C A P Í T U L O - 59

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Narradora (ON)

– Oh meu Deus, ela é tão perfeita. — Irene murmurou pegando Shuhua em seus braços pela primeira vez com o máximo de cuidado possível.

  Sua bebê era tão pequenina, tão delicada e frágil, tão linda. O coração de Irene enchia-se de amor a cada vez que seus olhos piscavam e ela olhava para a nenê em seus braços, feliz por aquilo ser real e não um sonho bom. Shuhua era sua pequena preciosidade.

  Irene passou a ponta de seus dedos na pele macia de seu rosto sentindo o cheiro bom que vinha de sua menininha, ela se inclinou um pouco levantando a menina até a altura de seu rosto, beijando demoradamente a testa da neném, sentindo um incômodo em sua garganta e lágrimas encherem os olhos.

  Em toda sua vida Irene nunca sentiu uma felicidade como aquela, nunca sentiu-se tão realizada. Seulgi era sua esposa, que tinha lhe dado — apesar das circunstâncias dolorosas —, uma linda filha, pois Yeji era sua, era sua de coração, de alma, e agora elas tinham Shuhua, seu milagre, sua preciosidade em seus braços.

  A neném soltou alguns resmungos e mexeu os bracinhos, abrindo os olhinhos, mostrando-os castanhos como os de sua mãe, o olho puxadinho igual de Irene, torcendo a boquinha para o lado enquanto resmungava baixo. Irene olhou para a enfermeira parada na porta, com os braços cruzados sorrindo docemente para elas.

– Agora acho que ela está com fome. — a senhora de idade avançada aproximou-se tocando o cabelo preto ralo da menina. – Shuhua tem os seus olhos.

– Sim, ela tem. — Irene voltou a olhar para a filha sentindo as lágrimas molharem o rosto pálido. – Minha pequena preciosidade. — tocou a ponta de seu nariz, sorrindo. – Antes você pode chamar a minha esposa, minha mãe e minha filha, bom... — a loira mordeu os lábios lembrando-se dos momentos angustiantes antes de Shuhua vir ao mundo. – Elas estavam tão preocupadas, todas estavam na verdade.

– E elas estão todas na sala de espera, e uma das moças que chegou com você deu a luz também, Olívia, é uma linda bebê. — a mulher sorriu.

– Mina. — Irene murmurou logo olhando para a filha que começou a chorar. – Princesa, mamãe Seulgi está vindo, não chore tanto. — balançou-a – Pode chamá-la por favor?

– Claro. — a mulher afirmou e logo saiu do quarto em passos largos e rápidos.

  Irene suspirou balançando a nenê que aos poucos voltou a se acalmar, olhando com olhinhos castanhos para Irene, piscando-os lentamente enquanto resmungava. Fisicamente ela estava esgotada, mas emocionalmente sentia que sua felicidade era tanta que ela poderia explodir, nada no mundo comparava-se ao amor de mãe, aquele sentimento maravilhoso e genuíno em seu peito.

– Você é forte como a mamãe pediu meu doce, você aguentou firme, meu pequeno anjo. Eu quis tanto você, Seulgi, sua outra mamãe e Yeji sua irmã mais velha também quiseram você, muito mesmo. — Irene beijou novamente a filha sentindo que já não podia mais conter suas lágrimas. – Senti tanto medo de perder você Shuhua, mamãe sentiu tanto medo de não aguentar e perder você. — ela apertou os olhos soluçando. – Mas agora você está aqui comigo e eu prometo que darei o meu melhor para você, que serei a melhor mãe que puder pra você minha pequena. Eu te amo tanto.

  Irene não se cansava de repetir aquelas palavras, não se cansava de sentir o cheiro de sua menina, da sensação maravilhosa que era ter Shuhua em seus braços depois de tanto tempo de espera.

Towers | Seulrene Version✓Onde histórias criam vida. Descubra agora