I Went Mad About You - Madam Spellman

Five - Lilith Hoffman...

Zelda dirigiu seu Chevrolet Impala 1967 em direção a sua antiga casa, onde morou com a irmã e seus sobrinhos antes de mudar-se para a de Faustus depois do casamento. Enquanto encarava a estrada deserta com as mãos trêmulas e olhos turvos em lágrimas, a ruiva soube que não poderia voltar para a casa do marido. Ela se encontra assim justamente porque queria se livrar da solidão da mansão, da solidão de ser a senhora Blackwood, bela e recatada aos olhos de todos, mas que na verdade vive um inferno de tédio por não ser quem ela era antes de se casar com um misógino.

Isso é culpa sua, Zelda. Foi escolha sua. Pensou a ruiva arrastando as mãos no volante, sentindo a vontade de gritar apossa-se de sua garganta.

Faustus não era agressivo quando se conheceram, fato esse que ocorreu na faculdade quando Edward, seu falecido irmão, o apresentou como seu melhor amigo. Zelda lembra muito bem que nunca esteve interessada em Faustus, até ele começar a cobiça-la, foi nesse momento que a ruiva começou a olhá-lo com outros olhos, entrando em um relacionamento as escondias que com tempo passou a ter outro significado, não o amor, mais a ambição mútua de um futuro grandioso que eles sempre se pegaram planejando juntos. Quando terminaram os estudos, criaram a Spellman Justice, empresa no qual Zelda, Faustus e Edward eram sócios e para a surpresa deles mesmos, com o passar dos anos a rede de advocacia foi ganhando o status que tanto almejaram quando jovens, tornando-se única em Greendale, depois que levou as pequenas existentes à falência.

Nesses anos produtivos, Faustus e Zelda nunca se assumiram publicamente, ambos não sentiam nada além de uma ambição pelo poder e prazer em suas aventuras, até Faustus colocar um ponto final.

Flash Back ON...

— Eu vou me casar, Zelda. – a ruiva deitada sobre o peito do homem, depois dos prazeres trocados em um quarto de motel, levantou a cabeça com uma expressão confusa no rosto.

— O que você está falando? – perguntou e viu Faustus sair da cama procurando por suas roupas espalhadas pelo chão do quarto.

— Eu não posso passar a vida inteira tendo aventuras com você, Zelda. Sou um homem de respeito em Greendale agora, preciso de uma família, uma esposa que me dê um herdeiro. Marquei um jantar com a família de Constance hoje, irei pedir sua mão em casamento. – ele disse sério e Zelda teve que se sentar contra a cabeceira da cama para assimilar se era realmente aquilo que estava ouvindo.

— E quanto a mim Faustus?

— Somos amigos, Zelda. E continuaremos sendo, só não poderemos compartilhar mais esses tipos de intimidades.

— Você não pode está falando sério. Eu me entreguei a você por anos, desde que nos conhecemos.

— Eu sei, eu sei. Mais eu não quero que meu filho tenha esse tipo de mãe como exemplo.

Zelda sentiu-se humilhada e não demorou muito para seus olhos se encherem de lágrimas com o significado por trás dessas palavras.

— Que tipo de mãe eu séria então, Faustus?

— Zelda, por favor, não complique as coisas.

— Eu quero ouvir você dizer. – a ruiva levantou-se da cama trazendo os lenções para cobrir sua nudez, encarou-o de frente, fúria se apossando de seus olhos e um pouco ofegante pela adrenalina da conversa. – Diga!

— Já que você faz tanta questão de saber, eu digo. Não quero que meu filho tenha um exemplo de mãe vagabunda, que se deita com outros homens sem compromisso.

— Você me deve respeito! Eu nunca me deitei com outro além de você. Seu ingrato!

Zelda colocou um tapa no rosto do homem descontando toda a sua raiva, contudo para sua surpresa Faustus o revidou no mesmo segundo e por ele ser mais forte, Zelda caiu no chão depois do impacto.