VII - Park

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3 de junho de 2015, Ainda em viagem

"Procuro um momento que dure uma vida. - Filme, Casa Nova"

Recapitulando...

Ficaria dialogando com Camila e Lauren ou dançando, ainda estava para ver. Logo desistiu dessa ideia, as duas estavam no maior clima se beijando e ela não seria a empata foda. Preferiu voltar para o hotel, deixando na caixa de mensagens da latina um recado dizendo já estar indo. Esse que não foi visualizado nem tão cedo.

Do lado de fora a barmaid que Bárbara descobriu se chamar Lara Silva, tinha acabado de esbarrar na mais baixa e no automático já estavam se pegando. Babi prensa a mesma na parede e elas tem certeza que a noite só estava começando.

*

Naquela manhã de terça-feira o tempo estava ameno em Miami, sem nuvens carregadas, sol escaldante ou arco-íris no céu. Como era uma cidade mais visitada por turistas do que propriamente habitada por pessoas, não estava turbulenta também, devido ao fato claro, da temporada de verão já ter acabado a uns bons quatro meses. Isso não quer dizer que não havia nada de interessante a se observar, eu por exemplo, diria que em plena primavera os estadunidenses gastavam suas energias em jogos de cassino, Basketball, Tennis e Baseball.

Bárbara acaba de passar na frente de um estádio de futebol americano, voltava da casa de Lara onde passou a noite. Era fã de esportes, ainda quando criança era conhecida por se dedicar nas interclasses, ganhar campeonatos e esbanjar medalhas. Sempre levou como diversão, nunca algo obrigatório e gostava disso, mas teve de parar para focar nas questões futuras, embora, sentisse falta as vezes.

A madrugada foi agitada, resumindo os detalhes, ela saiu do bar acompanhada e foi desfrutar de uma boa transa com a ruiva. Ao clarear do dia acordou de ressaca e como previsto atravessou a porta sem maiores explicações. Era uma pessoa muito previsível, não deu número de telefone, nem disse endereço e muito menos se aquela cidade era a que morava. Desconhecidos com quem ela só se envolvia por sexo ficavam no escuro eventualmente.

No seu relógio de pulso marcava oito horas e meia, precisava chegar ao hotel e se ajeitar, combinou com as amigas anteriormente de aproveitar o dia no Margaret Pace Park. Onde brincariam ao ar livre, conversariam sem interrupções, enxergariam gente, arejariam os ares e comeriam porcarias.

Ainda se apresentava com as mesmas vestes que usou no dia anterior e se encontrava com uma dor de cabeça latejante. Boca seca, necessitava de água o quanto antes, engolia em seco de dez em dez segundos. O perfume que ocupava seu pescoço a algumas horas atrás já tinha se esvaído nos ambientes que frequentou e as marcas no seu busto deixava claro que a outra tinha feito um bom trabalho.

Não queria se atrasar então pediu ao motorista que acelerasse um pouco, se possível queria descansar mais, antes de irem.

(...)

Por torno das dez e quarenta e cinco já estava tudo organizado, os sanduíches nas cestas, as bolas de vôlei no carro, os celulares carregados, protetor solar nos rostos, todas com roupas de passeio e o tanque cheio. Utilizariam um aplicativo no smartphone para indicar a direção que deveriam seguir e chegar ao local desejado.

O próprio hotel ainda recomendou que aquele lugar era o melhor que encontrariam, havia uma mini praça com equipamentos de exercícios, quadra de jogos e um espaço lindo com mesas para almoçar.

Ao estacionarem em uma das inúmeras vagas, que viram que tudo descrito antes era eufemismo. O estabelecimento era enorme, o verde da grama clarinho e limpinho, se via pessoas por toda a parte correndo com seus cães e jogando disco para os mesmos. Mais por dentro foi onde preferiram ficar, um espaço afastado e aconchegante.

Coward (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora