Eu aceito

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Arthit estremeceu sob o beijo que foi depositado no local segurando o punhal com mais firmeza. Ele entendeu que aquilo era um teste, não "o" teste. Se ele fizesse aquilo significaria que não tinha medo do que seu doce Nong tinha se transformado que estava disposto a estar com ele em todos os momentos...
Será que realmente estava disposto a isso? Sua mente foi preenchida por uma lembrança há muito esquecida...

                                                                              ***
-Hei P'! você está bem_ a criança de cinco anos perguntou inocentemente colocando-o deitado para limpar seus ferimentos recentes depois de uma provável surra_ P'Arthit fale comigo...
-Me deixa em paz Nong..._ conseguiu murmurar em meio a grunhidos d dor por ter um pano recém coberto de álcool em suas feridas.
-Está bem pior que a última vez..._ o menino continuou a dizer_ não se preocupe eu vou cuidar de você...
Arthit não conseguia entender. Eles estavam em celas que pareciam quartos de hospitais psiquiátricos e o único contato que tinha além de seus agressores era essa criança sorridente. Por que ele era assim e como conseguia suportar? Tudo o que ele queria era os seus pais e sua casa. Estava assustado apenas alguns dias ali o fizeram implorar para ir pro inferno, mas esse Nong...
Sem que percebesse lagrimas corriam por seu rosto e sentiu uma mão enxuga-las e a voz inocente anunciar de novo:
-P' eu vou tirar você daqui... e você vai poder ver sua família...
A criança mais velha o olhou incrédulo. Como ele poderia?
-Promete?
-Prometo que vou cuidar de você P'Arthit_ o viu sorrir_ pra sempre!
Arthit se deixou abraçar pela criança. Realmente precisava de conforto e adormeceu em seus braços. Acordou um tempo depois e se viu amarrado a uma cama pelos pulsos e havia dois homens corpulentos e mal cheirosos perto de si.
O medo tomou conta fazendo com que se mijasse. Ao olhar aquela cena um dos homens lambeu os lábios com tremenda luxuria e puxou a cueca do menino bruscamente revelando seu corpo completamente branco como leite... Imaculado.
-Você agora é a nossa nova cadelinha..._ os dois homens riram enquanto a criança se engasgava com o choro suplicando pra que o deixassem ir.
Arthit enxergou um movimento no meio da sala e viu um pequeno vulto correr e passar o punhal na garganta do homem que o tocara tão rudemente.
Apressadamente cortou a gravata que amarra Arthit e o empurrou porta afora antes que ela fosse celada com ele e o outro grandalhão que o agarrou furioso.
Seus olhos encontraram o de seu P' e ele sorriu dizendo:
-Vá pra casa...
Aterrorizado achando que podia ser pego novamente ele correu pelo corredor escutando o homem dizer:
-Você vai ser meu no lugar dele...

                                                                              ***
Ele tinha a chance de mudar aquilo. Ali e agora. Por que estava hesitante? Ele olhou mais uma vez para Kongpob e suas dúvidas se dissiparam. Ele com certeza estaria fodido se os pegassem, mas quem liga?
-Kong... _ começou_ pendure-o pelos pulsos.
-Como quiser P'! _ ele viu o moreno sorrir animadamente.
-O que você vai fazer? _ o velho perguntou coagido.
-Você gosta de quando se sente enterrado dentro de alguém certo? _ ele girou o punhal em sua mão e rasgou sua blusa revelando seu peitoral e se aconchegou perto do mais velho usando uma voz sensual_ você adoraria estar dentro de mim não é papai?
Arthit via o homem respirar com dificuldade mostrando claramente o desejo e luxuria:
-Você quer que eu solte essas amarras pra você brincar um pouco? _ ele sorriu atrevido e Kekkrai implorou pesadamente.
-Sua putinha atrevida! Deixa-me mostrar como um homem de verdade faz!
O veterano se aproximou ainda mais segurando um lado de sua cintura:
-Não... deixa eu mostrar a você como um homem de verdade faz. _ e sem hesitar cravou o punhal na barriga do homem enquanto ria maliciosamente_ você não vai morrer agora não se preocupe. A única coisa que te liga a sua vida inútil é esse punhal eu não me mexeria se fosse você.
Kongpob assistia aquela cena completamente excitado e não perdeu tempo em agarrar Arthit. Ele era e sempre foi seu. Tanto que declarou isso em alto e bom som para todos no dia da reunião de calouros dizendo que faria de Arthit sua esposa. E ele faria ali. Ele não conseguia esperar mais.
Colocou Arthit sentado na mesa e começou a beija-lo necessitadamente e estranhamente o mais velho o estava correspondendo. O ambiente devia ter mexido com ele... desceu a curvatura do pescoço dando mordidas e chupões enquanto se deleitava com os gemidos de seu P'. Isso era testar sua paciência, Kongpob podia ver o quão duro ele estava e seus olhos ardiam em desejo.
Sem pensar duas vezes abocanhou seu membro que já expelia pré gozo escutando o gritar seu nome segurando seus cabelos.
Arthit se sentia no céu. Ele não estava pensando nem queria. O que precisava era de Kongpob dentro de si, mas ele sabia que o mais novo o faria implorar por isso tal como o desavergonhado ele estava sendo naquele momento se oferecendo para o pai do próprio:
-Ko-Kong! Eu não posso mais... _ ele se curvou mais para a boca de seu faen_ eu vou...
O moreno sentiu um poder imenso de controle sobre si e acelerou os movimentos enquanto escutava Arthit gemer coisas desconexas. Não demorou muito pra que ele viesse em sua boca e Kongpob não deixou uma única gota do sabor de seu P' para trás.
Ele se ergueu beijando o parceiro dividindo o gosto amargo em ambas as bocas. O veterano apoiou sua cabeça nos ombros dele se recuperando do recente orgasmo e falou entre cortado:
-Kong... eu quero você agora. _ ele pediu completamente corado
-Diga exatamente o que você quer P'... _ ele sussurrou no seu ouvido.
-Eu quero que você me foda! _ nem houve tempo para que pudesse se preparar ele sentiu o pênis na sua entrada forçando dolorosamente sua entrada.
-É isso que você quer Oon..._ Kongpob parou de se movimentar vendo as lagrimas formarem nos olhos de Arthit
-Sim! Nem se atreva a parar agora! _ o mais velho ditou em sua voz de Hazer.
Isso foi suficiente para que Kongpob perdesse o resto de auto controle que tinha e começou a se movimentar rapidamente acertando a próstata e segurando Arthit pela cintura que a esta altura estava uma bagunça de gemidos ele nem se importava em se conter e sentiu que estava prestes a gozar novamente. O mais novo sentiu as paredes apertarem em volta do seu membro e com uma última estocada ele derramou dentro de Arthit que se lançou sobre a barriga dos dois.
Estava exausto aquilo foi melhor que tudo que já tinha sentido ou imaginado Kong o pegou no colo levando a um banheiro que era o único cômodo mais ou menos dali e os limpou rapidamente oferecendo sua jaqueta para Arthit vestir-se.
Quando voltaram para o homem viram que sua cueca estava melada e seu rosto tinha uma expressão de dor insuportável:
-Nem assim ele deixa de ser um porco. _ Arthit cuspiu em seu rosto_ eu acho melhor ficar com isto.
Ele tirou o punhal da barriga de Kekkrai que começou a sangrar imediatamente. Kongpob pegou sua mão com o punhal e lambeu o objeto ensanguentado beijando Arthit logo depois e suas línguas se juntaram naquela batalha pelo gosto de ferro.
-Eu te amo P'Arthit...
-Também te amo Kongpob. _ ele sorriu em meio ao beijo.
Estava feito. Ambos saíram do alçapão e a luz do dia os atingiu como raio. Eles sabiam que provavelmente não poderiam ficar ali depois de tudo, mas quem se importava!
Estavam juntos... ambos andaram um ao lado do outro de mãos dadas até que Arthit parou puxando a mão de Kongpob:
-P'?
-Me de sua mão Kongpob.
O calouro ergue-a lentamente e viu Arthit tirar da carteira sua insígnia e depositar ali ficando vermelho ele sorriu vergonhosamente:
-Cuide disso pra mim, na?
Kongpob mostrou a ele seu sorriso mais doce e inacreditável. Sentiu falta disso:
-Vou cuidar com todo meu coração...
não era atoa que seu veterano P'Tum havia lhe dito sobre aquilo. Era um fato 0206 e 0062 estavam destinados a ficarem juntos. Com esse pensamento ele agarrou a mão de seu Nong novamente puxando-o levemente para voltar a caminhar e em seu íntimo sabia que poderia seguir com ele para um futuro... Independente do que fosse...


                                        FIM.


NOTAS:

peço desculpas por maltratar o pai de Kong ele é um doce...
Mas isso foi apenas algo que me ocorreu e que não esta longe de nossa realidade.
não estou incentivando a vingança nem a violência, mas compartilhar essas experiencias com quem já viveu pode ser um caminho.

FANFIC INSPIRADA EM:

No limiar da (in)sanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora