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Kaleb, um homem frio, amargo.
Celina, meiga, gentil, doce.
Duas pessoas completamente diferentes, mas em uma noite o destino os une e em um acordo, que liga a vida desses dois para sempre. Kaleb tem medo de se envol...
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Prólogo.
Uma noite fria! Uma bela noite de outono. Uma perfeita noite, para estar com amigos, ou se divertir em família. Só que, para algumas pessoas, uma noite perfeita, pode ser algo ruim, muito ruim!!!
Celina corria pelas ruas, como se sua vida dependesse dela ser muito rápida e realmente dependia! Descalça, com uma camiseta regata, calça moletom, sem nem mesmo uma blusa, para amenizar o vento gelado, o qual batia em sua pele, fazendo-a estremecer. Ela corria pelas ruas escuras, já sem fôlego, tentando fugir, para tentar ser livre e ter sua vida novamente. Ela não queria aquele destino, não suportaria viver aquela vida. Qualquer coisa, menos o que queriam para sua vida!
Enquanto ela corria pelas ruas, em desespero, para tentar sobreviver, bem perto dali, em um galpão abandonado, outro acontecimento bem diferente também, da noite "perfeita".
- Por favor... - Aquele homem moribundo, pedia por clemência, amarrado a uma cadeira velha.
Seu rosto ensanguentado, não era algo que fizesse o temido Kaleb sentir pena, até porque, foi ele mesmo quem deixou o rosto daquele homem, quase desfigurado! Sua boca, inchada pelos tantos murros que levou. E o que dizer dos seus olhos? Um, ele quase não conseguia enxergar por estar tão inchado, e o outro, com um enorme hematoma acima da sobrancelha com um grande corte, que descia quase chegando ao seu olho, também resultado das violentas surras que levou. Sem falar do seu corpo, que mais parecia que tinha sido atropelado por um caminhão.
- Pensou mesmo, que poderia se esconder de mim? - O loiro alto, tão terrivelmente temido, perguntou ao homem, amarrado na cadeira.
Kaleb pegou algo em uma mesa próxima a ele e se virou, olhando para o homem amarrado, agora, à sua frente.
Vendo o que Kaleb tinha em mãos, o homem entrou em desespero.
- Por favor, eu vou te pagar! Por favor... não bata mais em mim, não me machuque mais! - Mais uma vez, o homem pediu clemência, tossindo, cuspindo sangue, depois de tanto apanhar.
- Na verdade... Eu já consegui meu objetivo! - Kaleb falou, com convicção. - E é claro que vai me pagar! Tem três dias, nenhum dia a mais. - Disse ele, caminhando lentamente como um predador, chegando a centímetros de distância, do rosto do homem amarrado. - Você teve a prova que não pode fugir de mim, Baltazar. Te encontrarei no inferno se for preciso. - Disse ele e, o homem amarrado na cadeira, sentiu seus ossos tremerem, porque, pelo olhar assustador do Kaleb, Baltazar sabia que era verdade, não era um blefe, não existia lugar para fugir! - Se tentar fugir outra vez, vai pagar com sua vida, mas caso não tenha entendido... vou deixar bem claro para você. - Falou, segurando a mão do homem que se debatia em desespero, sabendo o que Kaleb iria fazer com aquele alicate.
