Fazendo contato

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-P'Arthit..._ tentou falar_ O que faz aqui?
-É você mesmo Kongpob?
-Como assim se sou eu... é claro que sou eu! _ sentiu o estomago doer e grunhiu as vezes ele odiava isso.
-O que você tem?
-Veja o criado-mudo tem algum remédio nele?
-Não. _ respondeu ao observar o local.
Kongpob suspirou pesadamente e em seu olhar podia-se ver que estava claramente zangado, mas não de verdade e o outro o ouviu murmurar:
-Espero que tenha aproveitado... Por que eu vou matar você Singto...
-Quem é esse? _ Arthit resolveu que não podia mais esperar_ e por que estava daquele jeito estranho ontem...
O mais novo queria por minuto acreditar que ninguém tinha o visto, mas é claro que ele sairia do quarto considerando o quanto gostava de estar sozinho...
-Kongpob?
-Hã?
-Você está bem?
-Desculpe... eu realmente estou com dor agora...
-Qual o problema?
-Veja... eu não posso comer comida picante, mas Singto os adora então quando ele vem... bem... Só posso esperar me curar...
-Quem é esse Singto? Eu nunca o vi conosco... qual sua ligação com ele?
-Você o conheceu.
-Você está brincando? Eu nunca vi essa pessoa!
-Você o viu ontem. _ pela expressão no rosto do júnior Arthit viu como estava sendo difícil se expor daquela maneira e foi quando a ficha caiu.
-Você? Você é o Singto?
-Eu sofro de TDI P'Arthit e no meu caso tenho apenas um alter-ego que é o Singto que você provavelmente conheceu ontem.
-Eu... já havia ouvido falar disso, mas nunca achei que...
-Eu sei... Ninguém sabe além do Aim normalmente é ele quem está aqui...
-Quer que eu o chame?
-Não. Ele não precisa mais ser arrastado pra isso...
-O que aconteceu com você?
-Mesmo que eu quisesse te contar... Singto não deixaria... não ate que ele possa confiar em você.
-Ele é seu guarda-costas?
-Ele cuida de mim desde que apareceu... sempre aparece quando eu não consigo lidar com certas situações... a proposito ele é mais velho... caso se pergunte por que ele não o chama de P'.
-Isso explica muita coisa... _ o veterano riu sem graça e de repente algo estalou em sua cabeça o corroendo de culpa mais uma vez. Agora entendia por que o tal Singto não confiava em si. Ele havia ferido Kongpob_ hei... naquela vez... a primeira vez que jantamos eu fiz...
-Não se preocupe P'! Singto o agradeceu muito por isso...
-O que?
-Depois que você me deixou ele decidiu assumir... e se lembrou de tomar o remédio pra que eu não sentisse muita dor... eu fiquei bem.
Kongpob sorriu. Claro Arthit sabia que o sorriso dele era bonito e não foi à toa que ele foi eleito a Lua da Universidade, mas dessa vez ele realmente prestou atenção não era um sorriso presunçoso nem provocador. Era apenas gentil e confortável o fez se sentir quente e logo notou suas bochechas corarem com o pensamento o que o fez se levantar rapidamente:
-Ok... você está bem e eu vou descer para dizer aos outros. Descanse Kongpob.
-A noite eu estarei lá P'.
-Certo.
Mais que rapidamente Arthit deixou o quarto respirando rápido sem saber o que estava sentindo. Ainda confuso se juntou aos seus amigos explicando que Kongpob estava bem, mas novamente evitando contar sobre o agora novo conhecido Singto.
Ao anoitecer foi realizado a cerimonia de entrega das insígnias e Kongpob estava mais que feliz em ganhar a sua e estava decidido na decisão que tomou.
-Hei Kong! _ Aim o chamou enquanto o viu em pé frente ao mar_ você está bem?
-Sim... estou as dores passaram...
-Você sabe que foi arriscado P'Singto não fala com ninguém e quando decide fazer isso vai fazer logo com P'Arthit?
-Qual o problema?
-Você já viu o quão assustador eles são? Imagine eles juntos!
Kongpob riu o medo de seu amigo era realmente impressionante:
-Na minha opinião é bom que eles comecem a se dar bem...
-O que? Por que?
-Não importa...
O moreno começou a caminhar em direção ao mar ao sentir a água bater em seus pés e voltar ele parou e olhou a lua sorrindo inconscientemente.
Arthit não conseguia tirar a conversa matinal de sua cabeça. Nunca achou que poderia presenciar tal fenômeno e se não tivesse visto com seus próprios olhos jamais acreditaria... apenas algo que não o deixava contente ele sabia que para Kongpob ter aquele tipo de doença teria que ter passado por um trauma muito grande a ponto de seu cérebro se dividir criando uma dupla personalidade. Pensar nisso de certa forma doeu em si...
-Ai'Arthit! _ Brigth o chamou_ acorda cara! O que está acontecendo?
-Isso mesmo_ concordou Tootah_ você está estranho desde hoje de manhã...
-Tudo isso é por que 0062 não compareceu à sessão matinal de castigo? _ o amigo continuou a provocar-lhe_ ou será que é saudade? _riu malicioso.
-Cala essa boca Brigth! _ Prem bateu em sua cabeça.
Nada estava sendo processado pela mente de Arthit, pois tudo que estava vendo era Kongpob de frente para o mar. Sem falar nada apenas se levantou indo se juntar ao mais novo para surpresa de seus amigos:
-Kongpob? _ chamou se aproximando.
-Por que me chama com tanto medo P'?
-Eu pensei que...
-Eu sei...
-Bem... O que está fazendo aqui?
-Absorvendo o momento... não quero esquecer...
-Esquecer? Esquecer o que?
-O que vou fazer agora.
-Mais o que...
-Me dê sua mão.
O veterano ainda confuso estendeu a mão lentamente e seus olhos arregalaram-se de surpresa quando Kongpob depositou sua insígnia ali.
-Por que está me devolvendo? _ ele perguntou incrédulo.
-Não estou devolvendo apenas quero que cuide dele pra mim P'Arthit...
-Por que eu devo cuidar disso pra você?
-Você não sabe o significado do que eu pedi? Achei que soubesse... Bem você pode perguntar ao P'Deer...
La estava... aquele sorriso... aquele maldito sorriso que deixava Arthit confuso ele olhou para o objeto em sua mão e apertou inconscientemente:
-Ai'Arthit! _era Brigth novamente_ venha se juntar aos seus amigos!
-Já vou!
-Mexa essa bunda! _ o outro veterano gritou erguendo o copo de bebida.
-Bem eu..._ ele continuou, mas se deteve ao olhar o jovem a sua frente que novamente encarava a lua. Havia melancolia em seu olhar ele nunca havia presenciado esse lado de Kongpob antes. Parando pra pensar ele nunca se permitiu conheceu o seu Nong. Ele colocou a mão em seu ombro ainda agarrado a insígnia e quando estava prestes a seguir ouviu o comentário do outro.
-É a segunda vez que me toca sem permissão. É tão difícil ficar longe de mim?
-Cadê o Kongpob?
-Seguro.
-Qual é Singto eu jamais seria capaz de feri-lo...
-Realmente?
Seus olhos o traíram. Ele sabia que podia ser visto culpa e seu corpo se contraiu.
-Seu amigo está te esperando. Deveria ir.
-Sim... _ começou a caminhar.
-Hei Arthit. _ o outro se virou confuso_ é P'Singto pra você.
Isso fez o veterano sorrir instantaneamente mostrando sua covinha e voltou a caminhar com a insígnia em seu bolso. Precisava descobrir o que Kongpob quis dizer com aquela ação

No limiar da (in)sanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora