Jimin não era para se sentir miserável e infeliz, a sofrer de uma perturbação alimentar... Jimin não era para ter um anel no dedo e um contracto de casamento assinado.
Jeon Jungkook não era um homem fácil de conviver, sempre de mau humor, possessiv...
Chegando a casa, depois da intensa reunião com o senhor Jeon ou o meu ex marido, enfiei-me logo debaixo do chuveiro a derramar lágrimas de tristeza acumulada, desespero e de quem já não se conhecia a si mesmo. Por certo que não tinha os melhores pais do mundo e cedo me tinha apercebido disso, porém ocultarem algo tão importante de mim era demais. Fiquei debaixo da água quente durante largos minutos, a ventilar todas as minhas emoções. Teria ficado mais tempo se o Jin hyung não me tivesse interrompido com uma chamada, que atendi sem forças.
- Hyung...
- Jimin, estás a chorar? Eu estou à tua porta, vinha trazer umas coisas, podes abrir a porta?
Embrulhei-me à pressa no meu robe turco e fui abrir a porta ao Jin hyung. Ele era a minha salvação naquele momento. Assim que entrou e pousou um saco de papel que trazia, puxou-me para um forte abraço, o abraço reconfortante que aguardava.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(Lindo, maravilhoso, espectacular, talentoso, generoso, divertido... Sem defeitos! 😍😍)
- Como é que correu? Existe algum problema com os papéis do divórcio ou com a empresa dos teus pais? - Acenei que não com a cabeça, a tentar limpar as lágrimas e controlar os soluços. - Tudo bem, leva o tempo que precisares. Vamos, senta-te um bocadinho enquanto eu preparo um chá bem quente.
Eventualmente consegui acalmar os nervos, as lágrimas e toda a intensidade com que estava a lidar com a novidade dada pelo senhor Jeon. O chá era de camomila, bem quente e apenas adocicado com mel. O Jin hyung percebeu a minha relutância, mas ainda assim incentivou a que fosse bebendo o chá. Tudo o que era doce eu rejeitava, por medo de engordar.
- Os meus pais esconderam de mim algo muito importante. Pelos vistos eu posso engravidar, porque tenho um útero. Se o senhor Jeon não me tivesse dito, eu nunca saberia. - O Jin praticamente congelou a olhar para mim, sem reação durante uns segundos. Dava para ver a confusão no seu olhar. - Como é que é possível?
- Nunca ouvi falar de um caso como o teu, deve ser extremamente raro. O importante é que agora sabes e se um dia estiveres numa relação com alguém, têm de usar proteção sempre e até que decidam ter filhos.
- E a pessoa vai pensar o quê de mim?
- Jimin, tenho a certeza que se a pessoa gostar mesmo de ti não se vai importar em nada com o facto de poderes engravidar. Até pode ser visto como uma benção. Não estou é a perceber por que é que o senhor Jeon te chamou apenas para dar uma notícia dessas. Era objectivo dele dizer depois do divórcio para fazer chantagem?
- Não, ele achava que eu sabia. A conversa sobre eu poder engravidar veio a propósito da divisão de bens. Ele disse que se tivéssemos gerado um herdeiro, teria sido um processo mais burocrático. Como é óbvio que achei estranho. Ele queria que eu ficasse com acesso a uma conta bancária, que está em meu nome, a um apartamento em Seul e a uma casa na ilha de Jeju. Recusei tudo, não quero ficar com nada que seja dele.
