N/A - A Foto utilizada aqui, foi encontrada na internet. O crédito vai para o autor da foto.
O tempo passava rápido. A recuperação de Krist era impressionante. Em breve faria um ano e meio do acidente e ele já havia conseguido se livrar das muletas. Naquele final de semana, Singto avisou que seria o aniversário de sua irmãzinha e que iria ao cemitério colocar flores. Perguntou se Krist gostaria de acompanhá-lo. Ele poderia conhecer sua irmã e aproveitar para visitar o túmulo de Anong. Krist aceitou o convite de imediato.
Com tudo acertado, no começo da manhã do sábado, a Sra Marila chegou para ficar com Myna. Trazia dois ramalhetes de rosas, um para sua filha e outro para Anong. O primeiro ela entregou a Singto enquanto dizia:
- Esse aqui é para sua irmã. Diga a ela que nós sentimos falta dela todos os dias. Depois virou-se para Krist e entregou o segundo ramalhete enquanto falava:
- Esse aqui é pra sua Anong. Por favor, diga a ela que fique tranquila. Que vocês fazem parte de uma nova família. Que ama muito vocês e sempre irá fazer o possível para serem felizes. Enquanto terminava de falar, percebendo como os olhos de Krist ficaram cheios de lágrima, ela o puxou para um abraço e deu um beijo em sua face.
- Agora não vamos ficar tristes. Eu quero saber onde está a princesinha da vovó? Falou a Sra Marila com um enorme sorriso no rosto.
- MYNA! Vovó chegou, meu amor! Gritou a Sra Marila e foi entrando na casa em busca de sua netinha, deixando os dois homens com um sorriso estampado no rosto.
O caminho até o cemitério foi silencioso e tranquilo. Singto sabia que depois de tanto tempo, muitas coisas estavam se passando na cabeça de Krist e ele não queria atrapalhar esse momento.
Antes de entrarem no cemitério, Singto parou numa floricultura. Apesar de trazer os ramalhetes que sua mãe havia comprado, ele queria comprar um pequeno arranjo de lírios brancos pra Anong. Krist havia dito anteriormente que eram suas flores preferidas e ele gostaria de fazer uma homenagem especial para ela.
Quando chegaram a área que pertencia a família Prachaya, Singto mostrou onde a lápide de Anong se encontrava. Ele sabia que Krist tinha necessidade de ficar só por um momento. Então, avisou que o deixaria sozinho por um tempo e depois iriam juntos ao túmulo de sua irmã, se afastando em seguida.
Krist se ajoelhou em frente ao túmulo de Anong e em seguida colocou o ramalhete de flores sobre a lápide, antes de começar a conversar com ela.
- Olá, Anong. Faz tempo, né! Eu não pude vir antes porque ainda estava me recuperando. Foi minha nova mãe que mandou essas flores pra você. Ela disse que é pra você ficar tranquila que eles vão cuidar bem de mim e de Myna. Pois é; nossa filha se chama Myna. Ela é uma menina bem esperta e está cada dia mais linda. Quem poderia imaginar que em meio a essa tragédia eu e Myna seríamos adotados por uma nova família. Por favor, perdoe-me que não pude salvar você! Terminou de falar com sua voz já falhando, antes de cair em um choro bastante sentido.
Ao ver o choro de Krist, Singto imediatamente se aproximou para dar seu apoio e, mesmo sem dizer uma palavra, colocou a mão em seu ombro para que ele soubesse que não estava só. Esperou o tempo necessário para Krist chorar suas tristezas e mágoas. Quando Krist parou de chorar e se levantou, apenas olhou pra Singto e agradeceu. Singto disse que também tinha algo a falar com Anong e pediu pra ficar um pouco a sós com ela. Assim que Krist se afastou um pouco, Singto colocou o arranjo de lírios que ele trouxe para ela e começou a falar:
- Esses lírios daqui fui eu que escolhi para você. Sei que são as suas preferidas porque o Krist me falou. Eu realmente fico triste por tudo que aconteceu, gostaria muito que nossas vidas tivessem sido diferentes, mas quero que você saiba que eu amo muito a Myna. Eu a trato como minha filha e daria minha vida por ela. Eu também amo muito o Krist e quero que você saiba que se houver alguma chance entre a gente, eu farei o meu melhor para que ele seja cada vez mais feliz. Por favor, onde você estiver, fique em paz. Te prometo que faremos o nosso melhor pela sua família.
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O Fisioterapeuta (Portugues-BR)
FanfictionDepois de uma curva, o caminhão apenas estava lá! Vinha pela contra mão em direção ao carro que Krist dirigia. Mesmo puxando o carro para o acostamento, não foi rápido o suficiente. O caminhão bateu com tudo no veículo, que, além de ter sido jogado...