Possessivo

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Na manhã de sábado Arthit acordou com uma melodia correndo pela casa e um cheiro delicioso e de uma coisa ele sabia Kongpob não sabia cozinhar. Encarou o relógio a sua frente eram quase meio-dia, ergueu-se assustado como poderia passar o primeiro dia com seu faen dessa maneira? Faen? Ele gostou de como isso soou em sua mente, mas sabia que tinha que oficializar... como seus amigos iriam reagir? Tinha sido imprudente? Mais uma vez o medo tomou conta de si. Respirou fundo. Não deixaria suas inseguranças ganharem dessa vez.
-Bom dia P'Arthit..._ ouviu Kongpob cumprimentar_ comprei o seu café.
-Khop kun khap Kongpob..._ ele correu timidamente para o banheiro.
O moreno esperou pacientemente até que o mais velho terminou sua higiene e se juntou a ele na mesa:
-Você ainda não comeu? _ perguntou enquanto sentava.
-Esperei você acordar...
-Hei não faça isso... eu sei que você é uma pessoa matinal...
-Não é problema P'! Vamos comer...
-Kongpob...
-Khap?
-Você... quer fazer algo mais tarde?
-Sair? Tipo um encontro P'? _ os olhos do júnior brilharam com expectativas deixando o Hazer-chefe envergonhado.
Arthit acenou a cabeça positivamente sentindo um pouco de constrangimento pelo entusiasmo do outro, mas sabia que era normal dele.
O primeiro fim de semana de Arthit e Kongpob foi definitivamente como qualquer casal iniciante faria com paparicos e afeto, mas eles sabiam que a segunda-feira seria totalmente diferente.
Na faculdade não poderiam expressar. Na verdade, o veterano pediu sigilo até que estivesse pronto, mas ele não contava com a situação que literalmente o empurraria. Aquele sentimento... Iria ser sua ruina...
Arthit havia acabado de sair para comer quando deixou seus amigos na mesa para comprar seu leite rosa. Foi quando avistou Kongpob com seu grupo de amigos sentando em uma mesa próxima a sua e sem pensar muito tornou a venda comprando um café gelado.
Quando se virou para ir até a mesa viu duas garotas se aproximarem. Uma ele reconheceu como Namtan e a outra só podia ser Joy... ele não acreditava no que seus olhos estavam mostrando.
Seguiu até a sua mesa novamente que estava bem próxima a dos calouros continuou em pé como se isso o ajudasse a ouvir a conversa:
-N'Kongpob..._ Namtan o chamou sorrindo.
-Sawadeekhap. _ os calouros cumprimentaram em uníssono.
-Eu sou a Namtan..._ O homem congelou ao ouvir o nome. Então ela era a paixão de Arthit? O que ela queria com ele_ essa é minha amiga Joy...
-P'Namtan, P'Joy_ ele fez um wai pra elas novamente ainda confuso sobre a situação.
-Kongpob..._ Joy começou nervosamente olhando para os pés_ eu... você gostaria de sair comigo?
A mesa ficou em silencio e em choque. Joy era uma veterana por que iria querer alguém como Kong? Ele se remexeu desconfortável no banco quando olhou pelos ombros da garota vendo Arthit em pé com cara de poucos amigos segurando um café de gelado que com certeza não era pra si mesmo. Isso o fez sorrir genuinamente e Joy sentiu seu coração encher em esperança.
-Khothot na P', mas eu não posso aceitar.
-Por que? _ ela sentiu a garganta doer _ você sorri pra mim dessa forma? E me diz não? É isso mesmo?!
-Eu sou compromissado. _ ele sabia que admitir isso faria Arthit ficar chateado, mas era a única maneira de se livrar disso.
Mais uma vez o choque e surpresa estampados no rosto dos presentes se fez visível:
-Como isso é possível até onde eu sei você é solteiro! _falou Namtan.
-Isso é mentira! Por que sorriu pra mim então? Por que correspondeu?!_ Joy alterou a voz_ eu quero saber quem é sua faen!
Arthit achou que era hora de intervir e se posicionou ao lado de Kongpob com uma expressão divertida e triunfante. O que não passou despercebido por Namtan:
-Ele sorriu pra mim. _ afirmou sem rodeios_ E eu sou seu Faen. A proposito comprei pra você Kong! _ o veterano entregou a bebida e sorriu de lado mostrando sua covinha o que derreteu Kongpob por dentro. Era assim que eles manteriam segredo? 
O mais jovem riu da infantilidade do homem e agradeceu aos céus por seu ciúme dando lhe um beijo demorado na bochecha, o que foi suficiente para Arthit corar rapidamente.
-Oon? _Namtan o chamou_ que brincadeira é essa? Vocês não precisavam armar isso pra dispensa-la...
-Não é mentira. _ o júnior deu um passo à frente.
-Você prefere ser gay ao simplesmente sair comigo? _ ela pegou o copo de café e atirou em Kong em seguida escutou-se o baque do barulho no rosto ela havia batido em Kongpob_ eu tenho nojo de você! Sua aberração!
Joy se preparou para bater mais uma vez, mas seu pulso foi agarrado novamente:
-Você pode sentir nojo ou a porra que quiser, mas se tocar em mim de novo eu vou quebrar o seu bracinho.
Arthit conhecia aquela voz. Claro que ele sabia quem era! Viu Aim arregalar os olhos e começar a se erguer então tomou a iniciativa:
-Kong..._ começou_ vamos sair daqui... Por favor...
Ele viu aqueles olhos vazios o encararem. Sabia que Singto não tinha a menor razão pra fazer o que ele estava pedindo, mas surpreendeu-se ao vê-lo soltar o pulso de Joy e agarrar o seu com certa brutalidade ate...
-Vamos Arthit.

No limiar da (in)sanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora