MINHA PEQUENA REDENÇÃO. Parte I

💗CAPÍTULO IX💗

Capítulo Nove.



Celina estava preocupada com o Kaleb e, também queria contar a ele sobre as tantas perguntas que a Daiana fez, ou melhor, sobre o interrogatório que fez. Inclusive às perguntas que ela fez sobre as roupas que mandou para a noite de núpcias que a Celina não teve coragem de usar, mas por insistência da Daiana, acabou vestindo uma das minúsculas peças, naquela noite.

Kaleb nunca chegava e, ela estava quase tendo um infarto, por conta da ansiedade.

Finalmente a porta do quarto se abriu e, ela se levantou rapidamente da cama, querendo contar tudo o que aconteceu a ele, mas  ficou estática, ao vê-lo com a roupa cheia de sangue.

— Kaleb, você se machucou? — Perguntou, preocupada, se esquecendo de tudo que queria falar a ele.

Celina se aproximou, olhando ele de um todo, querendo saber de onde vinha o sangue. Havia muitos respingos, mas não tinha um local que estivesse com uma mancha grande, que pudesse ser o local do ferimento.

— O sangue não é meu! — Contou ele,  olhando para ela e quase caiu para trás, ao ver a roupa que a Celina estava usando.

Uma pequena, na verdade, uma mini camisola branca transparente e a calcinha? Minha nossa, se é que aquilo podia ser chamado assim. Kaleb ficou completamente sem reação.

Mais uma arte de sua tia, a qual fez questão de escolher o que a Celina ia vestir. Celina ao vestir se sentiu desconfortável, mas naquele momento, ela nem mesmo se lembrava de sua roupa, só queria saber se Kaleb estava bem.

— Como assim o sangue não é seu? — Perguntou, mas, já se deu conta da resposta.

Kaleb contou um pouco sobre sua vida a ela. Não o que isso fizesse ela se sentir desconfortável ao lado dele. Pelo contrário, ele salvou sua vida e ela era muito grata por isso.

— Vou pegar sua roupa enquanto você toma banho. — Disse ela, ainda olhando para ele, querendo ter certeza que ele não estava machucado.

Kaleb não conseguia nem mesmo prestar atenção no que ela estava falando, só conseguia olhar seu corpo e os pensamentos que tinha, eram os piores possíveis. Ela devia ser castigada por usar uma roupa tão provocante assim, pensou ele. E mais uma vez o pensamento dele a castigando fez seu corpo pegar fogo, e partes que estavam dormindo, acordar.

— Vou pegar sua roupa. Sua tia está bem desconfiada, teremos que dormir no mesmo quarto. — Contou ela, que por fim, Kaleb conseguiu se concentrar na conversa e ouvir o que ela estava falando.

— Vamos dormir juntos? — Perguntou ele, preocupado, por ver ela com aquela roupa. Não ia dar certo os dois juntos no mesmo quarto, ainda mais na mesma cama.

— Acho que sim, ou sua tia vai descobrir que não somos marido e mulher de verdade. — Disse ela, tão inocente, achando normal dividirem a cama. Para ela, não tinha problemas, mas Kaleb, estava com os piores pensamentos, e passar a noite com ela, no mesmo quarto, na mesma cama, com aqueles pensamentos, não seria algo muito fácil! E dando mais uma olhada, percebeu que iria ser impossível!

— Vou tomar banho! — Disse ele e, saiu em disparada até o banheiro. Precisava de um pouco de distância, para pensar e raciocinar direito. A imagem dela naquela camisola transparente, não estava ajudando.

Só naquele instante, Celina se deu conta da roupa que estava usando e se sentiu envergonhada, pelo Kaleb ter visto ela daquela maneira, mas ao mesmo tempo, ao se ver no espelho, se sentiu uma mulher bonita e sexy. Capaz de conquistar um homem. Sempre se sentiu deprimida com seu corpo, por ser tão pequena, mas aquelas roupas a transformou de uma menina em uma mulher sexy, poderosa. Ela gostou do resultado.

E lembrando do Kaleb dormindo na sala do hotel, apenas de cueca box, fez seu corpo ficar quente. Se deu conta que seria complicado dormir ao lado dele.

Ela não entendia direito seu casamento, não sabia a que ponto o envolvimento entre eles ia.
Celina nunca esteve com um homem, não sabia muito bem sobre essas coisas de casal, mas se tem alguém a quem ela se entregaria, com toda certeza esse alguém seria o Kaleb.

Mesmo sabendo que o casamento dela não era verdadeiro, tinha um fiozinho de esperança em ter aquele homem em sua vida, na sua cama!

[...]

Continuando com aqueles pensamentos, Celina, acordou no meio da noite, toda suada, depois de um sonho quente que teve com Kaleb. E ver aquele deus grego dormindo tão serenamente ao seu lado, não estava ajudando.

A cama era imensa, dando uma boa distância entre eles, mas ela queria estar mais perto. Kaleb estava dormindo bem na ponta da cama, mantendo distância, então, ela resolveu se aproximar.

Ela se aproximou calmamente, tentando não se mexer muito, para não acordá-lo. Kaleb dormia de costas sobre a cama, com o braço direito apoiado embaixo da cabeça.
Celina puxou o lençol um pouco, para ver melhor seu corpo e ficou fascinada com tanta beleza. O viu de longe no quarto do hotel, mas agora, ali, a centímetros dela, pôde ver melhor como ele era mesmo perfeito.

Ela deitou sua cabeça no mesmo travesseiro que ele e ficou se deliciando, sentindo seu perfume delicioso. Ergueu o olhar, olhando o rosto dele, que mesmo na quase total escuridão, continuava perfeito. Seus lábios, tomaram sua atenção de um jeito que ela não conseguia explicar e, sem perceber o que estava fazendo, se aproximou, tocando seus lábios nos dele.

Se afastou rapidamente, se dando conta do que fez. Ela olhou para ele preocupada, mas respirou aliviada, por ele ainda estar dormindo.

Ela ficou mais um tempo olhando para ele, que continuava dormindo. A vontade de antes, só aumentava, vendo Kaleb dormir tão serenamente.

Olhando para ele ainda dormindo, mais uma vez se aproximou e tocou seus lábios nos dele, só que mal sabia ela que o Kaleb tinha um sono muito leve.

Kaleb sentiu um suave toque em seus lábios e sentiu o doce e delicioso cheiro do perfume da Celina. Não sabia se estava delirando ou se realmente ela o tinha beijado. Demorou a dormir até conseguir controlar seu corpo, por estar tão próximo dela, e agora, se despertou sentindo um suave toque em seus lábios.

Decidiu fingir estar dormindo e logo sentiu mais uma vez os lábios dela, roçando nos seus. Não era um sonho, ela realmente tinha lhe beijado!

Não sabia se estava sonhando, ou se estava acordado. Ao abrir os olhos, se deu conta que realmente ela estava ali, beijando sua boca.

Celina abriu os olhos e percebeu que o Kaleb estava olhando para ela. Sem dar tempo para ela pensar, Kaleb a segurou pela nuca, prendendo-a junto dele e beijou os lábios dela com urgência. Sentia uma necessidade incontrolável de tê-la. Ele desejava tanto tocá-la, sentir aqueles lábios juntos ao seu, que a segurou rapidamente, não dando tempo para pensar no que estava fazendo.

Seu beijo não foi calmo, foi selvagem! Um misto de desejo e paixão. Sua língua pedindo passagem, e ela ofereceu sua boca, sentindo seu corpo estremecer pelas sensações maravilhosas que passava por seu corpo, ao sentir aquele homem lhe tomando para si, com tanta paixão.

Celina, apoiou sua mão no peito dele e correspondeu seu beijo com a mesma necessidade, ela queria muito provar dos beijos dele. Queria aprender e provar tudo o que aquele homem podia dar a ela.

Ela já havia beijado outros homens, mas nenhum a tirou de órbita como Kaleb fez. Ele apertou os dedos nos cabelos dela, fazendo doer, ao mesmo tempo, fez seu corpo implorar por mais, respondendo a ele de uma maneira que nunca foi capaz.

Kaleb a puxou, levando-a montada em cima dele. Celina sentiu o quão excitado ele estava ao subir em seu corpo, mas estava da mesma maneira, desejando intensamente aquele homem. Um pequeno gemido escapou do fundo de sua garganta, ao sentir uma sensação prazerosa quando sua intimidade encostou nele, arrepiando seu corpo todo, deixando ela ainda mais alucinada, louca de prazer.

Celina nunca sentiu aquela sensação ou o prazer que estava sentindo junto dele e estava adorando.
Kaleb foi descendo suas mãos, chegando às nádegas dela apertando forte, segurando-a no lugar. Ele mexeu seu corpo, se esfregando no dela, o que, quase a levou ao delírio.
Celina não sabia o que estava acontecendo, mas, queria mais, precisava de muito mais!

Desejosa e cheia de vontades, estava pronta para continuar, mas foi jogada de cima dele, na cama.

— Desculpa! Eu não posso. — Kaleb falou, já em pé ao lado da cama. Sua voz saiu rouca e dolorosa.

Celina ficou com o coração partido ao ver seu olhar, parecia que ele estava com dor ou algo assim. Será que fiz algo errado? Ela se perguntava, se sentindo culpada por ver ele daquela maneira.

— Kaleb, eu... — Ela tentou falar, se sentando na cama, arrumando os cabelos bagunçados.

—  Me desculpe. Eu não posso! Não quero te machucar. — Disse ele, saindo às pressas do quarto, sem dar chance dela falar alguma coisa.

Celina não sabia do que ele estava falando, mas se sentiu mal por vê-lo daquela maneira. Ela queria ir atrás dele, mas não sabia se era o momento, e nem sabia o que dizer a ele,  em relação ao que aconteceu entre eles. Afinal de contas, Kaleb pareceu não gostar do que aconteceu, já ela, adorou cada segundo e teria ido até o fim!