Boa Garota.

595 45 8
                                    


**BRUNNA**

Peguei em sua mão e senti que estava tremendo. De fato, não queria que ela tivesse medo. Mas um pouco de receio, alguma antecipação nervosa era um desafio de que eu sempre apreciava. E Ludmilla era incrivelmente linda, com aquele volume de cabelos pretos longos e soltos ao redor do rosto combinavam restritamente com seus os olhos intensos, selvagens e brilhantes.

A levei a um canto mais escuro do salão, para uma grande cadeira de couro vermelho de amplo assento e sem braços. Coloquei ali perto minha maleta negra, com instrumentos de escravidão e sadomasoquismo – palmatórias, chicotes, varas, abraçadeiras...

– O que é isso? – Ludmilla perguntou, olhando para a cadeira.

– Quer alguma coisa mais contundente para sua primeira experiência? – lhe perguntei, brincando um pouco com ela. 

– Não sei.

Minha expressão continuava totalmente séria. Ela mantinha os músculos se flexionando em sua mandíbula e estava tentando arduamente intelectualizar sua incursão naquilo. Teria de aprender que tal atitude não funcionava naquele ambiente. Eu iria conduzi-la para além das reviravoltas de sua mente. Precisava desarmá-la. Então, dei o primeiro passo. Me virei e retirei a blusa, ficando apenas de top,  em seguida pus minha jaqueta de couro preta. Eu estava pronta. Seus olhos acompanhavam os meus movimentos e claro eu fazia questão de não olha-la, não agora. Ao longe ouvia a sua respiração enquanto eu retirava aos poucos os objetos da maleta. Descompassada, envolvente e sedutora. Eu estava a torturando e isso me excitava. 

– Agora, tire suas roupas.

– O quê?

Ela deu um passo atrás, afastando-se, o que me fez sorrir. Não pude evitar.

– Na certa, não pensou em entrar nesse jogo totalmente vestida, pensou?

O rosto dela não denotava verdadeira surpresa. Estava somente um pouco chocada com o fato daquilo estar acontecendo. Ficou em silêncio por um instante e, depois, sem dizer uma só palavra, virou-se de costas e começou a puxar lentamente o seu longo cabelo negro para frente, levou suas mãos para suas coxas elevando o vestido transparente até sair pelo pescoço, revelando seu Body branco extremamente sexy em renda e a sua avantajada bunda num expressivo fio dental. Não pude deixar de vidrar meus olhos naquela estrutura harmoniosamente quente, assim como não pude deixar de molhar meus lábios que ficaram secos com o calor daquele corpo. 

Ao virar-se de frente, manteve seus olhos fixos nos meus onde pude perceber que os mesmos  já não conservavam o tom de vergonha anterior. Uma devassa. Sim. Em pleno silêncio e insinuante posição de desnudez estava se propagando. Sabia que isso fazia parte do processo. E era o que eu esperava de uma mulher que se mantinha em estreito controle. Cada movimento tornava-se mais atraente para mim: a batalha que eu sabia que estava sendo travada em seu interior. O anseio que ela tinha por fazer isso, de qualquer forma.

Cruzei os braços e esperei enquanto ela abaixava as alças do Body revelando seus seios médios; inteiros e seguros. Segui com a boca de longe vendo os bicos duros apontados pra mim. Ao descer toda a vestimenta pude ver o gracioso ramo de ameixeira tatuado em seu quadril. Um desenho delicado que se contrastava com seu fabuloso leão imponente desenhado em seu braço. Um corpo selvagem e enigmático. Seu olhar mostrava inocência e em outro momento exalava erotismo ao jogar suas roupas para mim. Restou-se apenas uma micro calcinha de tom da pele, como um tapa sexo, onde repousou sua mão e em seguida me olhou quando ouviu meu tom de voz.

- Pare! Esta peça, pode ficar. Ansiava por vê-la completamente entregue com a carne nua e receptiva, mas não seria tão malvada a ponto de saber que ultrapassaria seu limite inicial de conforto.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 09, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

_FETICHE_Onde histórias criam vida. Descubra agora