VI - Street art

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Olá, tudo bem com vocês? Me chamo Izadora e sou um pouco tímida. Eu decidi começar a escrever essa história, pois, a quarentena estava um tédio. Qualquer dúvida que tiverem, eu vou estar respondendo nos comentários.... Meu twitter caso queiram me chamar está logo abaixo da leitura e espero que vocês estejam gostando da história. Decidi escrever sobre babitan porque eu shippo muito e também porque, como é um 'casal' que o povo está conhecendo agora, eu acho que precisa de visibilidade. Quando alguma música representar o capítulo, eu vou indicar o nome. Os capítulos têm em torno de 3mil palavras, então, eu vou demorar um pouco para postar (porque eu tenho mania de revisar muito, para não ter erro). Boa leitura!

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2 de junho de 2015, Terceiro dia de viagem

"Daria tudo que sei pela metade do que ignoro. – René Descartes"

Recapitulando...

Ficaram satisfeitas quando atravessaram juntas a entrada do shopping pela última vez, o carro se encontrava cheio de compras e cada uma exausta de tanto andar, decidiram por deixar o barzinho para o dia seguinte e por hoje optaram em jantar no hotel.

Sobre os pensamentos de Bárbara e Carol, iriam conversar em outra hora.

*

As pessoas normalmente associam o sexo casual como algo de uma noite, quando na verdade está relacionado ao fato de pessoas transarem umas com as outras, sem estarem em um relacionamento. O que aconteceu com Bárbara e Carol é muito comum, até entre amigos, o que pega é quando alguma das partes envolvidas tem sentimentos pela pessoa com quem cometeu o ato. Mas como não era o caso, era fácil de resolver, alguns até dizem que fortalece a amizade. As duas estavam de boa com tudo, só precisavam mesmo deixar isso claro uma para a outra, para assim, pararem de agir como se alguém estivesse em dúvida sobre algo, quando na verdade, estava tudo mais que claro, foi coisa de uma noite.

Ontem no jantar, elas conversaram sobre coisas cotidianas, se conheceram mais e brincaram umas com as outras sobre situações que já ocorreram na vida de ambas, enquanto contavam histórias do passado.

Hoje pela manhã, Carol aproveitou que todas estavam dormindo e fez algo que estava sentindo falta nesses últimos dois dias. Correr. Pegou uma roupa para esse tipo de coisa, como já estava habituada e saiu do hotel para movimentar - se. Sentia uma sensação tão boa enquanto via as pessoas passarem atrás dela, sentadas em baixo do seus guarda-sóis, tomando suas águas de coco, pulando ondas na água, admirando o sol ou construindo artes com as mãos na areia. Vento. Batia em seu rosto, deixava seu corpo em alerta e alterava sua resistência. Sombra. Diferente de correr na cidade, onde alguns locais pegavam sombra, ela tinha que ficar o tempo todo exposta a energia solar e isso não lhe cai-a bem, mas naquele momento, não podia se importar menos. Cidadãos. Isso sim a intrigava, o fato do mundo ser tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno. Como você conhece pessoas que as vezes nem moram no lugar onde você foi criada, se apaixona e procede uma família. Ou como quando uns se importavam tanto com as atitudes dos outros, incapazes de cuidar das próprias vidas e interferem na de outras pessoas para destilar o mau, falar besteiras e impor algo que não tem direito. Animais. Pequenas criaturas que deveriam ser eternas e fortes para ninguém conseguir encostar sem permissão, anjos caídos. Isso era tudo que Carolina via quando sai do conforto da sua casa, apenas para analisar tudo fora dela.

Como qualquer ser humano ela precisava desse tempo para si, para pensar, refletir e respirar ar puro sem ser interrompida ou questionada de algo. O fato de estar em outra cidade só ajudava nisso, não precisava acenar para ninguém que talvez a conheça ao longa da sua corrida e nem de se preocupar em chegar no horário, não correr além da conta, porque está de férias, não tinha que chegar em casa e ter de ir a empresa. Talvez fosse isso que queria, relaxar sem se importar com mais nada.

Coward (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora