Bônus: Juju abelhinha e Príncipe Lukey

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Luke's PoV

11 anos antes...

Acordo no hospital e minha cabeça tá doendo. Não lembro muito bem do que aconteceu mas, sei que foi algo bem grave. Tô todo machucado e acho que quebrei o braço. Olho pro lado e vejo mamãe de mãos dadas com papai olhando pra baixo.

- Mamãe, papai? O que aconteceu? Por que vocês estão chorando?

- Luke! Graças a Deus você está bem!- Minha mãe diz

- Eu sou um menino forte mamãe!- digo pra ela que ainda fazia carinho no meu rosto.

- Ficamos com tanto medo de te perder!- meu pai fala

- Mas o que aconteceu?

- A nossa casa filho, desabou! Você ficou soterrado.- Mamãe diz e as imagens surgem como flashes na minha mente

- É verdade! Achei que vocês tinham morrido!- olho pela janela e vejo que ainda está chovendo. Não sei explicar mas de alguma forma, sinto um medo inexplicável da chuva.- E... essa chuva, não tem risco de desabar nada? Mamãe! Não Quero ficar soterrado de novo!

- Calma meu amor, não tem risco não, tá? Fica calmo. A mamãe está aqui com você pra te proteger!- ela diz e me sinto melhor. Logo depois a médica vem me examinar e mexe nos aparelhos que fazem bip. Gosto de pensar que sou um robô intergalactico e tenho muitos fios e equipamentos.

Estou brincando com meu aviãozinho quando uma garota de óculos entra na sala de mãos dadas com a enfermeira de cabelos cacheados. Ela usa meias listradas amarelas e pretas e chupa um pirulito vermelho, além de carregar uma boneca. Ela sorri pra mim e vejo que está trocando os dois dentes da frente e tá com uma janelinha muito engraçada.

Sorrio de volta pra ela e ela puxa a enfermeira, pedindo pra ir até mim. Ela deixa e a menina vem até minha cama.

- Oi! Eu sou a Julie. Como é seu nome? Você é novo aqui? Nunca tinha te visto. O que aconteceu com você?- ela pergunta tudo de uma vez me deixando tonto.

- Oi, eu sou o Luke. Acho que cheguei aqui ontem. Minha casa desabou!- digo pausadamente.

- Ah, prazer Luke! Eu sou filha da Rose, aquela enfermeira ali!- ela diz e aponta pra mãe dela que está atendendo outro paciente- Eu sinto muito pela sua casa. Quer morar comigo? Na minha casa tem bastante espaço.

Rio.

- Não. Obrigado!

- Cadê seus pais?- ela pergunta

- Foram fazer um lanche. Então a sua mãe é enfermeira?

- Aham, a melhor que eu conheço. Ela cura qualquer doença com amor e carinho! Eu amo a minha mamãe!- a menina diz- todo dia ela me traz pra casa depois da aula.

Ficamos em silêncio. Mas a garota parece gostar de falar.

- Você é todo caladão né? Gostei de você!- ela diz e da um tapinha no meu ombro.

- Ai! Doeu

- Desculpa, não quis te machucar. Minha mãe diz que um beijinho resolve!- ela diz e beija meu ombro.

- Como é o nome da sua boneca?- pergunto pra ela

- Dalia, é a flor preferida da minha mãe.

- Que nome lindo! Será que ela quer dar uma volta no meu avião?

- Deixa eu perguntar.- ela faz uma pausa e coloca a boneca no ouvido.- ela quer sim!- E sorri de novo, assim como eu sorrio com ela.

Brincamos juntos até meus pais chegarem e a Julie precisar ir embora. Mas ela prometeu voltar pra brincar comigo no outro dia.

Comecei a chamar ela de Juju abelhinha porque todo dia ela tava com aquelas meias listradas. Depois de alguns dias, eu pude começar a andar pelo hospital e nós dois nos aventuramos juntos por lá. Aí um dia, ela veio fantasiada de princesa. E inventou uma festa do chá com todo mundo e me obrigou a ser o príncipe dela. Depois desse dia, ela começou a me chamar de príncipe Lukey. Brincamos juntos por duas semanas, pois eu ainda precisava ficar no hospital pra melhorar bastante.

Então, chegou o dia de eu ir embora do hospital. Como era mesmo o nome que a mamãe deu? Baixa, lisa, alta. Acho que é alta. E eu fiquei muito triste, pois não queria deixar minha amiguinha. Estamos nos despedindo no estacionamento.

- Você já vai?- ela pergunta.

- Já! Que pena. Gostei muito de brincar com você. Juju abelhinha!

- Eu também, príncipe Lukey. Vem me visitar no hospital, ou vai qualquer dia lá em casa brincar comigo!- ela diz e anotamos o endereço.

- Tchau Julie!- digo e ela chora.

- Tchau Luke!- ela diz e a abraço.

Entro no carro e olho pra trás, vejo ela com sua mãe de mãos dadas, vendo o carro se afastar.

Acabamos perdendo o papel do endereço e nunca mais a vi. Quando fomos no hospital visitar ela, fomos informados que a mãe dela havia saído do hospital pois ia ter um restaurante e tal. E não sabíamos o endereço. Então acabei perdendo contato com minha amiguinha do hospital que eu amei conhecer.

 Então acabei perdendo contato com minha amiguinha do hospital que eu amei conhecer

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Só imaginem a Julie e o Luke

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Só imaginem a Julie e o Luke.

After the MidnightOnde histórias criam vida. Descubra agora