25 de abril de 2015, Dia da premiação.
"Lembre-se do que sua bisavó dizia:
Regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, porque sem cuidar, nada floresce. - Martha Medeiros"
Pansexual (s.): é o indivíduo que aprecia e é atraído por pessoas de todos os tipos de gêneros ou orientações sexuais. Os pansexuais não se limitam apenas ao gênero masculino ou feminino ou a uma determinada orientação sexual;
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Carolina estava quase quicando na cadeira de tamanho nervosismo, hoje ela concorreria ao prêmio Pulitzer na categoria de Fotografia Especial, estava ali representando o New York Times, jornal esse que ela era sócia, conseguindo assim concorrer, pois só entra na premiação matérias e fotografias publicadas por jornais. Cinquenta por cento do jornal era dela, pois quando seus avós morreram, ela já tinha idade suficiente para cuidar de tudo, herdando assim um dos jornais mais cobiçados do mundo. Mas voltando ao assunto do Pulitzer, em 2014 ela registrou uma das suas melhores sequências de fotos, sendo essas relacionadas as manifestações contra o racismo que ocorriam nas cidades do Estados Unidos. A primeira foto é uma ilustração clara de inúmeras pessoas negras cercando um prédio onde reluzia o nome do presidente, Donald Trump. Na imagem as pessoas erguiam seus braços para cima com os punhos fechados, sinalizando que seus sentimentos estavam sendo expressos nos apertos da mão. Já a segunda foi tirada a noite, pessoas colocavam fogo na bandeira dos Estados Unidos enquanto outras que estavam em volta repetiam o ato de levantar os braços para cima, dando a imagem um efeito de poder e uma iluminação sensacional. Tudo aquilo acontecia pela morte de um homem negro e jovem causada por um policial. As manifestações na época foram intensas e duradouras, chegando a durar mais de 4 dias. Carolina além de tudo, também era ativista e presava pelos direitos humanos, além claro, de odiar a política de Trump. Foi para as manifestações como a boa militante que é e de quebra aproveitou para detalhar o que acontecia, sempre com sua câmera pendurada ao pescoço.
Suas fotos logo chamaram a atenção do público, pois a primeira mostrava o rancor pelo presidente e a segunda porque o maior orgulho dos Estados Unidos sempre foi se vangloriar com a sua bandeira e agora estavam a queimando.
Carolina se encontrava sentada em sua mesa no salão principal de onde acontecia o evento, estava magnífica, trajava um vestido preto sem mangas com efeitos de pinceladas roxas, algumas na cor clara e outras na cor escura, dando ao vestido um ar de luxúria. Pescoço e ombros expostos dando a impressão de alguém prepotente, no rosto uma maquiagem leve que destacava seus olhos, um batom da mesma cor dos lábios, brincos prateados e por fim seus anéis que fechavam o pacote. Em sua pele três tatuagens a marcavam, todas com seus devidos significados. Sim, aquela mulher vivia para matar.
A premiação era administrada pela Universidade de Colúmbia, ali mesmo em Nova Iorque. Foi criada em 1917 quando Joseph Pulitzer morreu e deixou seu dinheiro para a universidade, dando início ao projeto. Os prêmios eram anuais e divididos em 21 categorias. Em vinte delas, os vencedores recebem um prêmio de dez mil dólares em dinheiro e um certificado.
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Carolina estava sozinha aquela noite, ela e sua família tiveram um desentendimento logo que Carolina admitiu ser pansexual, quando eles descobriram. Não a aceitavam pois eram religiosos e para eles aquilo era inadmissível. Seus colegas de trabalho ficavam com inveja da mesma e com isso ela quase não tinha muitos amigos e claro que ela não convidaria seus empregados, pois eles tentariam puxar seu saco. Sua vida amorosa não estava nenhum pouco agitada e com isso quero dizer que ela não tinha companheira (o). Por isso, estava sozinha em uma mesa para 4 pessoas, mas ela não parecia se importar.
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Coward (PAUSADA)
Fanfiction"A mente humana é programada para cometer erros, isso implica ser necessário toda a sorte para algo sempre sair como planejado. Para mim não faz o menor sentido a palavra perfeito existir se ela nem pode ser usada. Por isso, que cometemos falhas com...