A realidade nem sempre é tão perfeita quanto parece

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-O que...
-Arthit o por de Kongpob comandava aquela rinha em que estávamos. Ele me deu. O próprio filho pra que pudesse ganhar dinheiro com seu tráfico de crianças.
-O que...
-Então quando ele viu que eu voltei vivo. Ele sabia que poderia se dar mal e mandou o vovô fazer o trabalhinho sujo... que também não funcionou obviamente e quando Mae descobriu ela se matou.
-Por que ele está aqui?
-Kong queria te encontrar então descobrimos você aqui e não podíamos deixar nosso brinquedinho, não é?
O homem com a amordaça começou a grunhir e gemer certamente deveria ser a primeira pessoa que ele via em muito tempo:
-Por que está me mostrando isso?
-Digamos que não sou bom com cuidados pessoais e eu quero que ele dure. Meu filho ainda não teve o suficiente.
-Como é?
-Você não achou mesmo que eu tiraria de Kong a oportunidade de se vingar, não é? _ ele continuava rindo maliciosamente.
-O meu Kong não é assim! Ele não faria isso! Ele...
-Vamos Arthit... você sabe que não estou mentindo... estou aqui apenas para levar a culpa. Quando ele se satisfazer então estaremos finalmente livres pra ficar com você.
-Então isso é por mim também? _ o homem murmurou.
-Você sabe... Kongpob te ama mais que qualquer coisa... ninguém nunca mais vai machucar você. Cuide dele. Logo estarei de volta.
Arthit continuou encarando o homem a sua frente e viu ao lado da mesa os utensílios para ajudar nas feridas. Tirou a amordaça do homem e o viu respirar dolorosamente os cantos de sua boca estavam quase rasgados tamanha era a força da corda.
-Espero que esteja feliz Khun_ ele se atreveu a falar_ veja no que você transformou seu filho...
-Você tem que me tirar daqui! Por favor! _ implorou o homem_ eu pago! Te dou o dinheiro que você quiser! Pago o dobro se acabar com ele!
-Como pode me pedir isso?
-Essa coisa não é e nunca foi meu filho! Fruto de um adultério e com sérios problemas mentais! _ ele olhou esperançosamente para o jovem a sua frente_ eu pago por sua vida inteira se me ajudar...
-Sabe Khun... _ Arthit estava de costas e em pé novamente mas não viu Kongpob parado atrás de si_ você pode não ter ouvido bem, mas eu era uma das crianças que estava no meio da sua imundice e se não fosse por Kongpob Deus sabe o que teria acontecido! Eu devo protege-lo agora...
Arthit sentiu seu corpo arrepiar quando Kongpob o segurou pela cintura pressionando seus corpos. Ele podia sentir a pele quente do peito do outro em si e afastou o pescoço para lhe dar mais espaço entre beijos e mordidas. O cheiro de ferro do sangue grudado em Kongpob o estava excitando e virou-se para beijar seu Nong gemendo o nome dele em sua boca.
Provavelmente começariam algo ali mesmo se não fossem interrompidos pelo homem acorrentado:
-Que porra é essa? Kongpob! _ o mais jovem socou o seu estomago vendo-o cuspir muito sangue. Ele riu com escarnio_ então é isso? Você se diz ser um sádico cruel! _ riu novamente em meio a dor_ e é porra de um viado?! Você gostou tanto assim do que fizemos com você? Sua putinha suja!
Seu discurso foi interrompido por um chute na boca que arrancou alguns dentes. Arthit viu Kongpob adquirir uma aura escura e pegou um punhal. Ele logo reconheceu o objeto já estava muito gasto, mas ele sabia com certeza que aquele punhal e uma criança de cinco anos o ajudaram naquela noite. O veterano lembrou que Kongpob ceifara sua primeira alma naquela noite para salva-lo.
O moreno disse quando chegou perto do homem:
-Sabe Khun Kekkrai... eu estava pensando em mantê-lo por mais um tempo, mas não faz sentido faz? Eu não preciso mais de você.
-Eu sou pai! Não pode fazer isso comigo!
-Por? Você ao menos sabe o significado dessa palavra? P'Sing?
"khap"
-O que devemos fazer com ele?
"mate-o. já temos o que queremos."
Kongpob encarou Arthit e estendeu o punhal o mesmo o pegou com as mãos tremulas:
-Ai'Oon... _ o veterano estremeceu ao ser chamado por Kong daquela forma e levantou o olhar encontrando por uma fração de segundo os olhos calorosos que declaravam seu amor_ faça as honras.
-O que?
-Eu já me diverti muito no decorrer desses anos... você pode_ ficou ao lado do chefe-Hazer e soprou em seu ouvido_ pode me proteger agora P' ...

No limiar da (in)sanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora