Dark Angel: Ch. 2

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*Elena POV*

Acordei num quarto estranho, mal consigo abrir os olhos mas consigo perceber que estão duas pessoas à minha frente. Consigo ouvi-las falar quietamente, mas não consigo ouvir claramente o que estão a dizer. A minha cabeça está a bater tão forte, que tenho quase a certeza que vai explodir.

O meu corpo está dorido e a minha garganta está seca. Preciso de água.

A última coisa que me consigo lembrar é de tenta evitar o idiota que estava à frente do meu carro. Oh. Meu. Deus. O que é que aconteceu com o rapaz que eu bati? Ele está bem? Matei-o? Tenho milhões de perguntas a passear na minha mente.

Gritei.

Virei a cabeça para ver que as duas pessoas que estão no quarto são o doutor e a minha mãe, sentei-me rapidamente. A minha mãe vem a correr para o meu lado e o doutor deixa-nos sozinhas para falarmos.

“Elena! Estás acordada! Como é que te sentes? Oh Meu Deus, assustas-me tanto, eu pensei que nunca irias acordar!” A minha mãe chorava, lágrimas começavam a formar-se nos seus olhos escuros.

“Mãe, onde é que ele está? Eu matei-o não foi? Eu juro que não foi de propósito, ele apenas apareceu na estrada mesmo à minha frente, e eu bati nele. O que é que eu faço? Eu vou para a prisão!” Gritei, depois deitei-me na cama apercebendo-me o quanto fraca estou. Não tenho força para me sentar durante muito tempo.

“Do que é que estás a falar? Que homem?” A minha mãe pergunta completamente confusa, com um olhar ligeiramente confuso na sua cara.

“O homem que eu bati com o meu carro! O que é que lhe aconteceu?” Gritei um pouco mais alto do que devia.

“Elena, querida, tu não bateste num homem. Não havia mais ninguém na cena. Tens de te acalmar, provavelmente estás um bocado abalada devido ao acidente. Precisas de algo para comer. Eu vou lá abaixo à cafetaria e trago-te qualquer coisa leve, parece-te bem?” Ela pergunta levantando-se e dirigindo-se à porta.

“Mãe, eu não sou maluca! Eu lembro-me de bater nele! Essa foi a razão de o meu carro ter virado!” Eu aclamo. Uma lágrima desliza para a minha bochecha, mas rapidamente limpo-a.

“Ok Elena, deita-te e relaxa, eu já volto.” Ela diz antes de sair do quarto e fechar a porta silenciosamente atrás dela.

Porque é que ela não acredita em mim? Onde é que está o homem que atingi? Eu lembro-me de o atingi. Ele não podia simplesmente desaparece, e se ele morreu, alguém deve tê-lo visto na cena. Como é que ele podia sobrevive ao acidente? Eu ia a oitenta quilómetros por hora na estrada! Ainda estou confusa e a minha cabeça ainda dói. A minha mãe está certa, preciso de alguma coisa para come, o meu estomago está-se a manifestar. Não comi desde as dez e meia desta manhã e pelo que parece lá fora é bastante tarde.

O doutor volta ao quarto com uma placa de grampo e alguns comprimidos.

“Olá Elena, sou o Dr. White, como te sentes? Estiveste num acidente terrível.” O doutor com voz monótona diz.

“Estou bem, apenas com dor de cabeça. Onde é que está o homem que bati? Tenho a certeza que ele está muito ferido.” Perguntei na esperança que ele soubesse algo sobre o homem que possivelmente matei.

“Desculpa, qual homem?” Ele pergunta um bocado confuso.

“O homem que eu bati com o meu carro! ELE foi o que causou que o meu carro virasse e a razão do porquê de eu estar nesta situação!” Disse alto, tentado meter aquilo na sua cabeça.

Ele dá um passo para trás, obviamente surpreendido pela minha explosão súbita.

“Desculpe. Não era a minha intensão elevar a voz.” Disse embaraçada, olhando para as minhas mãos.

“Não faz mal Elena, eu sei que ainda estás abalada devido ao acidente, tenho aqui alguns comprimidos que irão facilitar a dor que estás a sentir. Toma dois a cada seis horas. Apenas avisa-me ou a uma das enfermeiras se precisares de mais alguma coisa.” Ele disse sorrindo, e abandona do quarto.

***

Já nem tenho fome. Tudo o que consigo pensar é sobre o homem que feri, e onde é que ele está. Sinto-me doente, e não consigo mais ficar neste sítio terrível. Fico com náuseas só de pensar em ficar cá a noite. Estive acordada por apenas 45 minutos e preciso de sair. Espero pelo que parece trinta minutos para que a minha mãe volte. Finalmente chega ao quarto com um pequeno tabuleiro.

“Ok, trouxe-te uma sandes de queijo e fiambre com –”

“Mãe, podemos ir para casa? Este sítio está a pôr-me doente.” Perguntei antes de ela acabar a sua frase.

“Mas Elena estiveste num acidente muito sério, estás no hospital à apenas algumas horas. O doutor recomendou que ficasses a noite. Eu-”

“Mãe por favor, eu estou bem. Podemos só assinar os papéis e vamos embora?” Perguntei interrompendo-a novamente.

“Ok, vou falar com o doutor e vamos logo para casa.” Ela disse. Agarrou na sua bolsa e abandonou o quarto sem dizer uma única palavra.

Dark Angel (H.S) - PtWhere stories live. Discover now