- Mandou bem, Adora.
- Valeu.
Adora conseguia sentir as gotas de suor apostando uma corrida de quem descia mais rápido em suas costas. Seu top estava úmido e colado em sua pele. Seu peito subia e descia por culpa de sua respiração ofegante. Seu rabo de cavalo que antes alto, agora estava baixo acompanhado por mechas de cabelo rebeldes douradas que insistiam em cair nas laterais, atrás, e em seu rosto. As duas garotas estavam a caminho do vestiário para tomar uma ducha depois de um bom treino de vôlei.
- Aí, Ellie! A Korra tá chamando eu e você para irmos naquela lanchonete encontrar o pessoal, comer e jogar papo fora. Topa?
- Eu preciso falar com o Joel...
- A Dina vai tá lá.
- Acho que posso avisar o Joel por telefone enquanto estamos no caminho da lanchonete, né?
Solto uma risada fraca e reviro os olhos sorrindo da capacidade que qualquer um tem de convencer Ellie a ir à qualquer lugar: desde que uma garota de cabelos pretos, olhos castanhos escuros, algumas sardinhas pelo rosto, e de pele branca esteja lá. A indivídua possuí o nome Dina, pra quem quer saber.
- Como tá a sua mão? - Ellie diz já pegando em minha mão a virando de um lado para o outro verificando pra ver se está tudo certo.
- Tá melhorando... Não precisa se preocupar. - digo e a garota levanta o olhar para mim e me olha sério.
- Você não precisa... Você não precisava ter se preocupado comigo. Eu tava de boa.
- Homofobia nunca deve ser tratada de boa. Você teria feito a mesma coisa. E talvez até pior... Aquele cara mereceu.
- Você sabe que agora vão criar boatos sobre você, não sabe?
- Boatos sobre eu gostar de meninas? Isso é pra ser ruim? - digo com um sorriso pervertido e Ellie gargalha.
- Não. Mas eu não queria estragar a sua fama aqui. As pessoas daqui são idiotas e muito mente fechada, Adora. - a morena diz num tom preocupado, respiro fundo e a olho com serenidade.
- Sim, são. Mas elas não tem nada a ver comigo. Quem gosta sou eu, não elas. As pessoas que se fodam. Fica relaxada, tá? Lembra... Nós somos um time.
- É por isso que eu gosto de você. - Ellie diz e nos olhamos com um sorriso meigo nos lábios, transparecendo que independentemente de qualquer coisa, estaremos juntas. Até o fim.
- Para de ser gay. - Quebro o clima fofo e Ellie me olha incrédula e começa a rir, e eu também. As risadas são tão boas, que acabamos caindo no chão ainda rindo incessavelmente.
Entramos no recinto onde se encontrava paredes de madeira, teto de madeira do tipo Lambri, e o piso de madeira do modelo Verniz. Luminárias com a quantidade de iluminação nem tão baixa nem tão escura, causando um clima agradável. As mesas também de madeira mas num estilo mais rústico, e o conjunto de cadeiras do mesmo estilo das mesas. Avisto Glimmer acenando para mim então eu e Ellie vamos de encontro aos nossos amigos. Mais meus do que de Ellie já que ela é "nova".
- Oi Adora! - A baixinha de cabelos roxos com mechas rosas me recebe a mesa e eu puxo a cadeira ao lado de Ellie e Korra. Dina, o motivo de Ellie estar aqui está sentada bem ao lado da morena. Imagino o surto interno que Ellie deve estar tendo.
- Oi Sparkles. Oi gente. Ah, Korra, valeu pelo convite!
- Achei que vocês por mais anti-saideiras que são gostariam de sair pelo menos uma vez na vida e se divertirem conosco, pra, sabe... Desestressar um pouco.
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DARE ME - catradora (she-ra)
Teen Fiction" - Ela disse: 'Estou com tanto medo...' E eu perguntei: 'Porquê?' Aí, ela respondeu: 'Porque estou me sentindo profundamente feliz. E uma felicidade assim é assustadora.' Voltei a perguntar o por quê, e ela prosseguiu: 'Só permitem que alguém seja...