábios, o verde de seus olhos me olham com uma intensidade que sinto minhas bochechas esquentarem. Como ele está lindo essa noite.

– Como você sabia quem era? – Pergunta de repente e me pega de surpresa enquanto eu ainda encarava seu sorriso.

Não quero falar sobre como seu cheiro é único e como ele mexe comigo, é informação demais para ser ditas então tento firmar a voz e invento uma desculpa mais óbvia.

– Marcamos de nos encontrar aqui ruivinho, quem mais seria? – como se ele soubesse que existe algo por trás da minha resposta ele arqueia as sobrancelhas e balança a cabeça em confirmação.

– Então, já decidiu o que faremos hoje?

– Vamos descobrir quando encontrarmos. – digo me levantando e entrelaçando nossos braços, se tornou algo normal ficarmos assim.

– Como assim Eda?

– As melhores coisas acontecem quando não planejamos, achei que já tivesse aprendido isso. – digo dando um empurrãozinho no seu ombro .

– Vamos caminhar pelas ruas da cidade até encontrarmos um lugar, é isso?

– Sim Sr. Serkan! Vamos deixar as estrelas nos guiar.

– De onde você saiu e como me convence a fazer todas essas coisas aleatórias?

Em resposta dou de ombros e coloco um sorrisinho irônico nos lábios.

Andamos por algumas ruas entre brincadeiras e provocações, comentamos sobre o céu, as pessoas a nossa volta e sobre como o Sírius gosta de caminhar a noite

– Quem sabe um dia nós três possamos ir naquela praça junt... – viramos a esquina e encontramos um lugar retrô, música emanava de dentro e ele interrompe a fala quando paro de andar e observo a entrada – Vai ser aqui não é mesmo, Eda?

Balanço a cabeça positivamente depressa e o puxo para dentro.

O ambiente tinha uma pegada clássica, com poltronas de couro, várias pessoas sentadas ao balcão, as luzes davam vida ao lugar, quadros preenchiam as paredes e vejo um piano no cantinho esquerdo. Tudo em uma combinação clássica.

August 19thOnde histórias criam vida. Descubra agora