E se o caldeirão fosse uma prisão?
E todo o poder que ele transparece ter, na verdade vem de uma fonte.
Uma criatura nunca relatada ou já vista, uma deusa que por amor teve sua liberdade tirada, e por maldade sua pele marcada.
Abandonada e esquecida...
Sinto algo arranhando meu rosto, tento acordar mais meu corpo não responde.
Tento gritar, ou me mexer Mais o maldito do meu corpo não me responde.
Uma unha, não Várias unhas.
Que porra é essa?
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Abro meus olhos que não estavam preparados para o que viram. Precisei tampar minha boca para não gritar.
Um gato, um Maldito de um gato preto arranhando meu rosto. Tiro ele de cima de mim
- Sabe eu já não tenho muita sorte, então se você puder me deixar em paz eu agrade.....
Ele nem ao menos fingiu se importar, se desvencilhiou das minhas mãos e se acomodou no me colo.
- Ótimo, maravilha, agora eu tenho um gato em cima de mim, dentro de um quarto que eu não sei onde fica, em algum lugar que eu não faço a mínima idéia onde seja; Sinceramente, quando eu disse que queria ser livre eu não achei que falta de sorte entrava no pacote.
Resmungo para mim mesma, e para o gato que pelo jeito não vai sair daqui.
Começo a lembrar dos acontecimentos, adaga, luta, sombras e gritos.
- O que foi que eu fiz?, ou melhor com quem eu fiz isso. Falo me direcionando ao gato que está com os seus olhos direcionados para mim.
-Bom, eu acho que conversar com um gato não vai me ajudar a descobrir.
Tiro ele de cima de mim, e começo a levantar.
Ignoro a dor latejante do meu corpo, Alguém me banhou e me vestiu.
Ao contrário da última vez que acordei com apenas uma camisola, estou vestida com um vestido azul com detalhes em cinza, simples e útil caso eu precise lutar para sair daqui.
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Vejo que o quarto também é elegante,diferente do outro que parecia de um macho, conheço esse tipo de decoração .
Devo estar em um castelo. - Pela mãe, será que o macho que eu agredi faz de alguma corte? Digo enquanto me observo no espelho.
Minhas cicatrizes nos meus braços estão visíveis e fico ligeiramente desconfortável com isso.
Dou uma última olhada no gato que agora está saindo pela janela.
-Acho que agora é um adeus, não sei a quem você pertence e nem porque você está aqui, e sinceramente acho que enlouqueci por estar falando com você, mais espero te ver de novo.
E por um momento acho que ele me reverenciou, e se foi.
E são nesses momentos que eu percebo que realmente enlouqueci.
Balanço a minha cabeça para afastar os pensamentos dessa coisa, seja lá o que ela for.
E me concentro em sair e descobrir onde eu estou. E a quem eu quase matei.
Ando por um corredor, indo em direção a uma porta onde está uma concentração de vozes diferentes.
Tenho um pouco de dificuldade de abrir as portas pesadas, todos param de conversar e seus olhares são direcionados a mim.
Mais é quando eu a vejo que preciso me segurar em alguma coisa.
