*Autora*
Ao fim de sua aula de dança em ritmo quente, Mary vai para o jardim. Esta no fim da tarde, estão prestes a entrar na estação do inverno a brisa fria bate em sua pele leitosa deixando os pelos de seu corpo erisados mas ela não se importa. Derick a vê de sua janela do quarto, sentada em um banco próximo a árvore onde jogaram minigamer. Decide ir passar um tempo com ela antes que dela sair para sua festa de noivado, ele desce depressa com um casaco suas mãos temendo que a morena pegue um resfriado.
Mackenzie está sentada encarando as mãos, seus pensamentos estão longes; perdida sobre seu passado; presente e o que será de seu futuro.
- Será que o Luchesse está próximo de ser deito? - Ela pegunta quando senti alguém se aproximar e seus olhos encontram os de Derick com tristeza. Ela sente falta de ser livre, de andar por aí sem o medo de ser morta a qualquer momento por um assassino de aluguel.
- Quem sabe, Pode ser que sim mas também pode ser que não; Não sabemos o dia de amanhã, meu bem. - Ele da de ombros, coloca o casaco em seus ombros e ela sorri amarelo em agradecimento. - Sou uma companhia tão ruim assim?
-Não foi isso que eu quis dizer.. - Seus olhos estão marejados, ela continua a encarar suas mãos e Derick senta ao seu lado, passa o braço em seus ombros a aproximando mais dele e ela se aninha em seu peito. - Sabe, sempre fui sozinha. Muito nova tive que aprender a me virar, depois de alguns anos minha única companhia era a Annie.
Mary consegue desabafar com o loiro, ela sente que pode confiar nele e expor parte da sua dor para tentar aliviar o fardo em seus ombros, que por sinal é pesado demais.
- Eu entendo, perdi minha mãe cedo e só tive a Katherine em minha infância. - Ele encosta a cabeça na dela enquanto acaricia seu braço com a ponta dos dedos.
- Eu não me lembro muito da minha infância, só lembro de coisas muito vagas incluindo a morte da minha mãe e as agressões do meu pai a ela. - Ela suspira pesado - Eu passei boa parte da infância no orfanato, mas fugi porque eu não me sentia bem vinda. Fui agredida por umas meninas mais velhas da Santa Casa, faziam a vida das novatas o inferno, eram as valentonas.
- Que horror, posso imagina como foi difícil, o que você fez depois que fugiu? - Derick é compreensível, nunca pensou que Mary poderia ter passado por algo assim.
- Eu tinha seis anos na época, fiquei pelas ruas por alguns dias quando um menino muito bondoso se aproximou de mim. - Ela sorri com nostalgia e logo sua feição volta a tristeza - Ele era gentil, parecia ter uns oito anos. Ele me levou até um restaurante, lá um homem me acolheu e cuidou de mim em troca de meus serviços.
- O menino também era de lá? - Ele pergunta curioso.
- Sim! O nome dele era Nick, nos estudavamos, íamos trabalhar e depois era um hábito brincar no parque. - Lágrimas rolam nas bochechas da jovem, sem que ela tenha controle colocando suas angústias para fora. Ela nunca ficou tão vulnerável perto de alguém como esta com Derick. - Ele foi o meu primeiro amigo, mas não lembro de nada além disso.
- Como ele era? Você nunca mais o viu? - Derick sente que seus corações quebrados estão se tornando um, preenchendo um ao outro, as dores dele simplesmente deixam de existir ao lado da morena e ela no momento sente o mesmo a ponto de achar que é hora de contar a ele o pouco de seu passado que consegue lembrar, assim como ele fez.
- Não tenho lembranças de seu rosto, minhas memórias com ele são confusas - O coração de Mary se aperta ao falar sobre seu misterioso amigo do passado - Talvez fosse apenas um sonho ou não lembro o que aconteceu ou onde ele estar. Voltei ao restaurante, mas esta abandonado. - Ela Respira fundo com decepção - Pesquisei mas parece que faliu a anos atrás
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A Dona Da Mafia
RomanceMary Mackenzie é uma recém formada em jornalismo. A lei é moral é sua inspiração. E está determinada a arriscar sua vida por um furo, destruindo assim a principal organização da máfia: os Los Zetas, comandado pela família Lucchese na Itália. Atrás d...