O que mais poderia ser? Os extremos. As gêmeas Raquel é Rafaela mais desiguais. A contradição mais caótica. A ordem mais sistemática. O êxtase mais impetuoso. O desapontamento irreversível.
Essa obra é uma adaptação apenas. Todos os créditos à auto...
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Era estranho ver todo o banco de cima. Estava no último andar e tinha visão parcial do resto da agência graças à um vidro que se via de dentro, mas quem estava fora, não tinha noção do que acontecia na minha sala. Cruzei os braços atrás do corpo e soltei um suspiro aliviado. Seis anos trabalhando nesse lugar e finalmente consegui o lugar mais alto sem ajuda de ninguém.
- Com licença, senhora Raquel. – A cabeça de Sebastian surgiu na fresta da porta e eu lhe dei permissão para entrar. - A moça que estava marcada para às onze horas acabou de chegar. Mando entrar?
- Claro, pode sim.-Voltei a sentar na cadeira e conferi o nome da próxima cliente.
Bianca Andrade, A dona do Château Andrade, Eu estava interessada em saber se minha irmã tinha conseguido falar com ela, mas não começaria uma conversa dessa maneira. Ouvi três batidas na porta e pedi para ela entrar. Então, Andrade apareceu e seu perfume inundou minha sala, mas assim que virou para mim, olhou com surpresa e um pouco de.. desprezo?!
- Não acredito, Você só pode está de brincadeira com a minha cara, O que está fazendo aqui?! Agora vai fica invadindo os lugares?
- Perdão?! - Franzi o cenho com dúvida e ela gargalhou como se eu tivesse contado a maior das piadas.
- Primeiro você aparece no meu château, me enche o saco para vendê-lo e agora está na sala da presidência do banco. Será que pode chamar a presidenta?! Não estou afim de discutir com você Kalimann
- Vou ter que perguntar de novo; perdão?!Senhorita Andrade, acho que está me confundindo com alguém.
- Não estou não, Kalimann , Reconheço essa cara prepotente de longe.
Foi ai que um estalo ressoou dentro da minha cabeça. Ela estava me confundindo com Rafaela e, pelo que eu posso ver, minha irmã não criou uma boa impressão com ela. Joguei o corpo contra o encosto da cadeira e entrelacei os dedos, abrindo um sorriso. A morena revirou os olhos e estava pronta para sair da minha sala, mas eu precisava pará-la e explicar.
- A questão aqui, senhorita Andrade, é que não me chamo Rafaela Kalimann.
- Como?! Não me faça de idiota.
- Se duvida, por que não olha para essa placa de bronze bem aqui em cima da minha mesa? – Apontei para uma aquinha e ela bufou, andando até a frente da mesa. Seus olhos correram as letras e vi seu rosto ruborizar. – Então, onde estávamos?
- Meu Deus, me desculpa! É que vocês são realmente iguais e..
- Rafaela é minha irmã gêmea e eu entendo perfeitamente a sua reação, ela não é uma pessoa fácil de lidar.
- Sim, com certeza não é.
- Muito bem, acho que você não veio até aqui só pra xingar a minha irmã, né?
