Naquele fim de semana, Singto não voltou pra casa nem atendeu as ligações de Krist. Na segunda feira ele também não compareceu à clínica. Apenas ligou dizendo que tiraria alguns dias de licença e que suas consultas fossem repassadas para outros profissionais. Mesmo sem querer envolver sua mãe em seus problemas, Krist não teve outra opção a não ser ligar pra ela, quando, uma semana depois, ele continuava sem notícias ou qualquer contato de Singto. Ele precisava desesperadamente do apoio dela.
Quando a Sra Marila chegou na casa de Krist, encontrou o homem incrivelmente abatido. Com olheiras profundas, olhos vermelhos e inchados, além de ter perdido bastante peso. Se ela não o conhecesse seria capaz de dizer que ele tinha sofrido um acidente ou estava bastante doente. Era visível o sofrimento pelo qual Krist estava passando. Ela caminhou até ele puxando-o para um abraço, o que fez ele chorar ainda mais.
- Shhhh! Não chore, meu filho. Vai ficar tudo bem! Falou a Sra Marila enquanto esfregava as costas de Krist numa tentativa de consolá-lo
- Ele me odeia. Ele não atende minhas ligações nem responde minhas mensagens. Falou Krist, tentando controlar o choro.
- Ele está magoado! Só precisa de um pouco de tempo. Falou a Sra Marila.
- Magoado? Ele falou o que houve? Perguntou Krist.
- Falou sim. Respondeu a Sra Marila.
- Ele também disse o que falou pra mim? Quis saber Krist. Ou ele acha que as palavras dele não me magoaram?
- Eu disse que vocês deveriam conversar, mas ele está bastante chateado. Disse a Sra Marila.
- E você está bem com isso? Perguntou Krist.
- Com vocês dois brigados? Claro que não! Respondeu a Sra Marila com uma voz bem zangada.
- Não com a briga. Falou Krist de forma tímida, com seu olhar virado para o chão.
- Ah... de vocês se tornarem um casal? Claro que estou bem. Acho que Singto não podia gostar de alguém melhor do que você. Mas vamos ser honestos, Krist. Ninguém faz uma declaração de amor dizendo que quer mostrar gratidão!
- Não, mãe! Ele entendeu tudo errado. É claro que eu sou grato. Sou grato por tudo! Sou grato por ele ter assumido a Myna, sou grato por ele ter cuidado de mim, mas, principalmente, por ele ter tido paciência em esperar que eu me apaixonasse por ele, sem nunca pedir nada em troca. Ele nem me deu a chance de terminar o que estava falando. Só fez me agredir com palavras. Quando ele insinuou que eu queria dormir com ele, como forma de pagamento, só pra agradecer o que ele fez por mim, ele me comparou a um prostituto. Eu jamais faria isso, principalmente com alguém como ele. Terminou de falar Krist, já chorando de novo.
- Oh, meu bebê! Falou a Sra Marila, dando um novo abraço em Krist e percebendo o quanto Singto foi injusto quando se precipitou no seu julgamento.
- Mãe, você me ajuda com uma coisa? Perguntou Krist.
- Claro, meu querido. O que você quiser! Respondeu sua mãe.
...
Quando a Sra Marila chegou em casa com Myna, o Sr Krekkay e Singto correram pra abraçar a garota. De forma sarcástica, Singto perguntou:
- Ele deixou você trazer a Myna? Pensei que ele fosse usá-la para querer falar comigo.
- Não! Foi bem diferente disso! Ele falou que jamais iria separar Myna da gente. Inclusive, ele disse que se você quiser já pode voltar pra sua casa. Falou a Sra Marila jogando a chave da casa pra Singto.
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O Fisioterapeuta (Portugues-BR)
FanfictionDepois de uma curva, o caminhão apenas estava lá! Vinha pela contra mão em direção ao carro que Krist dirigia. Mesmo puxando o carro para o acostamento, não foi rápido o suficiente. O caminhão bateu com tudo no veículo, que, além de ter sido jogado...