Prólogo

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⚠️AVISOS ⚠️

1- A fanfic está sendo revisada aos poucos, peço um pouco de paciência.

2- Não tenho um dia específico para as postagens por conta que a minha faculdade é integral, então as postagens serão quando conseguir tempo.

3- por favor, não é por que é uma adaptação que não dá trabalho, não comente coisas desnecessárias que nem outras pessoas já comentaram quando a história já estava postada, isso desmotiva.

Esses foram os avisos, espero que vocês gostem desta adaptação, boa leitura!!!

                                                             👑

Prólogo

   Não. Não. Não. O escuro, não. A escuridão sufocante, não. O saco plástico, não. O pânico toma conta dele, tirando o ar de seus pulmões. Não consigo respirar. Não consigo respirar. O gosto metálico do medo surge em sua garganta. Preciso fazer isso. É o único jeito. Fique parado. Fique quieto. Respire devagar. Respire de leve. Como ele disse, vai acabar logo. Vai acabar logo. Vai acabar e então eu estarei livre. Livre. Livre.

Vá. Agora. Corra. Corra. Corra. Vá. Ele corre depressa e com esforço, mas não olha para atrás. O medo o faz avançar enquanto ele desvia de alguns clientes noturnos durante a fuga. A sorte está do seu lado: as portas automáticas estão abertas. Ele passa voando por baixo das decorações natalinas espalhafatosas e pela a entrada do estacionamento. Corre sem parar. Entre os carros estacionados e pela floresta. Corre por sua vida, seguindo um caminhozinho de terra entre espinheiros, pequenos galhos atingindo o seu rosto. Ele corre até seus pulmões doerem. Vá. Vá. Vá. Não pare.

Frio. Frio. Muito frio. O cansaço turva sua mente. O cansaço e o frio. O vento uiva por entre as árvores, por suas roupas, dentro de seus ossos. Ele se encolhe sob um arbusto e com as mãos dormentes junta as folhas caídas, para criar um ninho. Sono. Ele precisa dormi. Deita no chão duro e frio, cansado demais para ter medo e cansado demais demais para chorar. Os outros. Será que conseguiram escapar? Tomara que estejam livres. Que estejam aquecidos... Como é que tudo acabou assim?

   Ele acorda. Está deitado entre as latas de lixo, envolta de jornais e papelão. Tremendo. Sente muito frio, mas precisa seguir adiante. Tem um endereço. Agradece ao Deus de sua avó pelo endereço. Com os dedos trêmulos, ele desdobra o papel. É onde precisa ir. Agora. Agora. Agora.

Um pé na frente do outro. Andar. É só o que pode fazer. Andar. Andar. Andar. Dormir na soleira de uma porta. Acordar e andar. Andar. Ele bebe água da pia do McDonald's. O cheiro da comida é tentador.

Está com frio. A fome corrói o seu estômago. Ele anda e anda, seguindo o mapa. Um mapa roubado. Roubado de uma loja com pisca-piscas e música natalina. Ele segura o pedaço de papel com o pouco de força que lhe resta. Está gasto e rasgado por causa do tempo que passou escondido em sua bota. Cansado. Tão cansado. Sujo. Tão sujo, com o frio e Assustado. Aquele lugar é a sua única esperança. Ele ergue a mão trêmula e toca a campainha.

Magda estava esperando por ele. Sua mãe lhe escreveu explicando. Ela o recebe de braços abertos. E então da um passo apressado para atrás.

— Minha nossa, menino. O que aconteceu? Achei que você vinha na semana passada!

Lorde - jikook kookmin Onde histórias criam vida. Descubra agora